Publicado em: 8 de junho de 2025
Cerca de 700 ex-colaboradores das companhias Três Marias e Rio Madeira planejam um protesto pacífico nesta segunda-feira (09)
ALEXANDRE PELEGI
Ex-trabalhadores das empresas de transporte coletivo Três Marias e Rio Madeira, de Porto Velho, capital de Rondônia, anunciaram uma manifestação pacífica para a próxima segunda-feira, 9 de junho de 2025. O ato, programado para iniciar às 6h da manhã sem previsão de término, tem como objetivo pressionar pela resolução de um processo trabalhista que se arrasta por uma década. Cerca de 700 ex-funcionários dessas empresas aguardam o pagamento de verbas rescisórias e direitos básicos como férias, 13º salário e FGTS.
A situação é considerada crítica, já que grande parte dos envolvidos são hoje idosos que hoje enfrentam dificuldades para garantir seu sustento. Apesar de existirem bens penhorados que, segundo advogados, são suficientes para quitar os valores devidos, a execução da dívida não avançou de forma efetiva ao longo de uma década de tramitação judicial.
O conflito teve início em 2015, quando os contratos das empresas Três Marias e Rio Madeira com o município de Porto Velho foram encerrados por caducidade. Naquele período, um acordo judicial para o pagamento das rescisões contratuais foi estabelecido na 1ª Vara do Trabalho de Porto Velho, mas não foi cumprido integralmente.
Em um novo capítulo do caso, a Comissão Independente dos Ex-trabalhadores emitiu um comunicado oficial. Entre as reivindicações, destaca-se a solicitação para que a juíza Dra. Fernanda Antunes seja nomeada para conduzir o processo, dada sua profunda familiaridade com o caso, evidenciada por uma sentença detalhada de mais de 300 páginas sobre as transações patrimoniais dos executados.
As principais demandas dos manifestantes incluem a marcação de audiência com intimação pessoal dos antigos empregadores, a venda imediata dos bens dos devedores, assim como a liberação dos valores já disponíveis no processo. Os trabalhadores pedem também que haja maior celeridade na resolução do caso pela Justiça do Trabalho.
Alexandre Pelegi, jornalista especializado em transportes