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Itaú e Caixa apresentam as melhores propostas em crédito de R$ 2,5 bilhões para habitação e recape em São Paulo


R$ 500 milhões já estão reservados para o programa de asfalto da Prefeitura da capital paulista

ALEXANDRE PELEGI

A Prefeitura de São Paulo divulgou nesta sexta-feira (3) o resultado da Chamada Pública SF/OPCRED nº 01/2025, que trata da contratação de operação de crédito interno de até R$ 2,5 bilhões. Os recursos irão financiar o Programa Pode Entrar (habitação), o programa de conservação e recapeamento da malha viária (mobilidade urbana) e outros investimentos autorizados.

Participaram da disputa cinco instituições financeiras: Itaú Unibanco, Caixa Econômica Federal, Banco Santander, Banco Bradesco e Banco do Brasil.

O Diário do Transporte noticiou a Chamada Pública. Relembre:

Prefeitura de São Paulo busca crédito de R$ 2,5 bilhões e reserva R$ 500 milhões para programa de asfalto

Ranking das melhores ofertas

O Itaú Unibanco e a Caixa Econômica Federal apresentaram as propostas mais competitivas. As propostas A e B do Itaú ficaram em 14,834% a.a., enquanto as cinco propostas da Caixa registraram 14,836% a.a.

Na sequência, aparecem o Banco Santander, com CET entre 14,866% e 14,922%, seguido por outra proposta do Itaú (14,970%), o Bradesco (todas as propostas a 15,073%) e o Banco do Brasil, com taxas entre 15,218% e 15,286%.

A Proposta C do Santander foi desclassificada por falha documental.

O resultado será submetido à Junta Orçamentário-Financeira (JOF) e, após homologação, as cinco propostas com menor custo seguirão para negociação e formalização contratual.

Programa de Asfalto

Do total da operação, R$ 500 milhões já estão reservados para o programa de asfalto, parte do projeto do prefeito Ricardo Nunes em conservar e recapar a malha viária da capital. Esse direcionamento, no entanto, tem gerado críticas, pois reforça a centralidade do recapeamento em detrimento de investimentos que poderiam promover maior equilíbrio urbano. Por outro lado, um dos argumentos é que a manutenção viária possibilita uma operação melhor para os ônibus, um dos critérios utilizados para definir as vias que receberão os investimentos.

Oásis urbanos e o excesso de asfalto

Como mostrou reportagem recente do Diário do Transporte, São Paulo precisa repensar o modelo de investimento que privilegia o recapeamento em massa. Especialistas defendem que, diante da emergência climática, o caminho não é multiplicar camadas de asfalto, mas sim criar oásis urbanos: redes de espaços sombreados, permeáveis e arborizados, especialmente ao redor de corredores de transporte coletivo e terminais.

Segundo urbanistas, o recapeamento pode até melhorar a fluidez de ônibus e carros no curto prazo, mas o excesso de asfalto amplia a ilha de calor urbana, aumenta o escoamento superficial da água e agrava enchentes. Além disso, priorizar vias lisas sem cuidar de calçadas acessíveis, sombra em pontos de ônibus e refúgios climáticos penaliza justamente quem mais depende do transporte público: os pedestres e usuários que passam horas expostos às condições extremas da cidade.

A proposta dos oásis urbanos busca reequilibrar a relação da metrópole com seu espaço público, inserindo arborização, drenagem sustentável e áreas de convivência como parte essencial da mobilidade. Sem esse redirecionamento, alertam os especialistas, os bilhões de reais que a Prefeitura negocia podem se traduzir apenas em mais asfalto — aprofundando desigualdades e tornando São Paulo ainda mais vulnerável às ondas de calor.  Leia a reportagem completa:

Para além dos ônibus elétricos: São Paulo precisa de calçadas sombreadas, despavimentação seletiva e espaços de refúgio climático


Alexandre Pelegi, jornalista especializado em transportes



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