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Mais rico do que nunca, Athletico-PR foi do sonho de ‘brigar com grandes’ a rebaixado


O Athletico-PR voltará a jogar a Série B do Campeonato Brasileiro depois de 12 anos. O rebaixamento foi confirmado neste domingo (8), com derrota para o Atlético-MG, por 1 a 0, no pior desfecho possível para uma temporada que tinha tudo para ser de festa, com o centenário do clube.

Quando comemorou 100 anos, em 26 de março, o Athletico já caminhava para confirmar o título do Campeonato Paranaense, talvez um dos únicos pontos altos da temporada. Os sonhos, contudo, eram mais ousados, em um contexto em que o clube teve dinheiro como nunca após recordes em 2023.

Nas finanças na última temporada, o Athletico somou receita total de R$ 898,9 milhões, dinheiro que só ficou abaixo do arrecadado por Flamengo, Corinthians e Palmeiras no ano. Na comparação com 2022, R$ 424,1 milhões, o faturamento dos paranaenses mais do que dobrou.

O salto foi puxado principalmente pela venda de jogadores, que colocou R$ 228,5 milhões nos cofres rubro-negros, a maior parte do valor pago pelo Barcelona por Vitor Roque.

Não por acaso, no fim de 2023, o presidente Mario Celso Petraglia fez uma promessa que acabou ficando longe de se concretizar, de montar uma equipe que brigaria com os principais clubes do país. “Vamos fazer um time extremamente competitivo para concorrer com os grandes”, disse.

“Não temos nenhuma dívida para 2024. Temos o melhor estádio e o melhor CT do Brasil, com tudo pago. Nós temos a melhor infraestrutura das Américas. Vamos fazer uma SAF que nos dê condições de competir com os maiores clubes das Américas”, complementou o dirigente.

Para montar o elenco que acabou rebaixado, o Athletico investiu quase R$ 80 milhões em reforços no início do ano, mas a maioria não vingou. O lateral Leo Godoy, por exemplo, foi a contratação mais cara, custando R$ 19 milhões, mas foi reserva em boa parte da temporada.

Já o atacante Romeo Benítez chegou por R$ 14 milhões, mas também não se firmou e acabou emprestado para o Tigre, da Argentina, ainda no meio do ano. Mateo Gamarra, contratado por R$ 16 milhões, é outro que teve baixíssimo impacto na temporada.

Mastriani, talvez, tenha sido uma das poucas exceções, conseguindo retribuir com gols o investimento de R$ 10 milhões, mas acabou se lesionando e perdeu a reta final do Brasileirão. O ídolo Nikão também teve sua importância, mas retornou de graça, por empréstimo, do São Paulo

Há uma declaração do atacante Pablo, no início do Brasileirão, que mostra o tamanho da desilusão rubro-negra diante das expectativas para a temporada. É que o Athletico chegou a liderar o campeonato após seis rodadas, com 13 pontos, conquistados com quatro vitórias (incluindo sobre o Palmeiras em pleno Allianz Parque), um empate e só uma derrota (para o Grêmio, fora de casa).

“Temos um sonho e vamos trabalhar para buscar. A instituição não vence (o Brasileirão) há um tempo e tem esse desejo. Subimos o sarrafo e não podemos parar, não podemos baixar o nível, a temporada está apenas começando. Estamos no caminho certo”, disse Pablo, na ocasião.

A questão é que o caminho do Athletico se perdeu completamente após a surpreendente saída de Cuca, que, depois de emplacar a arrancada inicial no Brasileirão, decidiu deixar o clube em meio a uma sequência de três empates seguidos e duas derrotas inesperadas na CONMEBOL Sul-Americana.

Cuca, aliás, já era o segundo técnico do Athletico no ano, substituindo Juan Carlos Osorio, que caiu ainda em março. Juca Antonello chegou a comandar o time interinamente e depois veio a aposta em Martín Varini, de apenas 32 anos, que durou só 19 partidas até também ser demitido.

O rebaixamento veio com o ídolo Lucho González no banco. Ele assumiu o time antes do jogo de volta das quartas de final da Sul-Americana, mas acabou eliminado em goleada de 4 a 1 para o Racing-ARG – que acabaria campeão. No Brasileirão, a sequência era de sete jogos sem vencer, mas a zona de rebaixamento ainda não era uma realidade – a distância, contudo, era só de três pontos.

Foram seis derrotas e apenas uma vitória (contra o Cruzeiro, em casa) em sete jogos que fizeram o pesadelo da Série B se tornar real. Vieram, então, dois triunfos e dois empates para tornar a permanência palpável. O revés, na Ligga Arena, em confronto direto contra o Red Bull Bragantino, porém, reavivou o drama, e não houve forças para reação na rodada final.

O rebaixamento é o primeiro do Athletico desde 2011, quando o time terminou no mesmo 17º lugar e viu chegar ao fim sequência de 15 anos disputando a Série A. A queda em 2024 é a quarta para a Série B do clube na história, e a expectativa é fazer como na última, com acesso já na temporada seguinte…



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