A China está se preparando para chuvas mais intensas, no mais recente evento climático extremo que deixou vários mortos e inundou algumas cidades do país.
Fortes chuvas estão previstas para esta semana em partes do norte e nordeste da China, incluindo grandes cidades como Pequim e Tianjin, aumentando os riscos de desastres geológicos e inundações. Algumas áreas nas províncias de Jilin e Heilongjiang devem ter fortes tempestades ou granizo, e talvez tornados, de acordo com o serviço meteorológico.
Condições meteorológicas extremas — amplificadas pelas mudanças climáticas — estão varrendo o globo, provocando incêndios florestais, inundando cidades e testando os limites da infraestrutura. Na China, ondas de calor e chuvas excessivas sobrecarregaram as redes elétricas e prejudicaram a produção de grãos.
Na região de Guangxi, no sul da China, mais de 400 estudantes e professores ficaram retidos em um condado local após graves inundações causadas por fortes chuvas, segundo a mídia local. Mais ao norte, o transporte público e as escolas foram suspensos em partes da província de Hubei, devido às enchentes que inundaram a área. Na província vizinha de Henan, breves episódios de chuvas extremas deixaram várias pessoas desaparecidas, com cinco mortos confirmados.
Pequim, capital da China, ativou um sistema de resposta a emergências contra enchentes em toda a cidade na quarta-feira, instando agências governamentais a monitorarem as chuvas e se prepararem para a prevenção de enchentes. As províncias de Shanxi e Shaanxi, que emitiram alertas de desastres de enchentes repentinas, pediram às autoridades locais que inspecionem locais de risco e realoquem os moradores para evitar riscos.
Partes de Shaanxi, juntamente com Sichuan, Gansu e a região tibetana, devem receber mais chuvas esta semana, com precipitação acumulada em algumas áreas prevista para exceder 400 milímetros, de acordo com o relatório do Centro Meteorológico Nacional de terça-feira.
O excesso de chuvas pode inundar campos agrícolas em partes da região nordeste da China, o celeiro do país, onde o milho e a soja estão em seu período de crescimento mais importante. As lavouras no sul também estão sendo ameaçadas pelo enfraquecimento das raízes e pela disseminação de pragas devido ao excesso de chuva e à falta de sol, informou o serviço meteorológico em um relatório separado na segunda-feira.
