Publicado em: 20 de novembro de 2025

Encontro reunirá gestores, sindicatos e empresas do sistema
ARTHUR FERRARI
A crise no transporte público de São Luís (MA) permanece sem solução e já dura uma semana. A paralisação dos motoristas começou atingindo duas empresas, mas apenas a Expresso Marina retomou a operação após regularizar pagamentos na quarta-feira (19). Funcionários da 1001 Expresso seguem parados, o que mantém bairros inteiros da capital maranhense sem atendimento regular. Linhas operadas pela empresa atendem regiões populosas como Cohatrac, Forquilha, Ribeira, Vila Isabel Cafeteira e Vila Esperança, deixando milhares de passageiros com dificuldade de deslocamento.
Esse cenário motivou a Câmara Municipal a convocar uma audiência pública para o dia 24 de novembro, às 14h, no plenário da Casa. A reunião foi marcada após aprovação do requerimento nº 2217/2025, de iniciativa do Coletivo Nós (PT), e pretende detalhar as causas da paralisação e discutir medidas imediatas para evitar maiores prejuízos aos moradores da Grande Ilha.
Segundo o co-vereador Jhonatan Soares, o movimento tem origem em problemas internos das empresas e envolve trabalhadores da Expresso Marina e da 1001. Ele aponta que a suspensão das atividades decorre de salários atrasados, reclamações trabalhistas e protestos contra demissões. Ao justificar o pedido de audiência, afirmou: “Até hoje nós não temos nenhuma resposta em definitivo sobre essa situação da paralisação” — Jhonatan Soares.
Representantes de diferentes instituições foram convidados para compor a mesa de discussão. Entre eles, o secretário municipal de Trânsito e Transporte (SMTT), Maurício Itapary; o diretor executivo do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de São Luís (SET), Paulo Pires; o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado do Maranhão (STTREMA), Marcelo Brito; além de porta-vozes das empresas envolvidas.
A sessão será transmitida ao vivo no canal oficial da Câmara no YouTube, permitindo que usuários afetados acompanhem o debate sobre o futuro imediato do serviço e possíveis encaminhamentos.
Arthur Ferrari, para o Diário do Transporte


