Para onde vai Giannis Antetokounmpo? O que ele pensa sobre a torcida da NBA? Quais as aspirações após vencer o título da NBA e o MVP?
Durante passagem pelo Brasil, o astro do Milwaukee Bucks conversou com a ESPN sobre passado, presente e futuro e ainda contou sobre o início da amizade com Vinicius Jr.
A entrevista aconteceu antes da dispensa de Damian Lillard e a contratação de Myles Turner, movimentações que agitaram o início da agência livre da NBA. Quando perguntado sobre o que planeja para o futuro dentro da liga, Giannis foi categórico: quer o troféu Larry O’Brien.
“Quero estar em uma situação em que eu possa vencer. Quero conquistar um título. Nada mais do que isso. Não quero ser All-Sart, não quero ser All-NBA. Eu quero conquistar um título. É simples assim. Então sempre vou me colocar em posição de poder realizar isso.”
O futuro do astro ainda está em aberto, mas as movimentações do Bucks, até então, foram feitas para qualificar o elenco e convencer o grego a permanecer em Milwaukee por mais uma temporada. A diretoria acredita que a franquia tem chances de ir longe, uma vez que os principais times da Conferência Leste estão com problemas, e uma nova equipe pode ocupar o topo em 2025/26.
“Meu próximo objetivo é um título. Se eu for MVP, ótimo. Se não, tudo bem. Mas quero conquistar um título. Vou fazer tudo que der para conquistar um título,” reforçou o grego.
Nos dias em que esteve no Brasil, Giannis inaugurou uma quadra pública no Rio de Janeiro. Para ele, é uma memória de seu início no basquete.
“Eu joguei em quadra pública, foi assim que comecei. Era lá que eu jogava e falava que era o Allen Iverson brincando com meus irmãos, tentava fazer crossovers. É basicamente toda minha infância, é o que me lembro. Ter uma quadra assim e dar acesso às crianças aqui no Brasil para realizarem seus sonhos, e não só isso, mas para elas serem ativas, jogar, criar bons relacionamentos, é muito divertido e uma honra.”
Antetokonmpo também comentou sobre o início da amizade com Vini Jr.: “Claro (que sou amigo dele)! Não só amigo, mas um grande fã. Eu conheci o Vini há uns três ou quatro anos, ele foi em um jogo meu e ficamos próximos. Acho que há um ano ele foi em um jogo em Brooklyn. Um cara muito legal, um grande talento.”
Giannis tem ascendência nigeriana, mas nasceu na Grécia e frequentemente defende a seleção nos principais torneios, como Copa do Mundo e Eurobasket. Para ele, a torcida no mundo FIBA é mais vibrante que a da NBA.
“Todo mundo tem paixão, acho que todos os fãs têm paixão. Mas é totalmente diferente. Claro que os dois tipos de fãs são apaixonados. Você fãs da NBA apaixonados pelo time, apaixonados por vitórias, e tem muita paixão em jogos da FIBA, do basquete europeu. Eu diria que é mais intenso. Você vê na Liga Grega, por exemplo, com Panathinaikos e Olympiacos, como é intenso. Aquilo significa muito pra eles, vencer é muito importante para eles. Então as coisas ficam muito intensas. O que não é muito igual à NBA.”
Ainda sugeriu que os fãs nos EUA fosse mais parecidos com os do restante do mundo.
“Eu já disse antes, eu queria que esse aspecto…não só isso, porque tem mais coisas, como a intensidade dos fãs, como eles são apaixonados, talvez mais do que na NBA. Mas eu amo a NBA do jeito que ela é.”
Com médias de 30,4 pontos, 11,9 rebotes e 6,5 assistências, Giannis foi um dos principais candidatos ao prêmio de MVP da última temporada, vencido por Shai Gilgeous-Alexander, do Oklahoma City Thunder. Ainda assim, considera que precisa melhorar em muitas coisas dentro de quadra.
“Neste ano acho que fui o 4° ou 5° na NBA em arremessos de média distância. Acho que tinha feito isso só uma vez na minha carreira. Faz meu jogo ser mais fácil, mais fluido. Consigo ser mais eficiente, meu aproveitamento de quadra foi de 60%, devo ser um dos pontuadores mais eficientes da liga, talvez da história da liga, veremos quando acabar. Tento fazer meu jogo ser cada vez mais fluido, mais eficiente. Tento evoluir meu arremesso para poder arremessar cada vez mais longe. É um processo, mas devagar. Eu não tento apressar.”
Por fim, Antetokounmpo falou sobre o que pretende deixar para o basquete quando entrar em quadra pela última vez: “Acho que vão ver um cara que sempre evoluiu. Vão ver um cara que se tornou um dos melhores que já jogou e fez as coisas do jeito certo, foi autêntico, foi respeitoso com todo mundo. Um cara que nunca causou problemas, que trabalhou duro todos os dias. Acho que é isso.”