Publicado em: 10 de outubro de 2025
Levantamento do IBGE mostra que 27% da população ocupada do município utiliza o sistema coletivo para ir ao trabalho, acima da média nacional
ARTHUR FERRARI
Dados do Censo Demográfico 2022, divulgados nesta quinta-feira (9) pelo IBGE, revelam que 27% dos trabalhadores de Curitiba (PR) utilizam ônibus para se deslocar até o trabalho — índice que supera a média nacional de 21%. O levantamento considera pessoas com mais de 10 anos que trabalham fora de casa e fazem parte da população ocupada, que soma 716.001 indivíduos na capital paranaense. Deste total, 190.014 utilizam o transporte coletivo diariamente.
O automóvel continua sendo o principal meio de deslocamento, com 49% de participação, seguido pelos ônibus, enquanto os deslocamentos a pé representam 10,9%, motocicletas somam 4,9% e bicicletas aparecem com 2,74%.
O presidente da Urbanização de Curitiba (Urbs), Ogeny Pedro Maia Neto, destacou que o resultado reflete a eficiência do sistema de transporte da cidade. “Curitiba tem um sistema de transporte coletivo considerado referência no Brasil e no mundo, conhecido pela eficiência e pelas canaletas exclusivas, que dão velocidade ao deslocamento. Isso ajuda a explicar essa preferência. Mas o desafio é ampliar ainda mais essa participação nos próximos anos, já que é um transporte mais sustentável que o automóvel e que vai se tornar ainda mais com a eletrificação da frota, prevista na nova concessão do transporte”, afirmou o gestor.
O Sistema Integrado de Mobilidade (SIM) de Curitiba opera atualmente com 309 linhas, 22 terminais, 329 estações-tubo e 1.189 ônibus, movimentando cerca de 555 mil passageiros por dia útil e 6,4 milhões de viagens por mês.
O levantamento também mostra que 94,4% dos trabalhadores curitibanos exercem suas atividades dentro do próprio município, e que 33% levam de 15 minutos a uma hora no trajeto diário até o trabalho. Outros 27,2% gastam de 30 minutos a uma hora, enquanto 21% percorrem o caminho em até 15 minutos. Apenas 10% levam entre 1h e 2h para chegar ao destino.
Arthur Ferrari, para o Diário do Transporte