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Polícia Civil, Bombeiros e fabricante investigam se atrito entre poste semafórico e bateria provocou incêndio em ônibus elétrico que tombou no centro de São Paulo. Veículo foi seguro, indica análise preliminar


Chamas teriam começado onde estrutura de sinalização ficou encravada entre quatro conjuntos de baterias e não se alastraram para todo o veículo por causa de isolamento

ADAMO BAZANI

Colaborou Arthur Ferrari

Logo após tombar nas imediações da praça João Mendes, no centro da capital paulista, na tarde desta quinta-feira, 12 de dezembro de 2024, um ônibus 100% elétrico da frota nova da cidade de São Paulo pegou fogo. A fumaça podia ser vista de longe e as chamas foram filmadas por moradores, pedestres e quem trabalha na região.

A perícia começou já entre a noite e madrugada para determinar as causas do tombamento e também porque o veículo pegou fogo.

O veículo foi retirado 1h34 do local desta sexta-feira, 13 de dezembro de 2024, e às 6h32, as equipes das fabricantes Eletra (sistema de integração) e WEG (baterias e motor) tiraram as barerias do coletivo.

Fotos destes trabalhos, obtidas pelo Diário do Transporte, indicam uma das linhas de investigação considerada pela Polícia Científica, Bombeiros e fabricante: se o atrito entre um poste semafórico e as baterias teria provocado o incêndio.

Pelas imagens é possível perceber a estrutura do poste de sinalização praticamente encravada entre quatro conjunto de baterias. Uma destas baterias ficou retorcida e outras três bastante danificadas. Foi onde, pelas imagens do momento do incêndio registradas por moradores e pedestres da região, se concentraram as labaredas, na parte traseira do veículo. Pela foto realizada já durante a perícia à noite, é possível perceber ainda a marca preta das chamas. O isolamento das baterias teria impedido que as chamas se alastrassem por todo o ônibus. Uma das imagens, do início da noite, mostram ainda uma das baterias caídas no chão. Assim, preliminarmente, a análise no local indica que o ônibus elétrico foi seguro e que seus sistemas, como o “cofre das células de baterias” e de desligamentos cumpriram o papel para evitar danos maiores e propagação de chamas ou mesmo jatos de fogo.

O veículo, da empresa Ambiental Transportes Urbanos, fazia a linha 3139-10 Jd. Vl. Formosa / Pça. João Mendes. Houve três vítimas sem gravidade, uma passageira grávida socorrida pelo SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e o motorista e o cobrador receberam atendimentos dos Bombeiros no local. O condutor alega que teve um mal súbito e perdeu o controle do ônibus em uma curva.

Em nota, ao Diário do Transporte, a SPTrans (São Paulo Transporte), que gerencia os ônibus da cidade, informou que foram adotados os procedimentos previstos para casos de incêndio envolvendo veículos elétricos e que acionou a empresa (Ambiental Transportes) e a fabricante (Sistema Elétrico da Eletra Industrial; baterias WEG; carroceria Caio e chassi Scania)

A SPTrans apura a ocorrência na Praça Dr. João Mendes por meio de seu Programa de Redução de Acidentes de Transporte (PRAT). O ônibus da concessionária Ambiental operava pela linha 3139/10 Jd. Vl. Formosa – Praça João Mendes e apresentou princípio de incêndio após seu tombamento. De acordo com o protocolo estabelecido para emergências com incêndio em veículos elétricos, o Corpo de Bombeiros, a Concessionária e o fabricante foram acionados para adoção das medidas de segurança necessárias. Um Boletim de Ocorrência foi registrado.

Ao Diário do Transporte, a empresa Ambiental Transportes, responsável pelo veículo, diz que apura o ocorrido e colabora com as autoridades para os esclarecimentos.

O ônibus fazia a linha 3139-10 Jd. Vl. Formosa / Pça. João Mendes e estava chegando ao final da viagem, não estando, portanto, lotado.

 

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes





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