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Curitiba (PR) terá novo “Circular Centro” elétrico a partir de 2026 na nova concessão do transporte


Novo serviço utilizará ônibus elétricos de 10 metros de comprimento e terá identidade visual própria.

Linha histórica será retomada com frota 100% elétrica e tarifa especial; projeto integra novo modelo de concessão do transporte coletivo da capital paranaense

ALEXANDRE PELEGI

A Prefeitura de Curitiba (PR) anunciou que o Circular Centro — linha de ônibus que operava no perímetro central da cidade — será retomado no segundo semestre de 2026, com frota totalmente elétrica, tarifa diferenciada e veículos menores.

Segundo a Urbs, a nova versão do serviço vai integrar o conjunto de mudanças previstas no novo modelo de concessão do transporte coletivo, voltado à modernização e à descarbonização da frota.

Linha criada em 1981 voltará com nova frota e cor exclusiva

O Circular Centro começou a operar em 10 de setembro de 1981 e chegou a transportar cerca de 46 mil passageiros por mês. A operação foi interrompida em 2020 durante a pandemia.

De acordo com o presidente da Urbs, Ogeny Pedro Maia Neto, o novo serviço utilizará ônibus elétricos de 10 metros de comprimento, com pagamento por cartão-transporte ou cartões bancários, e terá identidade visual distinta das demais linhas.

O projeto também prevê reorganização de 26 linhas com baixa demanda e a implantação de sistema sob demanda em áreas periféricas, operado por aplicativo, conforme o modelo descrito no portal da prefeitura.

Nova concessão: frota elétrica, integração total e investimento de R$ 3,7 bilhões

Conforme detalhado pelo Diário do Transporte em 7 de outubro, a nova concessão do transporte coletivo de Curitiba será licitada em novembro de 2025, com leilão previsto para janeiro de 2026 na B3, em São Paulo. Relembre:

Curitiba (PR) apresenta nova concessão do transporte coletivo com foco em frota elétrica e integração total

O contrato terá 15 anos de duração, dividido em cinco lotes — dois de BRT e três regionais (Norte, Sul e Oeste). O investimento total estimado é de R$ 3,7 bilhões, sendo R$ 800 milhões destinados à aquisição de ônibus elétricos e à instalação de dois eletropostos (Capão Raso e Capão da Imbuia).

Nos primeiros cinco anos, serão incorporados 245 ônibus elétricos e 1.233 veículos a diesel Euro 6. O modelo de remuneração passará a ser por quilômetro rodado, substituindo a lógica baseada em passageiros transportados.

Também será implantada a integração temporal irrestrita, que permitirá ao usuário trocar de linha em qualquer ponto da cidade sem pagar nova tarifa. Um fundo garantidor será criado com receitas de impostos federais e estaduais, assegurando estabilidade financeira ao sistema.

Circular Centro será símbolo da transição para eletromobilidade

A reativação do Circular Centro é vista pela administração municipal como um símbolo da transição para um transporte de zero emissões no núcleo urbano de Curitiba.

O traçado será revisto para atender os principais polos de circulação no centro e deve ser anunciado em 2026. Paralelamente, novas linhas diretas entre terminais — como Tatuquara–Carmo, Pinheirinho–Centenário, Santa Felicidade–Bairro Alto e Portão–Capão da Imbuia — vão reduzir baldeações e tempo de viagem.

A consulta pública sobre o edital está aberta até 17 de outubro, e a audiência pública acontece nesta quarta-feira, 15 de outubro, no Espaço Imap Barigui, com participação aberta à população.

Com o novo modelo de concessão, Curitiba consolida sua meta de modernizar o transporte público, reduzir emissões e ampliar a integração — reposicionando a capital paranaense como referência em mobilidade urbana sustentável.

Alexandre Pelegi, jornalista especializado em transportes



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