O Corinthians saiu de campo revoltado com a atuação da árbitra Edina Alves Batista após a derrota por 2 a 1 para o Red Bull Bragantino, ocorrida na noite da última quarta-feira (5), em Bragança Paulista. O Timão terminou o confronto com dois homens a menos, uma vez que José Martínez e Charles foram expulsos.
O lance que irritou a direção do Corinthians aconteceu nos acréscimos da partida. Em um lance fora da disputa de bola, com a partida paralisada, Charles se envolve em duas confusões. Primeiro com Vanderlan e, em seguida, com Jhon Jhon, que cai após ter recebido um tapa do volante do Timão.
Durante a revisão do VAR, o árbitro assistente 1 Fabrini Bevilaqua Costa crava que Edina deveria expulsar Charles por agressão. Em seguida, após observar o lance por outros ângulos, o profissional recua e diz que “não sabe se acerta” o tapa de Charles no rosto de Jhon Jhon.
Em campo, Edina aplica o amarelo ao atleta do Corinthians. Mas, em seguida, sem ir ao monitor revisar o lance, a árbitra mostra o cartão vermelho direto, sem retirar o amarelo, cena que indignou os atletas do Timão em campo. Na súmula da partida, Fabrini descreveu o ocorrido.
“Aos 50 minutos do segundo tempo, eu, Fabrini Beviláqua, assistente número 1, informei a árbitra Edina Alves Batista que o atleta de número 35, Charles Rigon Matos, da equipe visitante, desferiu um tapa no rosto de seu adversário de número 10, senhor Jhonatan do Santos Rosa, cometendo uma conduta violenta com o jogo paralisado”.
Após a partida, Osmar Stabile, presidente do Corinthians, chamou o ocorrido de “aberração”, criticou a falta de critério e espera que a CBF “tome providências”.
“Achei uma aberração o que aconteceu aqui hoje. Não estamos discutindo se (o árbitro) é homem, mulher, quem é que está, estamos falando da arbitragem. O critério que foi utilizado, a gente não está discutindo se foi ou não foi, estamos discutindo o critério”.
“Os critérios não estão sendo bem adotados, a forma que está sendo utilizado não é boa, temos que treinar melhores os árbitros, para que eles usem os mesmos critérios para um lado e para o outro. Os critérios não são bons, a gente vê vários jogos com pênaltis sendo marcados”, pediu Stabile.
Com a derrota, o Corinthians estacionou no 10° lugar com 42 pontos. Por outro lado, o Red Bull Bragantino foi ao 12° lugar com 39 pontos.
Veja abaixo o diálogo na íntegra entre cabine e campo no lance da expulsão de Charles:
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Arbitro: Edina Alves Batista
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Arbitro Assistente 1: Fabrini Bevilaqua Costa
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Arbitro Assistente 2: Miguel Cataneo Ribeiro da Costa
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VAR: Rodrigo Guarizo Ferreira do Amaral
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AUXILIAR 1: “Manda embora, Edina. Deu um tapa na cara do cara”
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ÁRBITRA: “O que aconteceu aqui? Quem viu?”
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AUXILIAR 2: “Eu vi o empurrão, mas não sei se pega no rosto”
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AUXILIAR 1: “Eu vejo um tapa, mas não sei se acerta ou se ele finge que acerta”
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VAR: “É um tapa no braço, ele dá um tapa. Não dá um soco, ok?”
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AVAR: “Tem uma outra situação depois dessa. Continua aí. Segura, Edina. Segura”.
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VAR: “Segura, segura…”
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VAR: “Ele dá um tapa no rosto do adversário”
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AVAR: “…vê se pega”
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VAR: “…pega”
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VAR: “Você [AVAR] vai mostrar essa ação aqui”.
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AVAR: “O 35 dá um tapa na cara, ne?”
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AUXILIAR 1: “Ô Edina. A falta foi lá atrás, Edina. A falta foi lá atrás”
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VAR: “Aguarda, gente. Aguarda”
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VAR: “Edina, qual foi sua ação disciplinar?”
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ÁRBITRA: “Fabrini, se você viu um tapa na cara…”
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AUXILIAR 1: “Eu vejo um tapa do 35, mas eu não sei se acerta”
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ÁRBITRA: “Para vermelho?”
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AUXILIAR 1: “Eu vejo, mas não sei se acerta. Está muito longe”
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ÁRBITRA: “Fabrini, vermelho?”
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AUXILIAR 1: “Eu vejo, mas não sei se acerta. Eu vejo ele dando o tapa e vejo o cara caindo. Mas eu não sei se ele acerta. O loirinho. O 35 lá”.
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VAR: “Edina, checado e confirmado. O número 35 desfere um tapa no rosto do seu adversário”
