Em entrevista ao jornal espanhol As, o volante Casemiro, do Manchester United, falou sobre sua relação próxima com o atacante Vinicius Jr., que foi seu companheiro no Real Madrid e na seleção brasileira.
Questionado sobre como fazia para lidar com o fato de Vini frequentemente se envolver em brigas e discussões durante as partidas, tanto com atletas rivais como com torcedores, Casemiro abriu um conselho que deu ao “Malvadeza”.
“Eu diria a ele, como já disse quando estávamos na seleção, que só há uma forma de pará-lo em campo: tirá-lo mentalmente da partida. Só assim dá para pará-lo”, explicou.
“Se o Vinicius está concentrado no jogo, concentrado em seu futebol, ele é o melhor do mundo. Dessa maneira, ele é o melhor. Mas isso não é fácil, pois ele é provocado de forma contínua”, argumentou.
“Com os problemas (de racismo) que ele sofreu eu fico muito triste. Meus filhos são espanhóis, então fiquei muito triste. Mas, apesar de tudo isso, ele tem que se concentrar em jogar futebol”, pediu.
“Quando ele se concentra apenas nisso, ele é o melhor do mundo, de longe. Já faz diferença em campo há muitos anos”, seguiu.
“Eu lhe dizia muito quando estávamos com a seleção: ‘Não perca nunca esse sorriso e essa alegria que você tem quando joga. Seja você mesmo, e você será impossível de ser parado'”, completou.
Questionado sobre como aconselharia Vini Jr. a lidar com o constante assédio do futebol da Arábia Saudita, Casemiro deu outro recado claro.
De acordo com o meio-campista, a decisão final sobre o tema será “pessoal”, mas o volante se mostrou adepto à permanência do “Malvadeza” no Real Madrid por muitos anos.
“Se eu conversasse com ele na posição de um torcedor, eu diria que o importante é fazer história no futebol e em sua carreira. Ele já fez isso até agora, mas tem idade para seguir fazendo muito mais adiante”, explicou.
“Isso [aceitar ou recusar proposta saudita] é uma decisão muito pessoal. Como torcedor, eu diria que o mais lindo seria continuar vendo Vinicius com a camisa do Real Madrid”, completou.
