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Nova concessão do transporte coletivo é pauta na Câmara de Curitiba nesta segunda (11)


Projeto em debate prevê 245 ônibus elétricos nos primeiros cinco anos e renovação total da frota; período de adaptação entre contratos pode chegar a dois anos

ALEXANDRE PELEGI

A Câmara Municipal de Curitiba (CMC) realiza nesta segunda-feira, 11 de agosto de 2025, uma sessão dedicada à apresentação do presidente da Urbs, Ogeny Pedro Maia Neto, sobre o andamento da modelagem da nova concessão do sistema de transporte coletivo, elaborada com apoio do BNDES. O projeto foi enviado pelo Executivo no fim de junho e já passou por análises na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e nas comissões conjuntas de Urbanismo e Meio Ambiente, restando ainda a avaliação da Comissão de Serviço Público antes de ir a plenário.

O prefeito Eduardo Pimentel classifica o processo como “o principal desafio” e “o assunto mais importante” da gestão. Ele garante que a transição será “suave”, sem interrupção no serviço e com o valor da tarifa mantido no período de mudança.

A proposta prevê mudanças na Lei do Transporte Coletivo, incluindo regras sobre subsídio, tarifa técnica e eletromobilidade, e estabelece até 24 meses para a transição entre contratos — embora prazos menores, de três a seis meses, também sejam cogitados, dependendo da complexidade.

O que muda no sistema

Segundo o plano apresentado pela prefeitura:

245 ônibus elétricos com ar-condicionado serão incorporados nos primeiros cinco anos;

Renovação total da frota movida a diesel em até dez anos, com veículos menos poluentes;

Instalação de eletropostos públicos;

Licitação dividida em cinco lotes, via leilão na B3 (Bolsa de Valores de São Paulo), com promessa de “transparência total”;

Cronograma prevê consultas públicas em setembro, audiências em outubro e lançamento do edital em novembro, com escolha dos vencedores até o início de 2026.

Impactos esperados para os usuários

Se concretizado conforme o cronograma, o novo contrato deve trazer ganhos graduais para o passageiro:

Mais conforto e acessibilidade – A introdução de veículos elétricos com ar-condicionado promete viagens mais silenciosas, menos poluentes e mais agradáveis, especialmente no verão.

Sustentabilidade e saúde – A redução de poluentes melhora a qualidade do ar e contribui para as metas climáticas, alinhando Curitiba a padrões internacionais de mobilidade verde.

Estabilidade tarifária – A promessa de manter o valor da passagem durante a transição evita sobressaltos no bolso do usuário, ao menos no curto prazo.

Risco de instabilidade na transição – O prazo de até dois anos para a mudança entre contratos pode gerar um período de ajustes operacionais, com possíveis falhas pontuais no atendimento, especialmente na integração de novos operadores.

Participação social ampliada – Consultas e audiências públicas abrem espaço para que o usuário influencie o modelo, fortalecendo a transparência e a cobrança por resultados.

Próximos passos

A proposta ainda será debatida e votada em plenário, e a prefeitura pretende concluir o processo licitatório até o início de 2026. A expectativa é de que a modernização plena do sistema ocorra ao longo da próxima década, transformando o transporte coletivo de Curitiba para os próximos 30 anos.

Saiba mais sobre o assunto:

Curitiba (PR) destaca transporte coletivo e eletrificação da frota como estratégia contra mudanças climáticas

Alexandre Pelegi, jornalista especializado em transportes





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