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Nunes assina decreto para viabilizar ônibus a biometano em São Paulo


Prefeito admitiu que medida se dá como alternativa ao não avanço das metas de frota elétrica

ADAMO BAZANI / VINÍCIUS DE OLIVEIRA

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, assinou nesta terça-feira, 02 de setembro de 2025, um decreto que autoriza a tomada de preços para a aquisição de biometano com vista a frota de ônibus da capital.

Com isso, todo produtor deste tipo de combustível pode tentar se habilitar para fornecer o combustível para o transporte coletivo.

Em evento sobre o tema, o prefeito admitiu que medida se dá como alternativa ao não avanço das metas de frota elétrica na capital paulista, onde a compra de ônibus a diesel 0 km está proibida desde 17 de outubro de 2022 e as metas de eletrificação não foram cumpridas, principalmente por falta de infraestrutura para recarregamento nas garagens.

No novo plano de metas da gestão do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, a compra de ônibus a diesel continua proibida, mas o biometano é considerado como opção.


“Uma alegria poder participar aqui do 12º Fórum da Biogás, que traz temas importantíssimos sobre a questão da sustentabilidade, do uso de gás, de um produto não poluente em substituição ao diesel.

A cidade de São Paulo está avançando bastante, a gente tem conseguido trazer bons resultados, até por conta disso, fomos aqui com muita honra premiados pelas nossas ações concretas. Nós já temos 125 caminhões de lixo que circulam a base de biometano produzido no nosso aterro.

Nós temos 608 caminhões que até 2027 serão substituídos também para biometano, além das nossas ações dos ônibus, que também poderão ser substituídos de diesel para biometano ou elétrico. Então, essas ações concretas têm feito com que a cidade seja uma cidade na vanguarda com relação à questão da sustentabilidade.

E eu assinei o decreto agora, que é com relação à questão da aquisição do biometano. A gente vai registrar os preços para poder fazer um alinhamento com relação à questão dessa aquisição, porque é importante que a gente avance bastante na questão de substituir os ônibus e caminhões a diesel por ônibus e caminhões a biometano ou elétricos, mas que a gente também tenha a sua sustentabilidade financeira. Lembrando que no caso do ônibus a diesel a gente gasta 25 mil reais por mês. No caso do ônibus elétrico, 5 mil reais.

A gente vai ter uma economia de 20 mil reais por mês, 240 mil por ano. E o biometano, como está se formando o preço, hoje a gente usa o biometano do nosso próprio aterro. Então, a gente vai ter que adquirir biometano do mercado para poder fornecer para a nossa frota de ônibus e caminhões. Então, esse decreto é importante, dá um start fundamental nessas ações também de substituição dos ônibus e caminhões a diesel para biometano como uma alternativa ao elétrico.

A gente teve um atraso na questão da eletrificação, que para a gente também não interessa se vai ser elétrico ou vai ser biometano. O importante é que não seja diesel, que seja movido a algo não poluente. Lembrando que o biometano tem 95% a menos a emissão de dióxido de carbono. Então, é uma energia limpa como a questão também da bateria. Então, independente se for bateria ou biometano, o importante para a cidade, para a população de São Paulo é que a gente tenha um veículo não poluente.

E a gente acabou tendo alguns atrasos por conta da Enel, que a gente tem tido problemas gravíssimos e hoje ainda persiste com relação à falta de energia nas garagens para elas poderem abastecer os seus ônibus. Temos alternativas, mas agora vem a questão do biometano que a gente já tem produzido nos nossos aterros e vai ter também essa questão da produção de biometano principalmente a partir das usinas de álcool provenientes do bagaço de cana. Então, a gente traz uma energia limpa para a cidade. Então, o nosso compromisso é bastante sério. A gente vai ter uma grande substituição com mais essa alternativa do biometano porque a indústria já está produzindo ônibus a biometano. Então, a gente já vai fazendo a aceleração dessa questão de descarbonização, de melhora da nossa qualidade do ar, de compromisso da cidade com o nosso plano municipal do clima.”

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

Vinícius de Oliveira, para o Diário do Transporte



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