Publicado em: 25 de janeiro de 2025
Comunidade e autoridades de Lajeado e Venâncio Aires participaram dos encontros para discutir os benefícios do projeto
ALEXANDRE PELEGI
O Vale do Taquari, região do Rio Grande do Sul que foi impactada por enchentes nos últimos dois anos, sediou audiências públicas sobre a concessão do Bloco 2 de rodovias, um projeto que visa impulsionar o desenvolvimento da região.
As sessões ocorreram nessa sexta-feira, 24 de janeiro de 2025, em Lajeado (RS), na Universidade do Vale do Taquari (Univates), e em Venâncio Aires (RS), na Câmara Municipal. O secretário da Reconstrução Gaúcha, Pedro Capeluppi, liderou as discussões.
A iniciativa de concessão faz parte de um período de consulta pública, que teve início em 13 de janeiro e se estenderá por pelo menos 30 dias, permitindo que a população contribua com o processo. A comunidade local, incluindo prefeitos, vereadores, empresários e representantes de entidades, esteve presente em grande número.
O projeto do Bloco 2 engloba rodovias do Vale do Taquari e do Norte do Rio Grande do Sul, áreas que foram afetadas pelas enchentes nos últimos dois anos. A concessão, com duração de 30 anos, prevê um investimento de R$ 6,7 bilhões, dos quais R$ 1,3 bilhão virão do Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs).
O projeto prevê a criação de um conselho de usuários formado pela comunidade.
Os investimentos incluem a duplicação de 244 km de rodovias, melhorias logísticas, construção de postos de atendimento, construção de 16 pontes em cota elevada, acréscimo de camada drenante nas duplicações, implementação de 323 km de acostamentos, construção de 73 km de marginais e de 43 passarelas de pedestres, além de serviços de socorro mecânico e médico 24 horas.
O projeto de concessão terá ainda monitoramento por câmeras e bases de atendimento aos usuários.
Segundo Pedro Capeluppi, o investimento em rodovias é crucial para o desenvolvimento logístico da região, melhorando a integração entre as cidades do Vale e beneficiando a atividade econômica. Ele também enfatizou a necessidade de um investimento robusto nas rodovias gaúchas. As obras terão foco na resiliência, com a construção de pontes elevadas e camadas drenantes para evitar problemas com inundações.
Durante as audiências, o governo do Estado recebeu contribuições e questionamentos sobre os trechos do projeto, o cálculo das tarifas de pedágio e o estado atual das rodovias. Nos próximos dias, novas rodadas de diálogo com as prefeituras e a comunidade devem acontecer.
Alexandre Pelegi, jornalista especializado em transportes
