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NEXT Mobilidade esclarece que E-Trol está garantido no BRT-ABC, mas por causa da rede de distribuição, terá também elétricos puros com baterias


Imagens vazadas em redes sociais sugeriam que modelo que mescla tecnologias seria descartado, mas concessionária desmentiu. Empresa informou novas quantidades

ADAMO BAZANI

Colaborou Yuri Sena

O BRT-ABC, sistema de corredores de ônibus mais rápidos e com maior capacidade que os corredores comuns expressos, vai manter o E-Trol como frota predominante, mas não serão apenas veículos deste tipo que vão operar no sistema previsto para ser inaugurado no primeiro semestre de 2026, ligando em cerca de 18 km as cidades de São Bernardo do Campo, Santo André e São Caetano do Sul até a capital pelos terminais Tamanduateí e Sacomã, na zona Sudeste de São Paulo.

Além do E-Trol, um tipo de ônibus que reúne as tecnologias trólebus (conectados à fiação) e baterias (podendo rodar por trechos maiores sem estar ligado à fiação, o BRT-ABC também vai ter coletivos de 21,5 metros de comprimento somente a baterias, os chamados elétricos plug-in.

A confirmação foi dada oficialmente pela gestão do BRT-ABC ao Diário do Transporte nesta segunda-feira, 08 de dezembro de 2025, de forma exclusiva.

Ambos os modelos são elétricos e não poluem, mas há diferenças de características.

O E-Trol tem os pantógrafos (que conectam à fiação) e as baterias, com um sistema chamado IMC (In Motion Charging) ou Carregamento em Movimento, que permite que os veículos carreguem baterias enquanto estiverem conectados à rede aérea.

Já os elétricos puros possuem o sistema “plug-in” que carrega as baterias plugados, parados em garagens e terminais, por meio de carregadores.

Imagens vazadas em redes sociais sugeriam que modelo que mescla tecnologias seria descartado, mas a concessionária desmentiu.

Ainda de acordo com nota do BRT-ABC, serão 20 unidades com baterias somente por causa da rede de distribuição.

Assim, em vez de 92 E-Trol, a frota será de 72 E-Trol e 20 somente com baterias.

A mudança não altera o cronograma de obras e da entrega e para o passageiro continuam os veículos não poluentes e com baixos níveis de ruído.

Como mostrou o Diário do Transporte ainda nesta segunda-feira (08), para o sistema de São Francisco, nos Estados Unidos, um estudo independente concluiu: que manter os trólebus e modernizar as redes, inclusive com modelos que circulam conectados à rede aérea, mas que têm baterias que deixam a circulação autônoma em alguns trechos, pode ser mais interessante do ponto de vista ambiental e econômico. De acordo com o levantamento, se a infraestrutura elétrica já existente for aproveitada, ou seja, a rede de trólebus, colocando os veículos E-Trol ou IMC, seria possível mais que dobrar a frota de ônibus não poluentes. Para isso, no caso de São Francisco, essa frota cresceria mais de 100%, porém com apenas 33% a mais de rede aérea implantada. Na cidade norte-americana, por exemplo, a rede de ônibus não poluentes somaria 338 km.

Relembre:

Ainda em nota ao Diário do Transporte, o BRT-ABC informou que, para o Corredor ABD, a rede de trólebus também continua e que o sistema possui ampla aprovação pelos passageiros.

Veja na íntegra:

A tecnologia E-Trol, conhecida mundialmente como IMC (In Motion Charging) ou Carregamento em Movimento, permite que os veículos carreguem suas baterias enquanto estiverem conectados à rede aérea. Neste contexto, o BRT-ABC informa que a tecnologia E-Trol será mantida para o corredor que ligará a região do ABC Paulista à capital, com terminais em Tamanduateí e Sacomã.

Devido às características de infraestrutura de fornecimento de energia elétrica, é essencial que parte da frota opere com um sistema elétrico puro (sem fio), garantindo a eficiência do serviço em caso de instabilidades na rede.

Sobre as imagens divulgadas recentemente nas redes sociais, que mostram ônibus com a padronização visual do sistema, esclarecemos que haverá apenas 20 veículos elétricos puros, enquanto o restante da frota utilizará a tecnologia E-Trol.

O trólebus já é um modal consagrado no Corredor ABD, tendo passageiros transportados com segurança, agilidade e conforto desde 1997, conquistando por vários anos a maior nota no IQC – Índice de Satisfação do Cliente, em pesquisa divulgada pela antiga gerenciadora EMTU. Na última pesquisa alcançou a nota de 84%, ficando novamente com a nota mais alta do sistema.

As vantagens econômicas e ambientais proporcionadas pela solução E-Trol, já comprovadas em sistemas na América do Norte e na Europa, serão incorporadas à operação do BRT-ABC, que promete revolucionar o transporte na região, oferecendo conforto, rapidez e qualidade de vida à população, em transporte limpo e sustentável, com a adoção de tecnologias inovadoras que visam reduzir o impacto ambiental

BRT-ABC EM NÚMEROS (segundo a concessionária)

  • Capacidade de até 600 mil passageiros/dia, com demanda inicial de 173 mil passageiros/dia.
  • Operação com 92 ônibus totalmente elétricos fabricados no Brasil, com tecnologia nacional, inclusive baterias, por meio de parceria entre empresas como Eletra, Mercedes-Benz, WEG, Caio e outras; (72 E-Trol e 20 com baterias)
  • Veículos de piso baixo, não poluentes, silenciosos e confortáveis, com wi-fi e ar-condicionado;
  • Trajeto em via segregada, com 16 paradas fechadas e mais três terminais;
  • Bilhetagem realizada nas paradas, antes do embarque nos veículos, facilitando o acesso; embarque em nível e ampla acessibilidade;
  • Custo total estimado em R$ 950 milhões, inteiramente a cargo da empresa privada operadora (Next Mobilidade); – atualizado para R$ 1,2 bilhão;
  • Trajeto de 18 km, atendendo diretamente três municípios do Grande ABC (São Bernardo, Santo André e São Caetano), mais Diadema e Mauá (via Corredor ABD).
  • Interligação com três terminais: São Bernardo (Paço Municipal), Tamanduateí (Linha 2-Verde do Metrô e Linha 10 Turquesa da CPTM) e Sacomã (Linha 2-Verde do metrô e Expresso Tiradentes).
  • Três opções de linhas: Paradora, Semiexpressa (oito estações) e Expressa (só os terminais São Bernardo, Tamanduateí e Sacomã); a linha Expressa fará o trajeto em menos de 35 minutos.

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes



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