Publicado em: 15 de dezembro de 2025

Em novembro de 2024, outros leilões foram realizados. Empresa foi uma das maiores do Sul do País
ADAMO BAZANI
Colaborou Arthur Ferrari
Irão a leilão em janeiro de 2026, lotes de ônibus usados, entre os quais, os famosos “Busscar Panorâmico DD” com chassis Scania, que marcaram a história dos transportes com a categoria “Suíte”, além de móveis e bens de informática, correspondentes ao processo de falência da Pluma Conforto e Turismo S/A, que foi uma das maiores empresas de ônibus do Sul do País.
Em novembro de 2024, já havia sido realizado o leilão com boa parte da frota, além de imóveis com maiores valores, como noticiou o Diário do Transporte.
Relembre:
Esta nova rodada de leilões se refere a bens que não haviam sido arrematados ou que tiveram embargos e restrições.
São cinco ônibus, dos quais quatro de dois andares (Busscar Panorâmico DD/Scania) e um com piso único Busscar Jum Buss/Scania
Os valores iniciais dos veículos, alguns em bom estado e outros na fase de sucateamento, variam entre R$ 41,6 mil e R$ 166,3 mil.
Serão duas praças (datas). Uma em 23 de janeiro de 2026 e outra no dia 30.
Na segunda data, serão possíveis lances com 50% de desconto nos valores oficiais.
Com os bens móveis, as datas e as condições são as mesmas.
As ofertas podem ser online pelo site do leiloeiro oficial do processo SuperBid Exange.
VEJA OS EDITAIS DO LEILÃO:
O Diário do Transporte noticiou que a 26ª Vara de Falências e Recuperação Judicial do Foro Central da Região Metropolitana de Curitiba decretou em 20 de agosto de 2024, novamente a falência da Pluma Conforto e Turismo S/A
Assim, as operações são consideradas encerradas, bem como cobranças de dívidas e apreensões estão suspensas.
O motivo foi o não cumprimento da recuperação judicial.
Foi a segunda decretação de falência.
Como mostrou o Diário do Transporte, em 2019 foi declarada a falência, revertida em abril daquele ano
Relembre:
O nome Pluma surgiu em 10 de fevereiro de 1966, substituindo a marca Boscatur, mas a empresa paranaense tem origem em 1º de julho de 1954, com a Transportadora Galiotto.
Em seu portal, quando estava no ar, a empresa detalhava a história e o Diário do Transporte resgatou para registro.
Veja na íntegra:
Fundada em 1º de julho de 1954, a Transportadora Galiotto contava com uma frota inicial de 9 caminhões marca GMC Marítimos e Aclo-matador. No auge da empresa chegou a ter 52 caminhões. Apesar de todas as dificuldades surgidas com o início do regime militar no Brasil (1964), a Transportadora Galiotto não parava e, no ano seguinte, já enfrentava com criatividade os desafios do caminho, com um fato muito curioso que aconteceu na sua rota: ruiu a ponte de Passo do Socorro, no Rio Pelotas, isolando, praticamente, o Rio Grande do Sul do resto do país. Para não interromper as suas atividades, a empresa idealizou uma solução inteligente para contornar o problema e passar as suas cargas para o outro lado do rio. Instalou sobre o rio uma mangueira de borracha, com 600m de comprimento, utilizada para bombear o vinho transportado por seus caminhões da margem gaúcha para a catarinense, e assim seguir para o mercado paulista e carioca; no sentido contrário, bombeava o álcool trazido pelos caminhões tanques de São Paulo para o Sul. A operação levava cerca de três horas e meia para cada caminhão. Esta iniciativa foi manchete no Jornal Pioneiro, que circulava naquela região, com o título de “O primeiro Vinhoduto do mundo” (1965).
Em novembro/65, a Transportadora Galiotto, em sociedade com a Transportadora Aurora, também de Caxias do Sul, adquiriu a Empresa Bocatur, de Curitiba-PR, resultante da fusão das empresas Expresso do Sul e Estrela D’Alva. Poucos meses depois, em 10 de fevereiro de 1966, a Boscatur mudou seu nome para Pluma Conforto e Turismo S.A. Inicialmente a empresa estava situada à Rua Carlos Dietzch 541, no Bairro do Portão, e logo depois transferiu sua sede para a Rodovia BR 116, km 108 – Pinheirinho, onde se encontra até hoje.
Os primeiros vôos da Pluma
A Pluma começou suas atividades com 170 funcionários, e possuía 34 ônibus em sua frota, que operavam em três linhas: Curitiba / Porto Alegre, Curitiba / São Paulo, e Curitiba / Passo Fundo / Santa Maria (RS).
Com a incorporação da empresa Expresso Porto Alegre Brasília Ltda em 1971, a Pluma deu início à interligação do Brasil à Argentina, surgindo dessa fusão sua primeira linha internacional: Porto Alegre/Buenos Aires. Dois anos depois, conseguiu o prolongamento dessa linha para o Rio de Janeiro e São Paulo. Mas a ampliação de suas rotas não parou por aí. Em 1974, começou a operar mais três linhas: Foz do Iguaçu/São Paulo; São Paulo/Assunção e Foz do Iguaçú/Assunção.
Essas linhas, no decorrer do tempo, também foram sendo ampliadas. Outra conquista importante da Pluma ocorreu em 1978, com o início da linha Rio de Janeiro/Santiago do Chile, uma das maiores linhas rodoviárias da América Latina, com 4.116 km.
Incêndio de 1986
Apesar de sua constante expansão e crescimento, a Pluma também passou por momentos muito difíceis, até chegar no ponto em que se encontra atualmente. O mais grave foi em 1986, quando um incêndio destruiu toda a sua sede administrativa e parte do setor de manutenção. Como uma fênix ressurgida das cinzas, depois do incêndio a empresa iniciou uma verdadeira batalha para a construção da nova sede, que foi inaugurada em fevereiro de 1990. A “Águia da Pluma” voltou a bater suas asas com toda a sua força e autonomia de vôo e, subindo cada vez mais alto, nunca mais parou de ampliar os horizontes de seu território no setor de transporte rodoviário de passageiros e de cargas e encomendas.
A Empresa
- Fundada em 10 de fevereiro de 1966
- Matriz em Curitiba – PR
- Colaboradores: 1300
- Área construída: 200 mil m2
- 25 filiais distribuídas por todo o Brasil
- 3 filiais internacionais: Argentina, Paraguai e Chile
Missão
Ser uma empresa prestadora de serviços, orientada para o cliente, buscando a excelência no atendimento de suas necessidades, operando em rotas interestaduais nacionais e rotas internacionais.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes


