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Marcopolo confirma Attivi Integral para capital paulista; carrocerias específicas para ônibus grandes a biometano/GNV e vendas em grandes lotes para grupos empresariais de porte


Revelações foram feitas, em entrevista exclusiva para Adamo Bazani, do Diário do Transporte, pelo diretor de Operações Comerciais, Ricardo Portolan, que ainda foi enfático ao criticar abertura para estrangeiros venderem no Brasil ônibus elétricos. Volare a biometano também deves estar presente na cidade de São Paulo e Brasil será exportador de trens

ADAMO BAZANI

Na tarde desta quarta-feira, 21 de maio de 2025, de forma exclusiva, o diretor de Operações Comerciais da Marcopolo para o Mercado Interno, Ricardo Portolan, conversou com o repórter e editor do Diário do Transporte, sobre diversos assuntos como os planos da fabricante de carrocerias de ônibus no contexto de despoluição das cidades; mercado e grandes vendas para grupos empresariais de porte maior e lançamentos de modelos de ônibus, além das perspectivas para a divisão de produtos ferroviários da empresa.

A íntegra você ouve neste link abaixo:


Foram diversas revelações feitas pelo executivo na conversa com Adamo Bazani.

Alguns destaques, em resumo, são (NO ÁUDIO VOCÊ CONFERE AS INFORMAÇÕES COM MAIS DETALHES) e NO TEXTO ABAIXO, OS TÓPICOS PRINCIPAIS:

Attivi Integral para a capital paulista: Ricardo Portolan confirmou ao repórter do Diário do Transporte, Adamo Bazani, que, para a cidade de São Paulo, já estão comercializadas unidades do modelo de ônibus elétrico Attivi na versão integral da Marcopolo, ou seja, carroceria, chassi e tecnologia da marca. Isso ocorre depois de a Marcopolo conseguir vendas significativas do modelo sobre chassis de outras fabricantes parceiras e de outras tecnologias, com destaque para as 97 unidades comercializadas para a empresa Sambaíba, da zona Norte, sobre chassis Mercedes-Benz. Há também mais veículos encarroçados para outras empresas. A quantidade de Attivi Integral e as empresas, por questão de mercado, ainda vão ser detalhadas pela fabricante.

400 Attivi desde o lançamento: Ricardo Portan ainda revelou que, desde quando foi lançado, do modelo Attivi de ônibus elétricos, tanto o integral da Marcopolo e também sobre chassis de marcas como Mercedes-Benz, BYD (incluindo a configuração do articulado Express) e Volvo (que possui inclusive a configuração biarticulada apresentada recentemente em Curitiba), já foram comercializadas cerca de 400 unidades. Para Portolan, diante do ritmo de eletrificação da frota de ônibus no Brasil, que ainda está em ritmo abaixo do projetado pelo mercado e por autoridades gestoras de transportes, o número é uma conquista a ser destacada. A estimativa, agora é, com mais configurações do modelo a serem apresentadas e ampliação da frota pelo Brasil, a quantidade cresça ainda mais e já existem negociações concretizadas significativas. Deste total de 400 unidades, até o momento, segundo o diretor da Marcopolo, cerca de 15% são da versão integral Marcopolo e 85% encarroçamento sobre chassis de marcas parceiras. Mas a estimativa é de o Attivi Integral ter uma participação maior em breve.

Versões de ônibus grandes com chassis específicos movidos a biometano/Gás Natural: Após lançar o micro-ônibus Volare movido a biometano (combustível obtido na decomposição de resíduos), que inclusive já está sendo comercializado, como uma unidade para o sistema de transportes de Guarulhos, na Grande São Paulo, a Marcopolo vai apresentar ao mercado ainda neste ano de 2025, carrocerias de ônibus maiores, inclusive padrons e articulados, com chassis específicos com este tipo de tração. Segundo Ricardo Portolan ao repórter do Diário do Transporte, Adamo Bazani, os desenvolvimentos junto aos fabricantes de chassis já começaram. Portolan explicou que não basta encarroçar com as atuais configurações estes chassis como se fossem a diesel. São necessárias mudanças que envolvem design de configurações e estruturas, para, por exemplo, comportar e distribuir melhor os pesos dos cilindros nas carrocerias e verificar caso a caso as quantidades de equipamentos, que variam. A medida mostra que a Marcopolo aposta no GNV/biometano como alternativa de mercado, inclusive diante das dificuldades de avanços mais rápidos de infraestrutura de adaptações de rede de distribuição e de ligação às garagens, como as que fizeram com que a capital paulista não cumprisse as metas de inclusão de ônibus elétricos. A cidade de São Paulo agora pensa neste tipo de combustível nas novas metas de redução de poluição. Para Portolan, o importante é diversificar as alternativas, não se tornando dependente apenas de uma forma de tração

Volare biometano para a capital paulista: Ao repórter Adamo Bazani, do Diário do Transporte, Ricardo Portolan, diretor da Marcopolo, diz que prospecta mercado para o modelo de micro-ônibus da marca Volare para a capital paulista movido a biometano/GNV. A possibilidade já é estudada pelo mercado paulistano que hoje vê na disponibilidade de veículos de menor porte um dos maiores desafios para o cumprimento das metas de redução de poluição impostas pela atual lei municipal em vigor. Seria necessário, entretanto, flexibilizar a exigência de aplicação de piso baixo em algumas linhas do subsistema local de distribuição, justamente o que incorpora os serviços em bairros de mais difícil acesso, que comportam melhor veículos com piso alto e de menor porte. Portolan acredita que o Volare em breve já pode ser visto em algumas destas linhas. Como mostrou o Diário do Transporte, no dia 25 de março de 2025, a prefeitura de São Paulo realizou um seminário para debater a inclusão do biometano na matriz energética dos ônibus de São Paulo com a participação de técnicos, corpos de universidades, empresas de transportes (como a Sambaíba, operadora da zona Norte da cidade), indústrias de adaptação de veículos a diesel (como a Tupy, que atua na transformação de um ônibus diesel Mercedes-Benz com carroceria Caio pertencente a Sambaíba) e fabricantes de veículos, como a Scania (que já oferece ônibus a biometano e GNV ao mercado latino americano) e a própria Volare, da Marcopolo, com seu modelo recentemente lançado e que foi exposto no evento.

Relembre com vídeo – 

Não precisa abrir para ônibus elétricos importados: Na esteireira ainda da redução de emissões de poluentes pelos ônibus, o diretor de Operações Comerciais da Marcopolo para o Mercado Interno, Ricardo Portolan, disse ainda ao repórter e editor do Diário do Transporte, Adamo Bazani, que acredita que não há necessidade de abertura do mercado nacional para ônibus elétricos importados, inclusive (e principalmente), os produzidos na China. De acordo com Portolan, a Marcopolo e suas concorrentes nacionais, têm condições de atender à demanda interna e até exportar. A eletrificação, segundo ele, por questões relacionadas à infraestrutura e financiamento, não avança em ritmo acelerado no Brasil e, a indústria instalada no Brasil, tem capacidade produtiva de sobra para atender à demanda, além de maior expertise na realidade operacional brasileira, que é diferente de outros países, como da Ásia e Europa, onde as vias são bem melhores que as ruas e avenidas das cidades do Brasil e os ônibus não precisam ser tão fortes e robustos, em especial, as carrocerias.

Grandes vendas, grandes grupos que são parceiros e espaço para vender mais: O diretor de Operações Comerciais da Marcopolo para o Mercado Interno, Ricardo Portolan, também foi questionado na entrevista pelo repórter e editor do Diário do Transporte, Adamo Bazani, sobre o mercado geral de ônibus, considerando modelos a diesel urbanos e rodoviários. O executivo se mostrou otimista com o desempenho dos diferentes segmentos de ônibus. Segundo Portolan, considerando todas as marcas, em 2024, cerca de 22 mil unidades foram emplacadas no mercado brasileiro, o melhor resultado dos últimos dez anos. Neste cenário, destaca-se também a recuperação diante de quedas expressivas de vendas em decorrência da pandemia de covid-19. Portolan disse que há margens e oportunidades para um mercado de 25 mil unidades. O segmento rodoviário, com um incremento do turismo interno de pequena e média distância, diante da alta do dólar e dos preços das passagens de avião ainda muito altos, continua sendo destaque. Também os urbanos, com planos de renovações de cidades e políticas de financiamento de mobilidade, devem ser oportunidades. O diretor da Marcopolo disse ainda ao repórter e editor do Diário do Transporte, Adamo Bazani, que neste contexto de otimismo, vendas em grandes lotes para grupos empresariais de porte maior, ainda serão frequentes e há negociações em curso. O executivo confirmou, diante da pergunta de Adamo Bazani, a importância de negócios expressivos fechados, como de mais de 100 unidades para o poderoso Grupo JCA, de ônibus rodoviários  (podendo chegar até cerca de 150 veículos), de grandes quantidades com perspectivas de novos anúncios para o Grupo Guanabara (também de rodoviários) e dos 101 ônibus urbanos modelo Torino comprados em lote único pela Suzantur, para três cidades do ABC Paulista, como noticiou o Diário do Transporte: Santo André, Diadema e Mauá – Relembre: 

Negócios de portes semelhantes, com tradicionais clientes da Marcopolo, mas também novos, tendem a ser noticiados em breve pelo Diário do Transporte se o ritmo do mercado se mantiver como o atual.

Portolan ainda enfatizou que, apesar de as negociações em grandes lotes terem um peso relevante, são importantes as vendas em lotes menores, para grupos empresariais de tamanho reduzido ou mesmo operadores individuais, que ganham cada vez mais relevância no mercado de ônibus e contam com atendimento também dedicado da marca.

O que preocupa e é entrave para um crescimento ainda maior: Como pontos de preocupação, que impedem com que o avanço do mercado geral de ônibus cresça mais rapidamente no Brasil, Portolan destacou a ampliação do transporte individual nas cidades (considerando as mototáxis, que pelos valores baixos das corridas e rapidez no trânsito são cada vez mais ameaças) e os juros altos (que encarecem empréstimos e financiamentos para ônibus novos).

Ferroviário tem boas perspectivas para a Marcopolo, sendo o Brasil exportador: Portolan ainda disse ao Diário do Transporte que a divisão de composições ferroviárias da marca (Marcopolo Rail) está com boas perspectivas, em especial, para VLTs (Veículos Leves sobre Trilhos) e aeromóveis. Ao repórter Adamo Bazani, o diretor disse que, além de demandas do mercado interno, a Marcopolo vai atender a partir das plantas brasileiras cada vez mais aos pedidos de outros países, como o Chile, com o Brasil se tornado exportador de tecnologia metroferroviária, em especial de trens leves.

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes





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