O fenômeno climático La Niña, caracterizado pelo resfriamento da superfície do Oceano Pacífico Equatorial, está oficialmente encerrado, informou a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA), órgão americano de monitoramento meteorológico. Com isso, a atmosfera entrou em condições de neutralidade, quando não há nem El Niño nem La Niña ativo.
De acordo com o NOAA, as condições atingiram a neutralidade em março, o que deve se manter por todo o verão no Hemisfério Norte – e inverno no Hemisfério Sul. Ainda segundo o órgão, existe uma imprecisão na previsão a longo prazo, o que aponta 43% de chance de neutralidade e 38% de chance de La Niña entre novembro de 2025 a janeiro de 2026. Já as chances de El Niño são inferiores a 20%.
O que é o La Niña?
O período de La Niña é caracterizado por uma anomalia negativa na temperatura de -0,5 °C ou menos nas águas superficiais de partes central e leste do Pacífico Equatorial, que deve se manter por, pelo menos, cinco trimestres consecutivos para ser oficializado. A variação positiva indica El Niño.
Há diversas teorias sobre o que está por trás dessas anomalias, mas não há um consenso na comunidade científica para justificar estes ciclos. O que se sabe com certeza os efeitos dos fenômenos no clima.
Por regra, durante o La Niña, as chuvas diminuem na região Sul e aumentam no Norte e Nordeste. Já no Sudeste e no Centro-Oeste, há riscos de períodos frios, com as temperaturas abaixo da média histórica. Foi assim na última vez em que ficou ativo, entre 2020 e 2023, explica Patrícia Cassoli, meteorologista da Climatempo.

La Niña é caracterizado por uma anomalia negativa na temperatura de -0,5 °C ou menos nas águas superficiais de partes central e leste do Pacífico Equatorial — Foto: NOAA