Fabinho Soldado, agora ex-executivo de futebol do Corinthians, concedeu entrevista neste sábado (27), no evento beneficente Craques da Paz, em São Caetano do Sul (SP), e abriu o jogo sobre a saída da equipe paulista. Ele deixou o clube oficialmente na última terça-feira (23).
“Emocionante a despedida. Quando você tem uma despedida como essa, pode ser até um ‘até logo’, quem sabe… É sempre muito difícil, por tudo o que vivenciei nesses quase dois anos. É um dever cumprido, com uma satisfação enorme de ter contribuído naquilo que foi possível. Existe um caminho enorme para as pessoas continuarem o trabalho, para que o Corinthians continue evoluindo”, disse.
“Satisfação enorme por ter trabalhado nesse clube, de conhecer a Fiel torcida. Todo mundo fala da sua importância, mas quem vive vê que é um torcedor diferente. E a gente deixa um legado. Deixa processos estabelecidos. Uma equipe formada, competitiva, vencedora. E, como eu disse, tem que fazer ajustes, sim. A gente erra e acerta, a gente parte dos processos”, seguiu.
“Desejo todo sucesso, vou estar torcendo para aquilo que foi plantado não morra. Que continue germinando, que o presidente Osmar continue tendo ajuda para que ele possa ter forças para continuar manejando e conduzindo esse gigante do futebol brasileiro. Essa é a minha torcida. Daqui para frente vou analisar o que tenho para a minha carreira”, completou.
O profissional valorizou a passagem pelo Alvinegro e deixou as portas abertas para um possível retorno.
“Não considero que saí do Corinthians. Quando você deixa um legado como esse, você nunca sai. Já tinha tido uma conversa e o presidente Osmar, depois que conheceu o trabalho, viu que existia processos e fundamentos. Em um primeiro momento, ele não entendia a minha decisão, mas foi bem analisada, pensada, tenho certeza que se o Corinthians continuar melhorando os processos que existem, que o novo profissional que chegue, consiga fazer o que não consegui para que esse elenco continue evoluindo”, afirmou.
“O profissional que chega no Corinthians hoje vai encontrar melhor do que eu encontrei. Sobre ao que estava sendo conversado, deixei um documento para o presidente, de cada status de cada conversa, em relação aos emprestados, aos jogadores em fim de contrato, para que o próximo profissional, continuar aquilo que foi pensando. Fica a gratidão e o carinho e não é mais meu momento de comentar sobre o Corinthians, só agradecer e carinho. Espero um dia poder voltar e termos uma relação boa de profissionalismo. A imprensa de São Paulo é muito profissional, fiquei impressionado”, acrescentou, também elogiando Osmar Stabile.
“É uma pessoa (Osmar) que entende de processos, é empresário. Precisa de ajuda. É um momento de deixar de lado as vaidades e pensar somente no Corinthians. As dificuldades vão existir, mas o Corinthians vai continuar evoluindo e vou torcer sempre por esse clube”.
Fabinho, de acordo com apuração da ESPN, está acertado com o Internacional, também para o cargo de executivo de futebol. Ele não confirmou o acerto, mas mostrou carinho pelo Colorado.
“É um momento que a gente precisa ser verdadeiro. A gente tem consulta de outras clubes, respeito muito. Respeitei o tempo que eu estava no Corinthians. Nada certo com ninguém, nunca tinha acertado nada. A minha decisão foi comunicada até há algum tempo, para que não tivesse interferência. O Inter é um clube que procura, tem uma aproximação muito grande, por eu ter jogado lá, pelo Abel Braga”, iniciou.
“Mas é claro que não é só por isso, a procura existe pela competência, pelo profissional que eu sou, não só no Inter, mas o fato de eu ter sido um atleta, não me credencia na função. O que credencia foi tudo o que vivenciei e aprendi. Vou analisar com muito carinho o que surgir. Existe um carinho pelo Inter e uma admiração enorme pelo Abel. Acho que o futebol brasileiro, mesmo quem não torce por clubes que o Abel passou, mas é uma pessoa que contribuiu muito para o nosso futebol e sei que tem o carinho de todo o Brasil”, seguiu.
“O meu carinho é enorme, campeão da Libertadores e do mundo, se for possível, pensando aqui, faz 20 anos. Quem sabe, pode ser uma data emblemática e um momento histórico”, finalizou, relembrando a passagem como atleta pelo Internacional.


