CIDADE DO PANAMÁ (Reuters) – A Autoridade Marítima do Panamá informou na sexta-feira que reforçará os controles para operações entre navios de bandeira panamenha, após um aumento no uso de petroleiros da “frota escura” para contornar sanções ou burlar requisitos ambientais.
Os EUA aumentaram a pressão sobre países com registros de grandes embarcações para que ajudem a aplicar sanções, incluindo o Panamá, que dá sua bandeira a mais de 8.500 navios. O presidente americano, Donald Trump, usou suas críticas à expansão de uma frota obscura de petroleiros que transportam petróleo sancionado para ameaçar o Canal do Panamá com uma tomada de controle.
Nos últimos meses, o Panamá retirou diversas embarcações de seu registro após investigações sobre violações de normas. Em fevereiro, a Autoridade Marítima afirmou que o país não era “um paraíso para a evasão de sanções”.
De acordo com uma resolução publicada no início deste mês, todos os navios com bandeira do Panamá com mais de 150 toneladas de peso bruto devem notificar a Autoridade Marítima do Panamá sobre suas transferências de navio para navio pretendidas pelo menos dois dias antes das operações.
As notificações devem incluir informações sobre as embarcações envolvidas, local da transferência, tipo e volume de hidrocarbonetos e cumprimento das regras marítimas internacionais.
Navios da frota obscura que transferem petróleo no mar frequentemente desligam seus transponders de localização ou manipulam coordenadas para ocultar as operações.
