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Plantio de milho avança nos EUA e derruba preço na bolsa de Chicago


O milho liderou a queda dos grãos na bolsa de Chicago em meio ao rápido avanço da semeadura nos Estados Unidos. Nesta terça-feira (29/4), os contratos para julho cederam 2,69%, cotados a US$ 4,7025 o bushel.

O plantio de milho nos EUA da safra 2025/26 está em ritmo acelerado. Até o último domingo, os preços americanos plantaram 24% da área esperada para este ciclo, avanço se comparado com os 22% registrados na média dos últimos cinco anos, segundo dados do Departamento de Agricultura americano (USDA).

“Além desse avanço considerável no plantio, o que chama a atenção são as previsões para os próximos dez dias, que indicam chuvas para grande parte do Cinturão de Grãos nos EUA. Isso deve acelerar ainda mais a situação do plantio com esse quadro de reposição hídrica do solo”, observa Ismael Menezes, sócio da MD Commodities.

Trigo

Com a melhora nas condições das lavouras de trigo nos EUA, as cotações desse cereal recuaram na bolsa de Chicago. Os papéis para julho recuaram 1,04%, a US$ 5,2550 o bushel.

Segundo dados do Departamento de Agricultura americano, do total de área plantada com trigo de inverno no país, 49% estão em boas e excelentes condições. Na semana passada, o índice era de 45%. No principal Estado produtor, o Kansas, as condições favoráveis são 47%, versus 41% divulgados na semana passada pelo órgão.

As regiões produtoras dos EUA vêm sendo beneficiadas por chuvas, e alimentam a expectativa com a colheita, que deve se iniciar dentro de um mês.

Soja

Ainda na bolsa de Chicago, os contratos da soja com vencimento em julho registraram queda de 0,92%, cotados a US$ 10,5275 o bushel.

A pressão aos preços também veio dos dados de plantio nos Estados Unidos. Os produtores locais semearam 18% da área prevista para o ciclo 2025/26. Houve avanço semanal de dez pontos percentuais nos trabalhos em campo, que ainda estão à frente dos 17% registrados nessa mesma época do ano passado e superam os 12% da média dos últimos cinco anos.

Ainda que a guerra comercial permaneça no foco dos investidores, para Ismael Menezes, da MD Commodities, as recentes declarações da China de que vai dar prioridade a soja brasileira em detrimento da americana não trazem nenhum reflexo para os preços na bolsa neste momento.

“A China sempre vai comprar soja do Brasil no primeiro semestre do ano, independentemente de qualquer posicionamento chinês. O grão brasileiro é mais barato que o americano, e o trader que vai nos EUA buscar o produto para a China não está sabendo fazer as contas. A China deve seguir com essa forte demanda da soja brasileira até julho, e por isso não vejo relação com a queda do preço hoje, que está sendo muito mais pressionado pelo bom andamento da safra americana”.



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