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galhos que invadem o viário


Coletivos acabam se chocando com árvores e postes próximos às ruas, expondo a falta de preparo da cidade para a eletromobilidade no transporte coletivo

ALEXANDRE PELEGI

São Paulo tem demonstrado uma falta de preparação para a integração dos ônibus elétricos em seus viários. A infraestrutura atual da cidade apresenta sérios desafios que comprometem a operação e a segurança desses veículos que, como sabemos, têm mobilizado pesados investimentos.

Um dos principais problemas são as árvores que invadem agressivamente os viários, causando danos que variam de pequenos a grandes valores. Apesar de diversos protocolos terem sido abertos por empresas operadoras junto à Secretaria do Verde solicitando as podas, essas intervenções não estão ocorrendo.

Além da vegetação, a proximidade dos postes, que estão a apenas 20 centímetros entre a calçada e o viário, representa outro risco significativo. Essa pequena distância tem sido a causa de colisões com os veículos elétricos de um modo geral.

Diante desses obstáculos, os ônibus elétricos são atualmente forçados a transitar na pista do meio para preservar sua estrutura. No entanto, essa medida torna a operação muitas vezes inviável, pois eles precisam parar nos pontos de ônibus para o embarque de passageiros.

Esse tipo de ocorrência provoca graves impactos financeiros e operacionais para as empresas de transporte público quando as células das baterias de seus ônibus são danificadas. Cada incidente dessa natureza resulta em um prejuízo estimado em R$ 50 mil para a operadora.

Isso sem contar que, para efetuar o reparo do veículo, é necessário que ele saia imediatamente de circulação. Esta medida não só diminui a frota disponível da empresa, mas também acarreta uma série de multas previstas no RESAM da SPTrans, devido à interrupção do serviço e à retirada do veículo da linha. Adicionalmente, há a necessidade de se realizar a substituição do componente danificado.

Em suma, as consequências vão além da sanção financeira. A operação do transporte público fica “capenga”, o que, em última análise, prejudica diretamente a população que depende desses serviços para seus deslocamentos diários.

Em resposta a essa situação crítica, a Auto Viação Transcap, que opera na região sul da capital, entrou em contato com a CET, a Prefeitura e a SPTrans para solicitar uma campanha de conscientização. A iniciativa, que inclui banners de avisos de colisão e riscos, já foi aprovada e está em andamento, informa a Transcap. Os desafios, é bom que se diga, afetam o sistema de veículos elétricos como um todo na cidade.

Alexandre Pelegi, jornalista especializado em transportes





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