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Ônibus interestaduais perdem 2,5 milhões de passageiros em 2024, aponta ANTT


Dado significa redução de 6% na demanda e 2% no faturamento

ADAMO BAZANI

Ainda com as novas regras sobre as linhas rodoviárias regulares interestaduais engatinhando, o chamado novo marco regulatório da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), os ônibus que operam este tipo de ligação perderam 2,5 milhões de passageiros de 2023 para 2024.

Em 2024, as linhas interestaduais transportaram 40,7 milhões de passageiros. Em 2023, foram 43,2 milhões.

É o que aponta o mais recente anuário estatístico da gerenciadora federal de transportes, concluído neste mês de junho de 2025, ao qual o Diário do Transporte teve acesso.

O número significa queda de 6% de um ano para o outro.

Segundo o documento oficial,  isso representou uma redução de 2% no faturamento das empresas interestaduais,  passando de R$ 6,7 bilhões em 2023 para R$ 6,6 bilhões em 2024.

A queda inferior,  em termos percentuais, do faturamento (2%) diante do declínio da demanda, mostra que os preços das passagens tiveram elevação significativa, além de ganhos de eficiência.

Mas, em geral, o principal fator dessa diferença entre a queda de demanda e a de faturamento,  é que realmente viajar de ônibus interestaduais têm ficado mais salgado.

É o que sentem os passageiros nas rodoviárias.

Ainda está bem mais barato que os elevadíssimos preços das passagens aéreas, diferentemente do “fenômeno GOL” do início dos anos 2000, quando voar ficou mais barato que ir pelas estradas. Assim, o abismo tarifário entre ônibus rodoviários e avião, com a baixa concorrência entre os dois modais atualmente,  já está menor.

Só por curiosidade,  para quem não acompanha o setor,  a GOL foi fundada pelo empresário Constantino de Oliveira,  do Grupo Comporte, o maior frotista de ônibus rodoviários do Brasil,  com empresas gigantes como Viação Piracicabana,  Nossa Senhora da Penha,  Expresso União,  Expresso de Prata, entre outras.

Brecha para o transporte pirata e os ônibus de aplicativo,  estes últimos que deixaram de ser também “tão mais baratos”.

No caso do transporte rodoviário regular,  o anuário oficial ao qual o Diário do Transporte teve acesso reflete o que a reportagem tem ouvido nos terminais: está mais salgado embarcar em ônibus interestaduais. Com exceção das viagens até 200 km de distância,  que são minoria entre este tipo de serviço,  a tarifa média subiu em todas as faixas de extensão de percurso.

Pode ser uma das causas para essa perda de passageiros

Veja os detalhes do documento oficial obtido pelo Diário do Transporte:

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

 





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