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Marcopolo marca maior presença na capital paulista e espera valorização de ações na Bolsa de Valores


Marcopolo elétrico para a capital paulista

Em 20 de junho de 2023, entrevistando o diretor de operações comerciais da Marcopolo, Ricardo Portolan, o Diário do Transporte já revelava que o mercado paulistano era alvo da marca, que tem se beneficiado de eletrificação no sistema gerido pela SPTrans

ADAMO BAZANI

A encarroçadora de ônibus gaúcha Marcopolo comemora a eletrificação da frota da capital paulista e começa já a colher os frutos.

Em um mercado dominado quase que de forma exclusiva pela principal concorrente, a paulista Caio, a fabricante sediada em Caxias do Sul (RS) tem visto no modelo Attivi elétrico, seja integral da marca ou sobre chassis Mercedes-Benz eO500 U (padron de piso baixo), a reinserção mais forte no sistema gerenciado pela SPTrans (São Paulo Transporte).

Em 20 de junho de 2023, entrevistando o diretor de operações comerciais da Marcopolo, Ricardo Portolan, o Diário do Transporte já revelava que o mercado paulistano era alvo da marca gaúcha.

Relembre:

Na segunda-feira, 13 de janeiro de 2025, o Diário do Transporte noticiou que a Sambaíba Transportes Urbanos, a segunda maior empresa de ônibus da cidade de São Paulo, que atua na zona Norte, recebeu a primeira unidade de um total de 97 Attivi sobre chassi Mercedes-Benz.

Relembre:

A Sambaíba, que há vários anos já teve “multimarcas” de carrocerias na frota, como os Viale, da Marcopolo, de motor dianteiro, e os Busscar articulados (que depois foram usados pela Suzantur, de Santo André-SP), não vai se limitar às 97 unidades. A compra total é de cerca de 300 elétricos, como já tinha noticiado, em 14 de novembro de 2023, o Diário do Transporte.

Relembre:

Ainda nesta semana, circularam em redes sociais imagens de uma grande quantidade de ônibus Attivi, na Marcopolo, que serão direcionadas para linhas da área 8 da SPTrans, na capital paulista, onde operam empresas como Alfa RodoBus e Viação Gato Preto.

Com o prefixo 8 2004, um Attivi “puro” da Marcopolo operou em testes na Gato Preto, unidade que também rodou em outras áreas cidade de São Paulo em empresas como UpBus (área 3 – zona Leste).

O Diário do Transporte mostrou que no fim de 2023, o Attivi integral da Marcopolo recebeu a aprovação da SPTrans para operar comercialmente na capital paulista.

Relembre:

Pelo rigor das exigências da SPTrans, a notícia acaba sendo uma referência nacional e não somente para São Paulo. Isso porque, o chamado “padrão SPTrans” acaba servindo de base ou mesmo sendo adotado integralmente por diversas gerenciadoras de todo o País.

O crescimento de participação da Marcopolo no mercado paulistano é outra notícia nacional e que não se limita a apenas a capital paulista.

Isso porque, a cidade de São Paulo reúne a maior frota de ônibus municipais do País e uma das maiores do mundo. Em dezembro de 2024, o dado mais recente da SPTrans, mostra que a capital paulista tem 13.277 ônibus municipais cadastrados no sistema de linhas.

Com isso, a Marcopolo espera também uma maior valorização de suas ações, que estão num bom momento.

Como mostrou o Diário do Transporte na última semana, as ações da Marcopolo voltaram, depois de 10 anos, a integrar o Ibovespa, o principal índice da B3, a Bolsa de Valores de São Paulo, uma das principais da América Latina.

Relembre:

O movimento de eletrificação da cidade de São Paulo tem feito diversas empresas se atentarem às apostas que estão fazendo e pensar em novas estratégicas.

A empresa de tecnologia de tração elétrica e integração, Eletra Industrial, do Grupo ABC, de São Bernardo do Campo, fez uma espécie de aliança com a Caio, a principal encarroçadora da frota no mercado da cidade de São Paulo.

Foi uma aposta importante para a fixação da marca na capital paulista e em todo País.

Os ônibus elétricos da aliança fabril Caio/Eletra/WEG com chassis Mercedes-Benz (dois eixos ou articulados) e Scania (três eixos) são faturados em nome da Caio. Por isso que nos balanços da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores) e Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) a Induscar (razão social da Caio) está aparecendo.

Mas a Eletra, mesmo mantendo sua aliança com a Caio, em busca de maior flexibilidade e liberdade no mercado também quer ter seus chassis de marca própria, como mostrou o Diário do Transporte em agosto de 2024. O lançamento oficial era previsto para o ano passado, mas a apresentação oficial atrasou e ainda vai acontecer.

Relembre:

Outras marcas tentam espaço também no mercado paulistano, seja de olho em uma fatia dele (que por menor que possa ser acaba sendo maior que a totalidade de várias cidades, a maior parte tem plano de eletrificação tem) ou de olho numa projeção nacional que só São Paulo oferece.

A BYD deve estar mais presente ainda nos ônibus elétricos da capital paulista. A marca chinesa, com planta em Campinas, no interior de São Paulo, foi a que “inaugurou” a atual fase de eletrificação da frota, iniciada em 2019 na Transwolff, da zona Sul.

Outras marcas com planta no Brasil, como Volkswagen, Scania e Volvo, com seus chassis próprios elétricos estão também de olho em São Paulo, assim como as chinesas Higer e Ankai, que devem apostar, principalmente, em modelos menores, como micros e mídis (micrões), hoje a grande carência do mercado nacional de coletivos elétricos.

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes





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