Publicado em: 24 de julho de 2025
Um dos casos ocorreu na Avenida Cupecê, na Zona Sul, com um veículo da empresa MobiBrasil
ADAMO BAZANI / VINÍCIUS DE OLIVEIRA
A quinta-feira, 24 de julho de 2025, volta a registrar ataques a ônibus na capital paulista.
Já ao menos uma ação foi reportada ao Diário do Transporte por operadores do transporte coletivo municipal.
Trata-se de um ônibus articulado da empresa MobiBrasil, que nas proximidades do Parque Jardim Nabuco, altura do número 365 da Avenida Cupecê, teve o parabrisa dianteiro danificado.
A ação criminosa ocorreu por volta das 13h30. O veículo de prefixo 6 3113, linha 5178 – Jardim Miriam/Praça João Mendes.
Com esse ataque, se aproxima de 550 o total de veículos do transporte coletivo na capital paulista, vandalizados desde 12 de junho, e considerando os outros sistemas do estado de São Paulo, como os intermunicipais da Artesp, de cidades vizinhas e do litoral, o número já passa de 1.000.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes
Vinícius de Oliveira, para o Diário do Transporte
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ADAMO BAZANI
Colaborou Yuri Sena
PMS NOS ÔNIBUS:
A Polícia Civil não sabe ainda apontar as motivações da maior parte das ações criminosas, mas acredita que com as mais recentes prisões, em especial do funcionário público Edson Aparecido Campolongo, de 68 anos, que confessou ao menos 18 ataques entre a capital e o ABC, possa estar mais próxima de encontrar uma motivação e eventuais mandantes.
Nesta terça-feira, 22 de julho de 2025, o diretor do Deic (Departamento de Investigações Criminais), Ronaldo Sayeg, disse que já está descartada a possibilidade de a causa serem desafios de jogos online entre jovens. Rixas no sindicato dos trabalhadores também estão quase que descartadas, ganhando força a possibilidade de insatisfação de empresas de ônibus que perderam contratos.
Nesta quarta-feira (23), o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, disse que avança o processo de retirada do sistema da Transwolff e UPBUS, suspeitas de ligação com o PCC e que em 60 dias , ambas “desaparecerão” do sistema.
No mesmo dia em que a prefeitura publicou portaria com a transição de contratos, em 12 de junho, começaram os ataques.
A Polícia investiga possível relação entre os fatos.
Enquanto isso, Nunes anunciou que a prefeitura deve pagar a PM (Polícia Militar), na operação delegada, a presença de 200 agentes de folga nos ônibus nas linhas de mais ataques
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