Publicado em: 18 de fevereiro de 2025
Empresa venceu licitações para operação do Trem Intercidades São Paulo-Campinas e linha 2-Verde de metrô na capital
ARTHUR FERRARI
A fabricante chinesa de trens CRRC está estudando a instalação de uma unidade fabril em Araraquara, no interior de São Paulo. A informação foi revelada pelo governador Tarcísio de Freitas durante entrevista ao programa Conexão Paulista, da Assembleia Legislativa.
A CRRC já venceu importantes licitações no estado, incluindo o fornecimento de trens para o Trem Intercidades (TIC) São Paulo-Campinas e para a Linha 2-Verde do Metrô de São Paulo. A nova fábrica permitiria à empresa atender à crescente demanda do mercado ferroviário brasileiro.
A escolha de Araraquara se deve à infraestrutura ferroviária robusta da cidade e à sua localização privilegiada, próxima à Rodovia Washington Luís (SP-364) e às linhas férreas operadas pela Rumo Logística, facilitando o escoamento da produção.
Além disso, a CRRC estuda utilizar as instalações da antiga IESA, que já forneceu trens para o Metrô e a CPTM, mas atualmente está em recuperação judicial. A reutilização da planta existente poderia agilizar o início das operações.
Caso a fábrica seja confirmada, espera-se a criação de centenas de empregos diretos e indiretos, beneficiando setores como produção, logística e fornecedores. A movimentação também promete fortalecer a economia local e atrair novos investimentos para a região.
O governador Tarcísio de Freitas enfatizou a relevância desse projeto para o estado. “Vamos fazer ferrovia em São Paulo. Vamos fazer locomotiva, vamos fazer trem de passageiro em São Paulo. É isso que faz a roda girar.”
As negociações seguem em andamento e a expectativa é que a decisão sobre a instalação da fábrica seja anunciada nos próximos meses.
HYUNDAI
A Hyundai Rotem já possui uma fábrica instalada em Araraquara, com um investimento de R$ 120 milhões. A unidade, localizada na SP-255 (Rodovia Antônio Machado Sant´Anna) em uma área de 150 mil m², foi construída para atender o mercado brasileiro e latino-americano.
A fábrica já foi a segunda maior da empresa no mundo, com capacidade de produzir 200 vagões por ano e empregou mais de 130 pessoas. No entanto, devido à diminuição de pedidos, parte de suas operações na cidade foi encerrada
Arthur Ferrari, para o Diário do Transporte