Publicado em: 22 de agosto de 2025
Veículo de piso baixo e motor de 350 kW será avaliado durante 20 dias em seis linhas, ligando áreas centrais a pontos estratégicos da cidade
ARTHUR FERRARI
Londrina (PR) começou a avaliar nesta semana um modelo de ônibus elétrico como parte dos estudos para modernizar o sistema de transporte coletivo e reduzir emissões. O veículo, com capacidade para 80 passageiros e autonomia de 270 quilômetros, circulará por 20 dias em seis linhas diferentes, sempre entre 6h e 19h30.
A iniciativa é conduzida pela Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) com a participação das concessionárias Transportes Coletivos Grande Londrina e Londrisul. O modelo em teste é o Azure A13BR, fabricado pela chinesa TEVX Higer, e recebeu envelopamento especial para ser identificado pelos passageiros.
O presidente da CMTU, Fabrício Bianchi, destacou que a experiência faz parte de um conjunto de alternativas analisadas pela administração municipal. “Além dos ônibus elétricos, também estamos avaliando modelos movidos a biometano, que representam uma opção estratégica para inovação no transporte coletivo. O objetivo é identificar qual tecnologia melhor se adapta à realidade de Londrina. Caso os resultados sejam positivos, os elétricos poderão ser utilizados em linhas específicas, conhecidas como ‘última milha’, ligando diretamente pontos como Centro–Rodoviária, Centro–Aeroporto, Centro–Shopping e o quadrilátero central”, afirmou Bianchi.
Com 13 metros de comprimento, o veículo dispõe de piso baixo, rampa de acessibilidade, ar-condicionado e motor de 350 kW. A avaliação técnica medirá aspectos como autonomia, tempo de recarga, desempenho no tráfego urbano e adequação às condições de operação.
De acordo com o diretor de Transporte da CMTU, Fernando Porfírio, os dados obtidos servirão de base para futuras definições sobre a frota. “Com este teste, poderemos avaliar como o veículo se comporta nas ruas de Londrina e obter dados concretos para escolher os melhores modelos disponíveis no mercado, de acordo com as nossas necessidades reais”, declarou Porfírio.
Veículos elétricos semelhantes já estão em uso em capitais como São Paulo (SP), Goiânia (GO) e Belém (PA), além de cidades do Paraná como Curitiba e Cascavel.
Arthur Ferrari, para o Diário do Transporte
