Publicado em: 15 de agosto de 2025
Grupo reunirá STM, SPI, ARTESP, CPTM e Metrô para manter informações atualizadas e evitar erros aos passageiros
ALEXANDRE PELEGI
Criados para facilitar a vida de quem se desloca diariamente, os mapas de transporte público são ferramentas essenciais de comunicação entre operadores e passageiros. Mais do que simples diagramas, eles sintetizam visualmente uma rede complexa de linhas e integrações, permitindo que o usuário compreenda rapidamente suas opções de trajeto. A ideia ganhou força no século XX com exemplos icônicos, como o mapa do metrô de Londres, redesenhado em 1933 por Harry Beck com base em esquemas de circuitos elétricos, e o de Nova York, que combina informações geográficas e diagramáticas para atender milhões de passageiros. Hoje, cidades como Paris, Tóquio e Berlim mantêm mapas digitais e físicos atualizados constantemente, incorporando novos serviços e integrações tarifárias para evitar confusão e otimizar deslocamentos.
Seguindo essa lógica, o Governo do Estado de São Paulo instituiu, por meio da Resolução Conjunta STM/SPI nº 01, de 12 de agosto de 2025, a criação de um Comitê responsável pela atualização constante do Mapa do Transporte Público Coletivo de Passageiros da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP). O objetivo é garantir que o material contenha informações claras e atualizadas sobre linhas, estações e integrações tarifadas e não tarifadas, facilitando a compreensão do sistema pelos usuários.
O grupo será formado por representantes titulares e suplentes da Secretaria dos Transportes Metropolitanos (STM), da Secretaria de Parcerias em Investimentos (SPI), da Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo (ARTESP), da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e do Metrô de São Paulo.
A coordenação ficará a cargo do representante titular da STM. O Comitê deverá elaborar um regimento próprio definindo regras e periodicidade das atualizações, com possibilidade de revisões extraordinárias sempre que houver mudanças significativas no sistema para evitar desinformação aos passageiros.
A participação no grupo será considerada de relevante interesse público e não acarretará remuneração adicional.
Origem do Mapa no Metrô de São Paulo
O Mapa do Transporte Metropolitano começou a ser desenvolvido nos primeiros anos de operação do Metrô, na década de 1970, quando as linhas ainda eram apresentadas isoladamente.
Com a expansão para novas linhas e a integração com a CPTM a partir dos anos 1990, surgiu a necessidade de um diagrama unificado.
A primeira versão integrada foi criada pela Secretaria dos Transportes Metropolitanos nos anos 2000, reunindo toda a rede metroferroviária e destacando conexões com terminais de ônibus.
Inspirado em modelos internacionais como Londres e Paris, o mapa passou a mostrar integrações tarifadas e não tarifadas, conexões intermodais e, nas versões digitais, informações sobre obras e estações futuras. Hoje, é distribuído em estações, trens, plataformas digitais e aplicativos, sendo atualizado periodicamente para acompanhar a evolução da rede.

Mapa do Metrô de Londres
Alexandre Pelegi, jornalista especializado em transportes