Publicado em: 18 de julho de 2025
De acordo com presidente da Fetpsp, federação que reúne as viações no Estado, Mauro Herszkowicz, em artigo, “autoridades competentes precisam intensificar as operações de policiamento”. *Diário do Transporte* foi o primeiro veículo de comunicação profissional a noticiar o assunto e tem pautado imprensa em geral
ADAMO BAZANI
A onda de ataques a ônibus em todo o Estado de São Paulo, que teve início em 12 de junho de 2025, alcançou nesta sexta-feira, 18 de julho de 2025, a soma de cerca de mil casos, como mostrou o Diário do Transporte, o primeiro veículo de comunicação profissional a noticiar o assunto e tem pautado imprensa em geral.
A falta de respostas das autoridades de Segurança Pública é uma das principais preocupações das companhias de transportes. Até o momento, foram poucas prisões, a maior parte de pessoas consideradas quase sem relevância para as investigações e as possíveis motivações e mandantes ainda são um mistério.
De acordo com presidente da Fetpsp, federação que reúne as viações no Estado, Mauro Herszkowicz, em artigo divulgado também nesta sexta-feira (18), as “autoridades competentes precisam intensificar as operações de policiamento” – disse ao enfatizar que a questão vai além dos custos de manutenção e os lucros cessantes (prejuízo por não poder prestar determinado serviço) que uma empresa tem ao parar os ônibus para o conserto. São vidas em risco.
“A questão não é contabilizar os prejuízos das empresas operadoras com a reposição dos vidros das janelas e para-brisas de mais de 900 veículos danificados pelas pedras. Estes atos irresponsáveis estão ferindo passageiros e colocando vidas em risco.”
Para o representante da entidade que reúne todas as viações do Estado de São Paulo, o que tem ocorrido nunca foi visto nesta proporção, não somente pelos números, mas pela falta de clareza sobre o que de fato tem motivado os ataques.
“Atos de vandalismo e depredações sempre ocorreram, mas de forma eventual. Ônibus já foram incendiados para atrair a atenção de autoridades para problemas das comunidades, como falta de água ou enchentes. Mas, desta vez, a motivação para os ataques ao transporte público coletivo – um serviço essencial – que se iniciaram, de maneira contínua, em meados de junho passado, é obscura e ainda incerta”. – MAIS ABAIXO LEIA O ARTIGO NA ÍNTEGRA:
O número de cerca de mil leva em conta o sistema de transportes da cidade de São Paulo, gerenciado pela SPTrans (São Paulo Transporte), que alcançou nesta sexta-feira (18) mais de 500 casos; dos ônibus metropolitanos intermunicipais na Grande São Paulo, de responsabilidade da Artesp (do Governo do Estado), com mais de 300 ocorrências e os municipais das 38 cidades vizinhas da capital, além dos coletivos que rodam no litoral paulista, com a soma de mais de 200 ônibus vandalizados.
Relembre:
ARTIGO:
ATAQUES À MOBILIDADE E À SOCIEDADE
Neste momento, em que as empresas operadoras do transporte coletivo de passageiros estão empenhadas em melhorar a qualidade dos serviços prestados à população, é preocupante que esse setor seja atacado, de forma sistemática e covarde, por criminosos que estão atirando pedras nos veículos em movimento e com passageiros e operadores no interior.
Atos de vandalismo e depredações sempre ocorreram, mas de forma eventual. Ônibus já foram incendiados para atrair a atenção de autoridades para problemas das comunidades, como falta de água ou enchentes. Mas, desta vez, a motivação para os ataques ao transporte público coletivo – um serviço essencial – que se iniciaram, de maneira contínua, em meados de junho passado, é obscura e ainda incerta.
A questão não é contabilizar os prejuízos das empresas operadoras com a reposição dos vidros das janelas e para-brisas de mais de 900 veículos danificados pelas pedras. Estes atos irresponsáveis estão ferindo passageiros e colocando vidas em risco.
A Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado de São Paulo (FETPESP) vem manifestando seu repúdio aos ataques contra os ônibus urbanos, suburbanos e metropolitanos, que impactam diretamente a operação dos sistemas de transporte público e o direito à mobilidade dos cidadãos.
As autoridades competentes precisam intensificar as operações de policiamento, identificar esses criminosos e punir rigorosamente os responsáveis pelos ataques. A FETPESP também faz um apelo à sociedade para que denuncie comportamentos suspeitos e compartilhe informações com as autoridades, posicionando-se firmemente contra o vandalismo.
A FETPESP reafirma seu compromisso com um transporte público seguro, eficiente, acessível e digno, e conclama as autoridades, empresas e sociedade a agir de forma coordenada para cessar esses atos de violência.
Artigo: Mauro Herszkowicz, presidente da Fetpesp
Reportagem: Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes