Publicado em: 25 de novembro de 2025

Ônibus elétricos foram usados para transportes de delegações do evento da ONU, agora, estão disponíveis para a população comum
ADAMO BAZANI
Após o fim da COP30 (Conferência sobre Mudanças Climáticas – 2025), da ONU (Organização das Nações Unidas), foram abertas nesta terça-feira, 25 de novembro de 2025, nove estações do BRT Metropolitano de Belém.
Ao todo, são 13 estações entre os extremos das linhas no corredor exclusivo entre a capital Belém e as cidades de Anadindeua e Marituba. O sistema também atende às cidades de Castanhal, Santa Izabel, Santa Bárbara do Pará e Benevides, mas não em corredores exclusivos e sim por meio de linhas alimentadoras que se conectam, pelos terminais, ao sistema troncal do corredor.
Estações Liberadas nesta terça-feira, 25 de novembro de 2025:
- Entroncamento
- Guanabara
- Castanheira
- Metropolitano
- Jardim Tropical
- Mario Covas
- Parque Ambiental
- Julia Seffer
- Ananindeua Centro
Os ônibus elétricos que passam pelos corredores e param nestas estações estavam, durante a CP30, operando nos transportes das delegações, equipes oficiais e credenciados no evento internacional. Agora, já estão disponíveis para a população comum.
A frota do BRT Metropolitano de Belém foi comprada toda 0 km e incluiu os 40 ônibus elétricos, da marca brasileira Eletra, para as linhas no corredor e 225 ônibus a diesel Euro 6, das linhas alimentadoras.
Quando foi inaugurou o BRT em 1º de novembro de 2025, o Governo do Estado já havia anunciado que o regime inicial de atendimento seria por “operações assistidas”, ou seja, de forma gradativa para adaptações.
O Diário do Transporte esteve em Belém para a cobertura da COP30 e conheceu o sistema.
Na oportunidade, também conversou com o ministro das Cidades, Jader Filho, que disse com exclusividade que, por causa do modelo operacional do BRT Metropolitano de Belém, e por ter promovido inclusão de acesso mais barato e rápido de populações de cidades que viviam praticamente isoladas dos recursos da capital, o exemplo deve ser replicado em financiamentos pela pasta para implantação pelo País de outros BRTs Metropolitanos.
Relembre:
Ainda na cobertura à COP30, em Belém, o Diário do Transporte conversou com o diretor-geral da Arcon (Agência de Regulação de Serviços Públicos do Governo do Pará), Eduardo de Castro Ribeiro, que disse que a inclusão social com o BRT Metropolitano da região se deu porque das cidades de Santa Isabel, Santa Bárbara do Pará e Castanhal não havia ligação metropolitana alguma com a capital. As pessoas gastavam quase R$ 40 para se deslocar em vans inseguras para terem acessos a emprego, renda, lazer, educação e serviços de saúde mais aprimorados, disponíveis apenas em Belém.
Além disso, segundo Ribeiro, as obras do BRT Metropolitano de Belém permitiram uma readequação da BR-316, por onde passa, eliminando cruzamentos perigosos com passagens subterrâneas e passarelas. O trecho chegou a ser considerado um dos mais letais em rodovias do Brasil.
Relembre:
O corredor possui, ao longo de cerca de 11 quilômetros, o atendimento a sete cidades: a capital Belém, Ananindeua, Marituba, Benevides, Santa Isabel, Santa Bárbara do Pará e Castanhal.
Todo o sistema, contando com obras de infraestrutura, estudo e a compra dos ônibus, custou 1 bilhão e 300 milhões de reais. Parte desta verba foi financiada pela JICA, a Agência de Financiamento e Fomento do Governo do Japão, e o legado da COP30 foi justamente porque devido à realização do evento internacional é que se tornou possível uma adequação do modelo de contrato e licitação, pelo qual o próprio Governo do Estado fez a compra da frota de ônibus, que foi enquadrada no principal tema da COP: Sustentável.

Confira abaixo mais imagens do BRT Belém:







Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes


