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Confira as dicas para quem for de ônibus celebrar o Dia de Aparecida. Cidade deve totalizar 450 mil visitantes e movimentar R$ 168 milhões


Romeiro deve ter cuidado com empresas de fretamento, checando idoneidade da viação e condições dos veículos e, em caso de linha regular, compra de passagens deve ser com antecedência. Cuidado com aplicativos

ADAMO BAZANI

O Dia de Nossa Senhora de Aparecida, a Padroeira do Brasil, é um dos feriados nacionais que mobiliza o maior número de pessoas no País, que é predominantemente católico, muito embora, os evangélicos ganharam importância, aumentando consideravelmente a participação na população brasileira.

Em relação ao turismo por ônibus, o Santuário de Aparecida, na cidade de Aparecida, no Vale do Paraíba, interior do Estado de São Paulo, é um dos principais destinos.

De acordo com projeção do Governo do Estado de São Paulo, durante a Festa da Padroeira, entre 03 e 12 de outubro de 2025, devem ser totalizados 450 mil visitantes. A maior concentração de visitantes ocorre aos finais de semana, quando chegam à cidade em torno de 150 mil pessoas, de acordo com dados da Prefeitura. Em média, esses visitantes permanecem de três a quatro dias.

O Centro de Inteligência da Economia do Turismo (CIET), ligado à Secretaria de Turismo e Viagens do Estado de São Paulo (Setur-SP), estima que a Festa da Padroeira deve gerar R$ 168,8 milhões em movimentação financeira direta. “O turismo religioso é cada vez mais pujante no Estado de São Paulo, e isso fica evidente em eventos como a Festa da Padroeira em Aparecida. O turismo movimenta toda a cadeia econômica e gera emprego e renda para a população”, afirmou, em nota, o secretário estadual de Turismo e Viagens de São Paulo, Roberto de Lucena.

De acordo com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), o turismo religioso é um dos segmentos turísticos que mais crescem no Brasil. Os deslocamentos relacionados a esse tipo de turismo somam cerca de 20 milhões de viagens todos os anos e movimentam mais de R$ 15 bilhões no país, conforme dados do Ministério do Turismo.

Grande parte destes visitantes acessam Aparecida (e outros locais de atração religiosa ao longo do ano) por meio de ônibus, seja de fretamento, com boa parte contratara pelas organizações religiosas ou comunidades. Também há as linhas regulares e os aplicativos de ônibus.

Mas, pode haver problemas. Para evitar transtornos, há algumas dicas simples de serem seguidas.

Veja as principais:

ÔNIBUS DE FRETAMENTO:

– Pesquise antes a idoneidade da empresa de ônibus a ser contratada. Quando a rota é entre diferentes estados, consulte o site da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) para verificar se a empresa está realmente cadastrada. As gestoras estaduais de transportes estaduais que cuidam das viagens forem entre cidades diferentes, mas dentro do mesmo Estado, também costumam colocar a possibilidade de consulta em seus portais na internet.

– Deixe tudo em contrato: especificação e quantidade dos ônibus contratados, como se são leito, semileito, executivos ou convencionais, se têm ou não dois andares (DD- Double Decker), se possuem bagageiros mais amplos (LD – Low Drive ou tipo 1350), quantidade de motoristas, locais de eventuais paradas para refeição e descanso, rota pretendida, quantidade de pedágios estimada, etc. Se for possível, já peça a identificação dos motoristas (com dados como nome e documentos) e a definição dos exatos veículos (placas, prefixos e modelos).

– A empresa deve ter registrado o mapa dos passageiros, ou seja, a relação das pessoas que vai viajar.

– Antes de viajar, o cliente tem o direito de pedir para verificar as condições dos ônibus e se desconfiar de algum problema, pode cobrar satisfação das empresas.

– Identifique as bagagens.

ÔNIBUS DE APLICATIVO:

De acordo com as normas da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) e das gestoras estaduais de transportes, as empresas de fretamento só podem fazer o chamado “circuito fechado”, que consiste no mesmo grupo de pessoas da ida ser o da volta, sem vendas individuais de passagens, sem embarques e desembarques de pessoas em diferentes pontos no meio do caminho. Apenas as empresas de linhas regulares (que partem nas rodoviárias oficiais) podem fazer isso.

Muito embora, alguns aplicativos como a Buser conseguirem algumas liminares isoladas permitindo as operações por região, elas não têm autorização geral e, na maior parte das rotas, os ônibus podem ser parados pelas fiscalizações e guinchados, com o passageiro não podendo seguir viagem no veículo. Neste caso, tanto a “stratup” do aplicativo como a fretadora, devem providenciar a continuação da viagem.

Outro cuidado é que aplicativos como a Buser só realizam a viagem se o ônibus tiver ocupação mínima. Estas gigantes de tecnologia oferecem o que chamam de “rateio” no aplicativo ou no site, com a indicação dos horários e da rota.

Mas se o ônibus não tiver ocupação de mais de 40% de sua capacidade de poltronas, a viagem pode ser cancelada e o passageiro ficar na mão.

Ônibus de aplicativo também não oferecerem gratuidades previstas em lei para os ônibus de linhas regulares como para idosos, pessoas com deficiência e estudantes de baixa renda.

Nenhum tipo de fretamento, independentemente da forma de contratação, é obrigado a dar essas gratuidades.

Segundo as atuais normas sobre o fretamento, contratar as empresas por aplicativo ou site não é irregular.

A irregularidade ocorre se essa venda for individual como se fosse passagens.

ÔNIBUS REGULARES:

Os ônibus de linhas regulares (que partem de rodoviárias oficiais, fazem a viagem independentemente da lotação e seguem horários e itinerários estabelecidos) também requerem cuidado.

Pela procura ser muito grande, a recomendação é comprar as passagens com antecedência, inclusive, os bilhetes da volta.

Procure comprar em sites e aplicativos oficiais das próprias empresas de ônibus, buscadores de passagens confiáveis da internet ou diretamente nos guichês das rodoviárias.

Pesquise preços e promoções de passagens. Alguns horários são mais baratos que outros.

Chegue a rodoviária com cerca de uma hora de antecedência no mínimo e leve em conta não só o horário da partida, mas condições de trânsito e de transporte público para chegar a rodoviária.

As viações regulares têm responsabilidade sobre viagens não realizadas ou com atrasos, sendo obrigadas providenciar, se for o caso, troca de ônibus, reacomodação dos passageiros em outras empresas, alimentação e hospedagem, dependendo de quanto tempo for o atraso ou se houve cancelamento.

Cuidado comas crianças.

Identifique as bagagens.

O passageiro deve ser comunicado com antecedência sobre qualquer ocorrência e não é obrigado a comprar seguro de viagem.

A volta sempre é mais complicada que a ida.

Se na ida, há um “espalhamento” da demanda de pessoas, na volta, normalmente todos costumam viajar no mesmo dia e nas mesmas faixas horárias.

Assim, mesmo que fique um pouco a menos no seu local de destino, talvez vale mais a pena escolher dias ou horários antes do pico da volta.

Lembre-se, fé é também razão e inteligência. Pensar em evitar algum transtorno e nos problemas que podem ocorrer para se prevenir é 50% da recomendação de Cristo: Vigiar e orar….primeiro até o vigiar.

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes



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