Publicado em: 7 de janeiro de 2025
Empresa foi criada a partir da aquisição da massa falida da Incasel – Indústria de Carrocerias Serrana Ltda e hoje tem como carro chefe o segmento de rodoviários, ocupando o quarto lugar do ranking de cinco grupos de encarroçadores do País
ADAMO BAZANI
A Comil, fabricante de carrocerias de ônibus, divulgou nesta terça-feira, 07 de janeiro de 2025, um comunicado pelo qual destaca os 39 anos de atuação no mercado de transportes coletivos.
A empresa, beneficiada principalmente pelo crescimento pós-pandemia de covid-19 do setor de ônibus rodoviários, hoje o principal nicho de atuação da marca, acredita que o segmento deve continuar em elevação neste ano.
Atualmente, a empresa com sede em Erechim (RS) tem em torno de 1,9 mil trabalhadores.
De acordo com a Fabus, associação que reúne as principais encarroçadoras de ônibus do Brasil, entre a janeiro e novembro de 2024 (dado mais atual da entidade), a Comil está em quarto lugar no ranking dos cinco principais fabricantes do Brasil em volume de produção.
1º) Marcopolo S.A. (Masrcopolo/Volare/Neobus): 8.615 unidades
2º) Caio/Busscar: 7.910 unidades (6.981 – Caio/urbanos e 929 Busscar/rodoviários)
3º) Mascarello: 2848 unidades
4º) Comil: 1518 unidades
5º) Irizar: 681 unidades
A Comil para o segmento de ônibus foi criada em 1985, passando a atuar oficialmente em 1986, a partir da arrematação da massa falida da Incasel – Indústria de Carrocerias Serrana Ltda.
A empresa nasceu como Grupo Comil, unindo as famílias Corradi e Mascarello, que já atuava no segmento de silos. O nome Comil vem de Corradi & Mascarello Indústria Ltda.
Em 23 de maio de 2003, a sociedade entre as famílias Corradi e Mascarello foi desfeita. Pouco tempo depois, a família Mascarello montou sua própria fábrica de carrocerias de ônibus.
A Comil correu o risco de ir à falência.
Em 13 de setembro de 2016 entrou com um pedido de recuperação judicial junto à justiça do Rio Grande do Sul, como noticiou o Diário do Transporte na ocasião.
Relembre:
Um dos motivos (porém não o único) de a Comil ter corrido sério risco foi a aposta numa fábrica de ônibus urbanos em Lorena, no interior de São Paulo, que não deu certo.
O Diário do Transporte noticiou a inauguração da planta em 14 de dezembro de 2013.
Relembre:
Menos de três anos depois, em janeiro de 2026, o Diário do Transporte noticiava o fechamento da planta de Lorena.
Relembre:
A recuperação judicial não foi encerrada, mas aparentemente, o pior da crise foi superado.
Na mensagem deste dia 07 de janeiro de 2025, o presidente da empresa, Deoclécio Corradi, destacou a dedicação de funcionários ao longo da história da marca.
Em 2025, a Comil Ônibus celebra 39 anos de trajetória como uma das principais montadoras de ônibus do Brasil. Reconhecida pela excelência em seus produtos e pela presença marcante em ruas e estradas de mais de 30 países, a Comil se consolida como referência no setor de transporte de passageiros.
Com uma linha completa de veículos, que inclui ônibus rodoviários, urbanos e micros, a empresa destaca-se pela qualidade e inovação constantes. Essa diversificação permite atender às mais diversas necessidades de mobilidade, reforçando seu compromisso com a satisfação dos clientes e a segurança dos passageiros.
Segurança, Inovação, Qualidade e Confiança: A combinação perfeita para um resultado com excelência, conforto e conexão entre as pessoas.
Atualmente, a Comil conta com uma equipe de 1.900 colaboradores. De acordo com o presidente da empresa, Sr. Deoclécio Corradi, “O valor de nossa marca está em nossa equipe. É por meio do talento, dedicação e trabalho de cada colaborador que conseguimos construir essa história de sucesso. Mais do que produtos, entregamos soluções que transformam vidas e conectam pessoas.”
Ao longo dessas quase quatro décadas, a Comil Ônibus reafirma seu compromisso com a inovação, a sustentabilidade e a construção de relações duradouras com clientes, parceiros e comunidades. E, ao completar 39 anos, celebra não apenas o passado, mas também as perspectivas de um futuro promissor para o transporte coletivo.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes