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Nunes quer conversar com prefeitos do ABC, Osasco, Guarulhos e Mogi das Cruzes sobre mototáxi. POR QUE OS IMPACTOS NOS ÔNIBUS E TRENS AUMENTAM AS TARIFAS?


Ônibus metropolitanos. Esvaziamento do transporte coletivo pode levar à precarização dos serviços e aumento das tarifas.

Para prefeito da capital paulista, fluxo metropolitano de passageiros preocupa. Pode haver impactos também em demanda de passageiros dos ônibus intermunicipais e até nos trens da CPTM e ViaMobilidade

ADAMO BAZANI

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O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, quer conversar com os prefeitos das cidades vizinhas ou próximas, como das regiões do ABC Paulista, de Osasco, de Guarulhos e de Mogi das Cruzes a respeito dos serviços de mototáxi, que permanecem proibidos na capital.

As datas ainda serão definidas.

Há também proibições em muitos destes municípios, porém, neles, a fiscalização é mais precária e é fácil solicitar uma chamada, aparecendo livremente as opções nos aplicativos de grandes empresas, como 99 e Uber.

Segundo Nunes, os técnicos da prefeitura de São Paulo se mostraram simpáticos com um projeto de lei em debate na Câmara Municipal da capital paulista que prevê a liberação com regulamentação das mototáxis somente após os índices de mortes no trânsito na cidade caírem para menos de 4,5 por 100 mil habitantes, que é o recomendado pela OMS (Organização Mundial da Saúde).  Atualmente, na cidade de São Paulo, este índice é alto: 7,2 mortes a cada 100 mil habitantes.

Para Ricardo Nunes, não faz sentido que o debate seja só na capital, visto que há um grande fluxo metropolitano, de pessoas indo e vindo do ABC, Osasco, Guarulhos, Mogi das Cruzes e cidades vizinhas.

A Câmara Municipal de São Paulo está discutindo esse tema, tem um grupo que está trabalhando. Existe um projeto que tem a simpatia do governo, do vereador Marcelo Messias, que estabelece que poderia se autorizar essa atividade na cidade de São Paulo quando os índices de mortes no trânsito chegam a 4,5 por 100 mil habitantes, que são as recomendações internacionais pela ONU. Hoje, a cidade de São Paulo tem 7,2 mortes por 100 mil habitantes. Então, quando a gente chegar em 4,5, vai ter uma situação mais segura — talvez seja possível fazer essa autorização.

Mas esse debate nós vamos fazer com a Câmara Municipal, nós vamos fazer com os técnicos. Eu quero fazer mais um seminário sobre esse tema. Quero escutar os prefeitos também da região metropolitana — aqui da nossa região Oeste, do ABC, enfim, os municípios que fazem divisa — porque existe uma correlação de interligação dessa atividade com os demais municípios que fazem divisa com a gente ou que estão próximos.

Entre as preocupações, além da segurança viária, estão os impactos na demanda dos transportes metropolitanos, com a fuga de passageiros dos ônibus intermunicipais e até mesmo nos trens da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e da ViaMobilidade.

Problema que não é das empresas operadoras, mas de toda a sociedade. Isso poque, o valor das passagens é como se fosse um bolo: quanto mais gente para dividir, menor é a fatia.

Se começa a ter perda de passageiros, as tarifas ficam mais altas porque o custo unitário por usuário transportado aumenta.

Além disso, haverá a diminuição de frota, com mais lotação por veículo, seja ônibus ou trem, e mais tempo as pessoas ficarão esperando nos pontos, estações e terminais.

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

 





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