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Nunes diz que não tem pressa para mudança de presidente da SPTrans em meio a retirada da Transwolff e UPBus. Levi Oliveira possui quase 40 anos nos transportes


Prefeito Ricardo Nunes afirmou que vai haver sim substituição e que Levi participou de reunião na qual foi “batido o martelo” para tirar as duas empresas. Novo nome pode ser de outras áreas de atuação, não necessariamente mobilidade

ADAMO BAZANI

Colaborou Yuri Sena

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, voltou a falar nesta quinta-feira, 30 de janeiro de 2025, da mudança do presidente da SPTrans (São Paulo Transporte), gerenciadora do sistema de ônibus da cidade.

Nunes confirmou que haverá mesmo um novo chefe da gestora pública que trabalha com um dos maiores orçamentos da cidade, mas que corre o risco de ser extinta, com as funções sendo repassadas para a SP Regula, a agência de regulação de contratos da prefeitura.

Ocupa a presidência da SPTrans, o funcionário de carreira Levi Oliveira, que assumiu o cargo pela primeira vez em janeiro de 2020, na gestão de Bruno Covas, foi secretário de transportes em 2021, voltou ao comando da empresa em 2022 e tem quase 40 anos no setor na cidade (veja abaixo o histórico).

Entretanto, a mudança de nome pode ser postergada em meio à toda turbulência da retirada do sistema de transportes da cidade.

Nunes falou que Levi participou da reunião na qual decidiu retirar definitivamente a Transwolff e a UPBus, empresas de ônibus cujas diretorias são investigadas pelo Ministério Público por suposta ligação com a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). O prefeito disse que tem opões de nomes, mas que está sem pressa para definir o substituto de Levi frente à presidência da SPTrans.

OUÇA:


A gente deve ter uma alteração. Eu estou com os currículos lá, não tenho tanta pressa. O atual presidente, Levi, tem quase 40 anos de SPTrans. A gente está nesse processo de fazer a caducidade, a troca de empresas do sistema. Ele participou ontem da reunião que eu tive para bater o martelo e tomar a decisão com relação a tirar essas duas empresas do sistema. A gente vai trocar o presidente, mas não tem um prazo. Eu vou analisar os currículos. Nada contra o Levi, não. Ele realmente está cansado. Não é que eu estou mandando embora porque ele fez um mau serviço.

O tom é diferente em relação à declaração de Nunes do último dia 23 de janeiro de 2025, durante entrega de 100 ônibus elétricos 0 km, no Anhembi, zona Norte, quando disse que pretenderia definir o nome presidente nesta semana. Entretanto, como anunciado, o prefeito decidiu nesta semana retirar a Transwolff e a UPBus.

Relembre:

O Diário do Transporte apurou que, entre as opções de nomes, há profissionais de setores que não necessariamente são mobilidade urbana, inclusive, mais ligados a áreas como gestão, administração e segurança pública.

O objetivo seria fazer um rearranjo técnico na condução do sistema de ônibus da cidade de São Paulo, o maior da América Latina, com 13 mil coletivos, sete milhões de usuários por dia e um custo operacional de R$ 12,5 bilhões por ano. Mas o novo nome deve também trazer um recado político ao sistema de transportes na cidade que, apesar de não ter uma ruptura total neste aspecto, também está reunindo novos elementos.

O próprio descredenciamento da Transwolff pode, além de respeitar os critérios técnicos, jurídicos e operacionais alegados pela prefeitura de São Paulo, é visto como uma sinalização deste direcionamento e que, talvez, anteriormente o ato não seria imaginado no setor, muito embora, não sendo também um rompimento total com forças que já atuavam na mobilidade da capital.

Por Adamo Bazani, jornalista especializado, editor do Diário do Transporte

2018:

A gestão do então prefeito João Doria realizou mudanças na estrutura da SPTrans (São Paulo Transporte), que gerencia os serviços de ônibus, o Atende (para pessoas com deficiência) e táxis na cidade. Em 22 de março de 2028, Doria anunciou que José Carlos Martinelli deixava a presidência da SPTrans e ia para a Assessoria Especial e Coordenação das Concessões e PPPs (Parcerias Público Privadas) da Secretaria de Mobilidade e Transportes “em sintonia com a Secretaria de Desestatização e Parcerias.”

No lugar de Martinelli assumiu a presidência da SPTrans, Paulo Cézar Shingai, funcionário de carreira da área de transportes da cidade de São Paulo desde 1984, quando ingressou na CMTC (Companhia Municipal de Transportes Coletivos), antiga empresa pública operadora e gestora dos ônibus da capital paulista.

Relembre:

2020:

Em 20 de janeiro de 2020, o então prefeito Bruno Covas, nomeou Levi dos Santos Oliveira como presidente da SPTrans (São Paulo Transporte), gerenciadora dos ônibus, faixas de ônibus e táxis na capital paulista. Até então, Levi estava no cargo diretor de Planejamento de Transporte e passou, na ocasião, a substituir Paulo Cézar Shingai.

Levi Oliveira é formado em Ciências da Computação e pós-graduado em Planejamento e Mobilidade Urbana. Ingressou na CMTC-SPTrans por seleção pública em 1991, onde fez carreira na área de planejamento e programação operacional do sistema de transporte público, segundo nota da prefeitura.

Relembre:

2020/2021:

Levi Oliveira atuou na São Paulo Transporte SPTrans como gerente de planejamento, diretor de planejamento e foi presidente da empresa até dezembro de 2020, quando foi nomeado Secretário Municipal de Mobilidade e Transportes da cidade de São Paulo. Em agosto de 2021, assumiu a recém criada Secretaria Executiva de Transporte e Mobilidade Urbana – SETRAM, sendo nomeado pelo então prefeito Bruno Covas, como mostrou o Diário do Transporte na ocasião.

Relembre:

2022:

Levi dos Santos Oliveira assumiu a mais recente gestão da presidência da SPTrans (São Paulo Transporte) em fevereiro de 2022.

Até então, ocupava o cargo de Secretário Executivo de Transporte e Mobilidade Urbana – SETRAM, que integra Secretaria Municipal de Mobilidade e Trânsito.

Na ocasião, como mostrou o Diário do Transporte em 16 de fevereiro de 2022, foi substituído pelo então procurador do município, Gilmar Pereira Miranda.

Relembre:

2024:

Em 18 de novembro de 2024, Gilmar Pereira Miranda foi nomeado Secretário de Mobilidade e Trânsito da capital paulista, passando a estar sobre a SPTrans e a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego).

Relembre:

Em 23 de dezembro de 2024, o prefeito Ricardo Nunes oficializou a permanência de Gilmar Miranda frente a Secretaria de Mobilidade e Trânsito para a gestão iniciada em janeiro de 2025, como mostrou o Diário do Transporte.

Relembre:

2024/2025:

Em 26 de dezembro de 2024, mesmo dia que anunciou o aumento da tarifa de ônibus de R$ 4,40 para R$ 5, em 06 de janeiro de 2025, o prefeito Ricardo Nunes apresentou o economista Celso Jorge Caldeira como novo secretário de transportes a partir de 1º de janeiro de 2025.

Assim, Gilmar Pereira Miranda ficou como secretário de Mobilidade e Trânsito, acima de CET; e Celso Jorge Caldeira como secretário de Mobilidade e Transportes, acima da SPTrans.

Relembre:

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes





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