Publicado em: 29 de julho de 2025
Apesar da redução de casos por dia, ações criminosas contra o transporte coletivo continuam e ainda não foram esclarecidas
ADAMO BAZANI
Colaborou Vinícius de Oliveira
A Polícia Militar realiza nesta terça-feira, 29 de julho de 2025, uma operação nos municípios da Grande São Paulo para tentar evitar novos ataques contra ônibus do transporte coletivo.
São em torno de 1200 policiais distribuídos entre capital e cidades vizinhas, em especial nas regiões onde mais ocorreram os ataques.
Além de capturar eventuais suspeitos e realizar prisões e apreensões em flagrantes, segundo a Corporação, entre os objetivos estão realizar o policiamento preventivo e, ao mesmo tempo, ampliar a sensação de segurança, tanto de passageiros como de motoristas, cobradores e outros profissionais do transporte coletivo.
Novas ações criminosas contra o transporte coletivo voltaram a acontecer nesta terça-feira (29) na zona Sul da capital.
Na noite de segunda-feira (28), em um dos casos, na Avenida Interlagos, ainda na zona Sul, dois adolescentes foram apreendidos depois de depredarem um ônibus. Policiais Militares apreenderam com eles, algumas pedras e suspeitam que poderiam ser usadas em outras depredações.
Relembre:
Apesar da redução de casos por dia, as ações criminosas contra o transporte coletivo continuam e ainda não foram esclarecidas.
Enquanto isso, passageiros, trabalhadores e viações tentam se virar como podem.
As empresas de ônibus do ABC iniciaram uma campanha com vídeos nas redes sociais e que devem ser veiculados em ônibus e terminas que possuem telões.
Nesta terça-feira (29), foi divulgado mais um vídeo pelo qual incentiva a denúncia por parte da população.
Já são quase 700 ônibus atacados somente na capital desde 12 de junho de 2025.
A data é a mesma em que o secretário de transportes da cidade, Celso Caldeira, assinou uma portaria que criou um Grupo de Trabalho que transfere o contrato da empresa Transwolff, investigada por suposta ligação com a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) para outra companhia, a Sancetur, da família de Nabil Abi Chedid, do interior de São Paulo.
Relembre
PCC, Onda de Ataques a Ônibus, Transwolff e Sancetur: depredações em massa começam no mesmo dia em que prefeitura assina despacho que viabiliza transferência de contratos – VEJA DOCUMENTO
A Polícia Civil investiga se há relações entre os fatos e já descartou outras hipóteses como jogos de desafios on line e disputas dentro do sindicato dos motoristas.
Entretanto, ocorrem diversos casos em cidades vizinhas da capital e no Litoral que, ao menos num primeiro momento, não teriam nada a ver com essa mudança de contratos.
Em todo o Estado, já são mais de mil ônibus atacados. Apesar de a quantidade diária estar caindo, falta de esclarecimento ainda gera sensação de insegurança. Uma das regiões com maior incidência de vandalismo é o ABC Paulista.
Nesta segunda-feira, o sindicato das empresas de ônibus do ABC lançou uma campanha em que fala da gravidade do problema e incentiva a denúncia. Um vídeo será veiculado nas mídias sociais da entidade e em ônibus e terminais no ABC onde existem telões.
Ádamo Bazani, jornalista especializado em transportes
