Publicado em: 28 de dezembro de 2024
ViaQuatro e ViaMobilidade orientam sobre a utilização dos dispositivos em casos de urgência
YURI SENA
A segurança dos passageiros nas linhas 4-Amarela, 5-Lilás, 8-Diamante e 9-Esmeralda do sistema ferroviário de São Paulo é garantida por meio de dois dispositivos essenciais: o intercomunicador e o botão de emergência, conhecido como “botão soco”.
Ambos estão presentes em todos os trens dessas linhas e são acionados em situações de urgência para assegurar uma resposta rápida e eficiente.
O intercomunicador é um sistema de comunicação direta com o operador do trem ou com o Centro de Controle Operacional (CCO), permitindo que o passageiro solicite ajuda de forma imediata.
Ele proporciona uma resposta mais ágil do que o “botão soco” e não interfere na operação do trem. O dispositivo é ideal para situações em que não há risco imediato, mas é necessário auxílio, como problemas de saúde, situações de desconforto ou até mesmo para relatar um incidente.
Um exemplo da utilização do intercomunicador ocorreu em maio deste ano, na Linha 5-Lilás. Um passageiro com transtorno de espectro autista, ao passar por uma crise sensorial, utilizou o dispositivo para pedir auxílio. Após a parada do trem na estação seguinte, os agentes de atendimento e segurança (AASs) prontamente conduziram o cliente a um ambiente tranquilo, oferecendo-lhe suporte e cuidados.
“Ao utilizar o intercomunicador, conseguimos identificar rapidamente a necessidade do passageiro e agir de maneira eficaz, sem afetar a segurança ou a fluidez da operação”, afirma Nathalia Martins, gerente-executiva de Atendimento da ViaQuatro e da ViaMobilidade.
Os intercomunicadores estão estrategicamente localizados dentro dos carros, geralmente próximos às portas, para facilitar o acesso em situações de necessidade.
Por outro lado, o botão de emergência deve ser acionado apenas em situações de risco iminente, como incêndios, presença de fumaça nos vagões ou caso alguém fique preso entre as portas. Seu acionamento interrompe imediatamente a operação do trem, o que pode gerar atrasos significativos e afetar o serviço para outros passageiros. O uso indevido desse dispositivo é passível de penalidades legais, uma vez que pode causar transtornos e comprometer o funcionamento da linha.
Segundo Nathalia Martins, o botão de emergência é frequentemente acionado de forma equivocada. “Na maioria das situações, basta utilizar o intercomunicador, que é o dispositivo adequado para a maioria dos casos, sem prejudicar a operação da linha”, explica.
Yuri Sena, para o Diário do Transporte
