Publicado em: 3 de outubro de 2025

Equipamento instalado em ônibus intermunicipal foi reposicionado para 1,20m do piso; veículo ficará em circulação durante um mês
ALEXANDRE PELEGI
O Departamento de Transportes Rodoviários do Estado do Rio de Janeiro (Detro-RJ) realizou nesta sexta-feira, 3 de outubro de 2025, em Nilópolis, mais uma etapa de testes de acessibilidade em validadores biométricos instalados em ônibus intermunicipais.
A ação contou com a participação de associações voltadas à inclusão, que puderam experimentar diretamente o uso de um veículo com validador reposicionado. A experiência permitiu relatar as dificuldades enfrentadas por pessoas com deficiência (PCD) no uso cotidiano do equipamento, além de contribuir com sugestões para aprimorar sua instalação.
Primeiros testes em setembro
Essa foi a segunda rodada de avaliações promovida pelo Detro-RJ. A primeira ocorreu em 3 de setembro, no Terminal Rodoviário João Goulart, em Niterói. Na ocasião, diferentes alturas de instalação foram testadas, variando entre 1,35m e 1,40m do chão. Representantes das entidades de inclusão apontaram que a ausência de padronização compromete a acessibilidade, sobretudo de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.
Validador mais baixo em circulação
Com base nas contribuições recebidas, o Detro-RJ adaptou um ônibus com o equipamento instalado a 1,20m do piso e em posição mais acessível. Esse veículo continuará circulando durante um mês, permitindo acompanhamento diário de usuários e entidades.
Segundo o presidente do Detro-RJ, Raphael Salgado, a iniciativa busca criar parâmetros claros para todo o sistema.
“Nosso objetivo é que a tecnologia esteja a serviço de todos os passageiros, sem exceção. A partir dos testes e do diálogo com as associações, poderemos construir parâmetros claros para que os validadores biométricos sejam instalados de forma acessível e inclusiva em toda a frota intermunicipal”, afirmou.
A expectativa é que os resultados obtidos subsidiem uma futura portaria, padronizando a instalação dos validadores biométricos em toda a frota intermunicipal fluminense. A medida tem como meta assegurar a acessibilidade sem prejudicar a experiência dos demais passageiros.
Alexandre Pelegi, jornalista especializado em transportes


