Publicado em: 15 de dezembro de 2024
Local vai integrar o Ligeirão Leste-Oeste
ARTHUR FERRARI
A Prefeitura de Curitiba (PR) dará início ao processo de licitação para a construção do novo Terminal Capão da Imbuia, que será instalado no entorno da Rua da Cidadania do Cajuru. Com um orçamento total de R$ 48,1 milhões, o empreendimento será financiado com R$ 37,6 milhões provenientes do PAC da Mobilidade, via Caixa Econômica Federal, e R$ 10,4 milhões em contrapartidas municipais.
A obra faz parte do projeto de evolução do BRT Ligeirão Leste-Oeste, que conecta Pinhais ao Terminal CIC Norte, com previsão de operar ônibus elétricos. O projeto está inserido no Programa de Mobilidade Urbana Sustentável da cidade, que receberá investimentos totais de US$ 93,75 milhões, sendo US$ 75 milhões financiados pelo New Development Bank (NDB) e o restante aportado pelo município.
Novo terminal e benefícios diretos
O novo Terminal Capão da Imbuia ampliará sua capacidade de atendimento de 39.369 para 49.123 passageiros por dia útil, abrangendo 16 linhas de ônibus. O espaço terá três plataformas e 22 pontos de parada simultâneos, atendendo a mais de 100 mil usuários do transporte coletivo.
A construção ocupará uma área de 9.920 m² na quadra vizinha ao terminal atual, entre as ruas Professor Nivaldo Braga e Professora Olga Balster. O projeto também inclui a instalação de um bicicletário, promovendo a integração com outros modos de transporte.
Impactos na mobilidade e no desenvolvimento urbano
Segundo Luiz Fernando Jamur, presidente do Instituto de Pesquisas e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), o projeto irá transformar a dinâmica urbana da região, favorecendo a prestação de serviços, a expansão comercial e imobiliária. Além disso, o novo terminal promete reduzir o tempo de viagem, tornando o transporte coletivo mais atrativo e impactando positivamente a mobilidade urbana.
A obra será acompanhada pela requalificação da Rua Francisco Mota Machado para tráfego contínuo e pelo binário das ruas Professor Nivaldo Braga e Professora Olga Balster, ajustando o Corredor de Transporte Leste-Oeste às características dos eixos estruturais que norteiam o crescimento urbano de Curitiba.
Com a nova configuração, Curitiba reafirma seu compromisso com o Plano Diretor de 1966, que prioriza o transporte coletivo, a acessibilidade e o planejamento urbano integrado, visando ao desenvolvimento sustentável e à redução do uso de veículos particulares.
Arthur Ferrari, para o Diário do Transporte