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Polícia descarta “jogos de desafios pela internet” como motivação da onda de ataques a ônibus, minimiza possibilidade de disputa sindical e reforça hipótese de empresas


Suspeito tem 68 anos e teria premeditados os crimes, de acordo com a Polícia Civil. Imagem cedida: Deic

Prisão de funcionário da CDHU, que atacou diversos ônibus da NEXT Mobilidade e BR7 em São Bernardo do Campo, e coletivo da Alfa Rodobus onde criança de 10 anos foi ferida na capital paulista, é a principal até agora e considerada fundamental para esclarecimento

ADAMO BAZANI

Colaborou Vinícius de Oliveira

OUÇA O BOLETIM COMPLETO:


A Polícia Civil de São Paulo descartou os jogos de desafio pela internet como motivação da onda de ataques contra ônibus que já atingiu mais de mil coletivos, entre capital paulista, Grande São Paulo e litoral, sendo quase 550 somente no sistema municipal de São Paulo..

A declaração é do diretor do Deic (Departamento de Investigações Criminais), Ronaldo Sayeg, em entrevista coletiva nesta terça-feira, 22 de julho de 2025, a respeito da considerada até o momento principal prisão no âmbito destas investigações: o funcionário público do Estado de São Paulo, Edson Campolongo, de 68 anos, que confessou ter participado de ao menos 17 ataques.

Ainda de acordo com o diretor do Deic, a hipótese de disputas sindicais também perdeu a força, mesmo porque houve já o dissídio coletivo da categoria e, mesmo assim, os ataques continuaram. Resta assim, como principal motivação, questões contratuais envolvendo empresas de ônibus

“Quando as investigações se iniciaram, nós tínhamos três linhas registradas a serem seguidas. A primeira eram os desafios online, mas decorrido esse tempo de quase dois meses, do dia 12 de junho até agora, nada foi identificado nos monitoramentos da plataforma Discord ou outras do gênero que indicasse apostas online. Seguimos na questão de uma disputa sindical que realmente estava havendo. Um dos sindicatos envolvidos no transporte está, inclusive, sendo decidido por meio de decisões judiciais, então isso talvez tenha gerado algum descontentamento e daí impulsionado os ataques e algumas questões de índole financeira envolvendo algumas empresas de ônibus. Mas veja, nós seríamos irresponsáveis de afirmar alguma coisa em qualquer um desses sentidos. Apostas online nós podemos descartar. Não iria ter tanto fôlego para chegar até aqui. As outras ainda estamos investigando. Vocês vão me desculpar, mas eu não vou poder falar, porque atrapalharia e muito. Mas as disputas sindicais talvez estejam afastadas porque o sindicato dos cobradores conseguiu um dissídio coletivo para sua categoria. Então meio que apaziguou a situação pelo menos no âmbito do sindicato versus empresa. Então isso aí acabou nos dando um novo norte para essa questão sindical. E as demais realmente a gente tem que apurar. Não dá para falar nada agora. Não dá para falar de suposição, de ilação. Nós temos que ter lastro probatório”, disse Ronaldo Sayeg.

O funcionário público, Edson Aparecido Campolongo, motorista do chefe de gabinete da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano), foi responsável, segundo a Polícia Civil, no dia 15 de julho de 2025, de uma das ações contra um ônibus municipal da capital paulista, da empresa Alfa Rodobus, onde um menino de 10 anos de idade ficou ferido, na Avenida Jorge João Saad, no Morumbi.

No dia 17 de julho de 2025, uma série de ataques em São Bernardo do Campo contra ônibus da NEXT Mobilidade (intermunicipal) e BR7 (municipal de São Bernardo) chamou a atenção da Polícia: as características dos danos aos coletivos, que ficaram perfilados para perícia no Terminal Ferrazópolis no dia seguinte, eram muito semelhantes entre eles. No mesmo dia, foi atingido um micro-ônibus escolar da empresa Diastur, do mesmo grupo da NEXT e BR7.

Os danos também tinham as mesmas características dos ataques contra ônibus em Osasco e Taboão da Serra e do coletivo da Alfa Rodobus, onde estava a criança que foi ferida.

Para o delegado da seccional de São Bernardo do Campo, Domingos Paulo Neto, este é um dos diferenciais da atuação do funcionário público em relação aos outros presos até agora.

Edson apontou o irmão também como participante de algumas ações.

Somente em São Bernardo do Campo, desde o início da onda, foram 57 ônibus atacados, sendo 56 atingidos nas vidraças e um que teve um coquetel molotov jogado no interior, mas o artefato não funcionou.

“Eu acredito que vai até desestimular, como eu disse, ele praticou vários, era a intenção dele. Pode ser que ele pagou alguém para fazer isso também? Pode ser. Mas ele participou, ele estava com os objetos utilizados, ele confessa. Agora, os outros que nós chegamos, as outras pessoas, só lá em São Bernardo, mais dois foram autuados em flagrante, por crime de dano e atentado ao transporte. Só que foram indivíduos que, ‘olha, eu peguei uma pedra e joguei no ônibus’, mas por quê? ‘Porque eu quis’, ‘ele não me abriu a porta e tal’. Esse não, esse é diferente. Ele participou de vários, ele admite ter participado, ele sabe demais. Agora, vamos aguardar. É como disse o doutor Rico, nós demos um passo, o primeiro passo, mas um passo bastante importante para o esclarecimento total”, disse Domingos Paulo Neto.

Edson usava sempre um carro modelo Virtus Branco da CDHU nos ataques. O funcionário público mora em Taboão da Serra, onde guarda o carro, mas todo o dia levava o chefe até em casa, na cidade de São Bernardo do Campo.

O carro foi identificado pela polícia em todos os locais dos ataques confessados.

Aos policiais, Edson disse que decidiu atacar os ônibus como revolta sobre a situação do Brasil e que queria mudar o País. A Polícia não acreditou e tem a convicção de ação coordenada, com mando de mais gente e premeditada.

As bolinhas metálicas usadas nas ações confessadas por Edson, por exemplo, foram compradas no ano passado e alguns ataques ocorreram antes desta onda, já no mês de abril.

ATUALIZAÇÃO DO NÚMERO DA SPTRANS:

No início da noite desta terça-feira, 22 de julho de 2025, a SPTrans (São Paulo Transporte), gerenciadora dos ônibus municipais da capital paulista, atualizou o balanço de coletivos atacados somente no sistema da cidade: 537 desde 12 de junho de 2025, quando começou a atual onda de depredações, sendo que oito somente na terça-feira (22), conforme nota da gestora.

A Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana e Transporte (SMT) e a SPTrans reiteram o repúdio aos atos de vandalismo registrados no sistema de transporte e seguem fornecendo todas as informações necessárias para auxiliar nas investigações. Desde o dia 12 de junho, as empresas operadoras relataram que 537 veículos do sistema municipal de transporte foram depredados, sendo 8 nesta terça-feira (22). Os atos aconteceram de forma distribuída por todas as regiões da cidade.

A SPTrans reforça a orientação para que as concessionárias comuniquem imediatamente todos os casos à Central de Operações e formalizem as ocorrências junto às autoridades policiais. Cabe ressaltar que a empresa é obrigada a encaminhar o veículo para manutenção, substituindo-o por outro da reserva técnica, que realizará a próxima viagem programada, garantindo a continuidade do serviço prestado aos passageiros. Caso isso não ocorra, a empresa é penalizada pela viagem não realizada.

MATÉRIA ANTERIOR:

Entre as ações criminosas, um garoto de 10 anos ficou ferida na Avenida Jorge João Saad

ADAMO BAZANI/YURI SENA

O DEIC (Departamento de Investigações Criminais) em São Bernardo do Campo, diz que prendeu, nesta terça-feira, 22 de julho de 2025, um homem que teria confessado o ataque a pelo menos 16 ônibus nas últimas semanas entre a capital paulista e a região do ABC. 

A maior parte das ações criminosas foi em São Bernardo do Campo, contra coletivos das empresas BR7 Mobilidade e Next Mobilidade.

Na Zona Sul, ele teria participado, ainda de acordo com as primeiras informações do DEIC, em um ataque ocorrido na semana passada na Avenida João Jorge de Saad, na zona sul da capital paulista.

Na ocasião, um menino de 11 anos foi atingido por uma pedra. O garoto estava no ônibus da companhia Alfa Rodobus, conforme noticiou o Diário do Transporte

Segundo a Polícia Civil, com o homem foram apreendidos estilingues e pedras que teriam sido utilizados nos crimes.

Entre esta segunda-feira (21) e madrugada de terça-feira (22), foram seis coletivos, elevando para 530 o total apenas de ônibus municipais na capital desde 12 de junho de 2025, quando começou a onda de ataques.

Em todo o Estado de São Paulo, são mais de mil, considerando os 530 só da capital, mais de 300 Artesp (intermunicipais metropolitanos) e 221 das cidades vizinhas da capital (municipais tipo São Bernardo do Campo e Osasco, por exemplo) e Litoral.

A Polícia ainda procura respostas sobre eventuais motivações e mandantes. As viações relatam falta de alguns tipos de vidros e dizem que há risco de os serviços serem prejudicados.

Em nota, a SSP (Secretaria de Segurança Pública) diz que suspeito era também recrutador de mais criminosos nos ataques e considera a prisão mão importante até agora:

A Delegacia Especializada de Investigações Criminais (DEIC) de São Bernardo do Campo identificou o responsável por uma série de ataques a ônibus no município e em outras cidades, incluindo a capital. O autor confessou ter danificado 16 veículos no último dia 17 de julho, além de ter participado de uma ação semelhante na Avenida Jorge João Saad, na cidade de São Paulo. Durante diligências em sua residência e local de trabalho, foram apreendidos um estilingue e pequenas esferas de metal, utilizados nos ataques. As investigações apontam que os crimes foram planejados com antecedência, e que o homem é suspeito de recrutar outras pessoas para promover ataques. A Polícia segue com as investigações para identificar os demais envolvidos.

Quando se fala que o transporte coletivo deve ser encarado com mais zelo pelas autoridades, o debate vai além de corredores de ônibus e subsídios. É sobre o cidadão, sobre o ser humano, sem demagogia

ADAMO BAZANI

É necessário priorizar o transporte público coletivo.

A frase parece ter virado já um mantra que é utilizado por pessoas que realmente desejam isso, mas também por oportunistas de plantão que querem sempre ficar bem nos holofotes.

Quando é empregada, logo o que vem na cabeça é a necessidade crônica das cidades em priorizar, no espaço urbano, investimentos em infraestrutura que deixem os deslocamentos em meios coletivos mais eficientes, rápidos, ambientalmente corretos e atraentes. Assim, como também mostra a urgência da criação de formas de financiamento que não só custeiem os serviços de ônibus, trens e metrôs, mas que os tornem viáveis para modernizações e justos do ponto de vista financeiro, inclusive deixando mais baratos para o usuário final, mas, ao mesmo tempo, permitindo um retorno maior a quem investe.

A onda de ataques a ônibus no Estado de São Paulo, que registra desde 12 de junho de 2025, mais de mil coletivos vandalizados, expõe que priorizar o transporte público coletivo vai além de infraestrutura e formas de financiamento.

É colocar o cidadão, o ser humano, realmente no centro das atenções e das decisões das autoridades.

Quem vê superficialmente e de forma até mesquinha, pode pensar que se trata apenas de um assunto de Polícia. Claro que a questão da segurança pública é fundamental porque se trata de uma “externalidade” que afeta o serviço.

Mas vai além e percebi isso na cobertura prática que quero dividir rapidamente com vocês.

As mais recentes semanas tenho dedicado não somente horas de trabalho, mas a vida para informar bem, com isenção, rapidez e precisão tudo o que ocorre, dando a máxima atenção a cada caso, vídeos, imagens que chegam.

Tudo para, acima de tudo contribuir para que a questão se resolva, trazendo dados a apurações que acabem, de certa maneira, ajudando a sociedade e as autoridades. Há dias não sei o que é dormir mais de duas ou três horas por noite. Às vezes, o cansaço e até a incompreensão desanimam.

Mas penso que naquele ônibus atingido está um ser humano, uma pessoa que pode ser meu pai, minha mãe, eu mesmo. Isso sem hipocrisia ou demagogia. Chama-se humanidade.

Modestamente, fomos nós, do Diário do Transporte, que pautamos a mídia em geral, colegas de imprensa batalhadores como nós, em busca das informações.

O resultado foram citações, créditos em imagens e até entrevistas. Não que não nos importemos com isso, pelo contrário. Para um site “segmentado e de porte financeiro e estrutural” pequeno, esta exposição é importante sob diversos aspectos. Mas, é sobre ver que um trabalho e até um amor pelo setor de transportes dão frutos. É o jornalismo em sua essência, o que quer ser útil para a vida das pessoas.

Novamente, sem pedantismo e sem hipocrisia: não vi o assunto como uma “mera cobertura”, mas como uma missão.

O Diário do Transporte foi veículo de comunicação pioneiro a noticiar, ainda na noite de 12 de junho de 2025, considerada a data de início da onda de ataques, a relatar os primeiros atos de vandalismo. Eu ia já descansar, eram quase 23h, quando fiz algo que um jornalista que quer ter vida social não deve fazer jamais: dar uma última “olhadinha” no celular. E tinha mensagem: uma fonte relatando oito ônibus vandalizados de uma só vez na zona Leste da capital paulista. Para mim já era uma pauta. Fiz as checagens com as autoridades, confirmei e, 00h10, publiquei, sem muita expectativa, afinal, o horário era avançado. Que nada! Não se passaram 15 minutos da publicação, o celular não parava: fotos, vídeos, mensagens….quando vi, já eram mais de 20 ônibus atacados na cidade de São Paulo. Claro que percebi que não era nada normal. Não dormi um minuto sequer.

No dia 13, as coisas aparentemente tinham entrado na normalidade, até que dia 14 de junho de 2025, o surto de novo, com um agravante: fontes do ABC Paulista, de cidades vizinhas da capital, começaram a fazer relatos semelhantes também. O que parecia ser uma noite atípica, mostrou-se ser algo anormal que não mais parou até então.

Após insistências de publicações no Diário do Transporte, colegas de imprensa começaram a me procurar e veicular o assunto também. As autoridades, dias depois, tiveram de fazer uma entrevista coletiva… “para não falarem nada”, mas ao menos tiveram de dar a cara para bater.

Toda a situação serviu para mostrar que o transporte coletivo é exposto a realidades da vida cotidiana, que vão além do simples debate frio de “precisamos de mais corredores ou subsídios”. Mas que precisa ser foco das atenções em tudo: financiamento, infraestrutura, segurança, imagem junto a sociedade, valorização do trabalho das empresas e dos profissionais….enfim, quando o transporte coletivo recebe prioridade, é o cidadão, o SER HUMANO que se torna prioridade.

As ligações das empresas de ônibus, de motoristas, cobradores, fiscais e passageiros, relatando fatos ou querendo mais detalhes das publicações reforçam que nossa luta tem um objetivo e podemos dizer ao setor de forma transparente: Continue SEMPRE CONTANDO COM O JORNALISMO DO DIÁRIO DO TRANSPORTE.

*ADAMO BAZANI, JORNALISTA ESPECIALIZADO EM TRANSPORTES – MTB- 31521*

*Editor-chefe do Diário do Transporte*

PCC, Onda de Ataques a Ônibus, Transwolff e Sancetur: depredações em massa começam no mesmo dia em que prefeitura assina despacho que viabiliza transferência de contratos – VEJA DOCUMENTO

Direção da Transwolff é investigada por suposta ligação com o PCC (Primeiro Comando da Capital). Polícia Civil vai apurar, mas ocorrências onde não há nenhuma relação com as duas empresas ainda colocam em dúvida se esta seria uma das motivações. Pode ser também, segundo uma das linhas de apuração, um recado do crime organizado de demonstração de força com a seguinte mensagem: não mexa com nossos interesses locais que o Estado todo pode pagar. Prazo para o estabelecimento dos processos administrativo ainda vai vencer, em *12 de julho de 2025*

ADAMO BAZANI

Colaborou Yuri Sena

– 12 de junho de 2025, às 19h32 – O secretário Municipal de Mobilidade Urbana e Transporte da capital paulista, Celso Jorge Caldeira, assina despacho dando prosseguimento à transferência do contrato da Transwolff, empresa que opera na zona Sul, para a Sancetur, companhia da família Chedid, que atua em parte do interior e do litoral de São Paulo.

– Horas depois, no mesmo dia 12 de junho de 2025 – Começava uma onda de ataques a ônibus jamais vista em todo o Estado de São Paulo e na América Latina, que foi responsável já por mais de 600 coletivos depredados, quase 350 destes somente na capital.

A Transwolff é a terceira maior frota da cidade: 1.206 ônibus, opera em 133 linhas e transporta 590 mil passageiros por dia. Juntamente com a UPBus, na zona Leste, a Transwolff foi alvo em 09 de abril de 2024, da Operação Fim da Linha, do Ministério Público do Estado de São Paulo que investiga uma suposta ligação entre diretores destas companhias de transportes com a fação criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).

Desde então, ambas empresas passaram a ser alvos de uma intervenção da SPTrans (São Paulo Transporte) e, após verificações por uma consultoria externa de técnicos do poder público, no dia 28 de fevereiro de 2025, o prefeito Ricardo Nunes anunciou que não manteria mais a Transwolff e a Upbus no sistema de transportes da cidade e que, a partir de 15 de março de 2025, iniciaria o processo de substituição de viações.

Levantamentos de fontes diferentes, um da SPTrans (São Paulo Transporte), gerenciadora das linhas municipais de São Paulo, e outro do SPUrbanuss, sindicato das empresas de transportes da cidade, os quais o Diário do Transporte teve acesso mostram que, até 12 de junho de 2025, a média de depredações a ônibus não passava de cinco casos por dia. Mas na noite de 12 de junho de 2025, o número de casos explodiu para cerca de 40, ou seja, no mesmo dia em que o secretário de transportes assinou o despacho, começou a ocorrer a explosão de casos.

A Polícia Civil vai passar a investigar se há ligação entre os fatos.

O documento, pelo qual, o secretário Celso Caldeira diz: “determino o prosseguimento do feito para as providências necessárias à transferência dos Contratos”, foi publicado em Diário Oficial no dia 13 de junho de 2025, mas já no dia 12 de junho de 2025 poderia ser consultado na página de processos da Prefeitura, por qualquer cidadão, bastando apenas clicar em “Visualizar”

O Diário do Transporte no dia 14 de junho de 2025 publicou a notícia sobre o despacho que determinou a instauração de um Grupo de Trabalho, que deve contar com a participação da SPTrans e das empresas interessadas: a Transwolff e a Sancetur. Este grupo deveria em 30 dias a partir da publicação definir as regras finais desta transição. Ou seja, o prazo para o estabelecimento dos processos administrativo ainda vai vencer, em 12 de julho de 2025.

Relembre:

A Polícia Civil de São Paulo investiga se há alguma relação entre os fatos, mas ocorrências onde não há nenhuma relação com as duas empresas ainda colocam em dúvida se esta seria uma das motivações. O ABC Paulista, por exemplo, é um dos principais palcos dos ataques e não têm ligação direta com esta transferência.

Os policiais não descartam que esta sim pode ser uma das motivações entre várias, já que, regionalmente, oportunistas podem ter aproveitado o início da “onda” para fazer os seus acertos locais. Ou pior; um recado do crime organizado de demonstração de força com a seguinte mensagem: não mexa com nossos interesses locais que o Estado todo pode pagar.

A apuração sobre a o documento, a Transwolff, Sancetur, PCC e a possível ligação com os ataques, entre as linhas de investigação foi feita entre os repórteres Adamo Bazani, do Diário do Transporte, e Filipe Peixoto, do Jornal da BAND.

RESPOSTA TRANSWOLFF

Em nota, ao Diário do Transporte, a Transwolf diz que não há possui ligação com atividades ilícitas e que o processo de intervenção na operação da empresa continua em trâmite junto à Secretaria Municipal de Transportes e ao Poder Judiciário.

NOTA DE ESCLARECIMENTO

A Transwolff Transportes e Turismo Ltda. esclarece que não há qualquer fundamento nas alegações de suposta relação da empresa ou de seus representantes com atividades ilícitas. A empresa repudia veementemente qualquer tentativa de associação com organizações criminosas.

A Transwolff permanece se defendendo nas esferas adequadas, prestando todos os esclarecimentos necessários às autoridades competentes. O processo de intervenção na operação da empresa continua em trâmite junto à Secretaria Municipal de Transportes e ao Poder Judiciário.

A empresa segue comprometida com a transparência e com a regularidade de suas atividades, em respeito à população e aos seus colaboradores.

Transwolff Transportes e Turismo Ltda.
São Paulo, 10 de julho de 2025

VEJA OS DOCUMENTOS

Ônibus da Transwolff, do sistema da capital paulista

Ônibus em uma das cidades onde a Sancetur opera

Sábado, 12 de julho de 2025: Onda de ataques a ônibus em São Paulo completa um mês – O que se sabe até agora

Tese de motivação por jogos online e desafios entre jovens não foi descartada, mas perde força; enquanto insatisfação de empresas que perderam os contratos passa a ser investigada com maior rigor. Diário do Transporte divulgou documento que, para investigadores, pode ser peça-chave nesta linha de apuração

ADAMO BAZANI

Neste sábado, 12 de julho de 2025, a onda de ataques contra ônibus no Estado de São Paulo, com mais de 700 veículos depredados, sem autoria definida pelas investigações e, até o momento, pelo perfil das pessoas presas, sem nenhuma que possa ser classificada, até agora, como entre os supostos mandantes.

O número, inclusive, de ocorrências, é subestimado: seja porque nem sempre as empresas notificam os casos (dependendo do sistema) e porque prefeituras sequer têm um controle. As subnotificações não só são encaradas como problema pela Polícia, mas como falta de colaboração e até de forma suspeita – VEJA MAIS ABAIXO:

O Diário do Transporte foi o primeiro veículo de jornalismo profissional a noticiar, desde o caso número 1, e a revelar materiais e fatos considerados por policiais que atuam no caso como relevantes para as investigações.

Entre estes materiais, o Diário do Transporte tem trazido à tona documentos, vídeos, dados e até fatos, como nos últimos dias, quando a reportagem revelou que os ataques chegaram às vans do Atende, serviço de transporte especial para pessoas com alto grau de deficiência, que também sofreram depredações. Estes veículos, que pertencem às viações, passaram a ser contabilizados também pela SPTrans.

Relembre:

Colegas de imprensa, a maior parte eticamente citando o trabalho do Diário do Transporte, repercutiram e também ajudam a elucidação.

OPERAÇÕES DS POLÍCIAS NÃO ASSUSTAM:

Ocorre que nem mesmo as operações anunciadas pelas forças policiais desestimularam os casos.

Uma megaoperação contínua, denominada pelas forças policiais de “Operação Impacto”, teve início em 03 de julho de 2025, quase 20 dias depois dos primeiros ataques, com mais de 7 mil agentes e 3 mil viaturas. Mesmo assim, no dia 07 de julho de 2025, uma segunda-feira, ocorreram 59 casos somente com ônibus da capital. Recorde para um dia.

Relembre:

Em 10 de julho de 2025, foi realizada uma operação pela Polícia Militar sem resultado algum.

BALANÇO, EMPRESAS E REGIÕES:

Os acumulados só crescem com casos todos os dias. Por isso, é até difícil um número exato. Além disso, são quatro tipos de sistemas de transportes diferentes: 1) municipais de São Paulo (SPTrans), que atualiza todos os dias e conta desde 12 de junho; 2) intermunicipais metropolitanos na Grande São Paulo (Artesp – ex EMTU), que demora para atualizar e conta desde 1º de junho; 3) municipais que só rodam dentro das cidades vizinhas da capital (prefeituras, é o que menos tem confiabilidade, demoram e muitas vezes nem sequer possuem controle; 4) litoral paulista, que mescla Artesp e municipais de cada cidade, também sendo defasado.

Mas até o início da manhã de sábado (12 de julho de 2025), os números oficiais, que logo vão mudar, ultrapassam 700 e são os seguintes:

Este total de 700 veículos abrange quatro diferentes tipos de sistemas de transportes no Estado.

SPTrans (Municipais da capital paulista): 370, de 12 de junho a 11 de julho – 370 COM NOVOS CASOS

Artesp (ex-EMTU, intermunicipais/metropolitanos): 246, de 01 de junho a 08 de julho (atualização desta sexta-feira, 11)

SUBTOTAL: 370+246 = 616 ônibus (mas SPTrans considera um período menor que Artesp, mesmo que em quantidade inferior a partir do “boom” de 12 de junho de 2025, ainda tiveram alguns.

Porém há dois outros sistemas de transportes que entram nessa conta

Municipais que só rodam dentro das cidades vizinhas sem adentrar a capital. Exemplo: Suzantur, de Santo André; Urubupungá, de Osasco, etc 87, de acordo com as prefeituras, entre 1 de junho e 10 de julho.

Litoral Paulista: 31, entre municipais e metropolitanos.

SUBTOTAL 616 (370 – SPTRANS + 246 ARTESP-EMTU) + 87 (vizinhas) + Litoral 31 = 734 (número em ampliação)

A Polícia tem números menores: cerca de 200 (191) em todo o Estado e alega subnotificações por parte das empresas. Na capital paulista, de acordo com o levantamento do Deic (Departamento de Investigações Criminais) da Polícia Civil, 60% dos registros são na zona Sul e, quase 90% (86,36%) dos casos envolvem apenas cinco empresas que na ordem são: Mobibrasil (29,41%); Transspass (20,59%); Viação Grajaú (19,12%), Via Sudeste (9,56%), Gatusa (8,09%).

PRISÕES (maiores) / APREENSÕES (menores):

– 19/06/2025 – Homem de 41 anos, 3º DP de Diadema

– 04/07/2025 – Adolescente de 16 anos, 1º DP de Cotia

– 06/07/2025 – Homem de 31 anos, Deic – apontado como um dos principais entre os presos, mas não de grande relevância ainda. Atirou  uma pedra num ônibus da Mobibrasil, na zona Sul a capital paulista, com uma passageira ferida.

– 10/07/2025 – Homem de 30 anos, 53 DP.

A maior parte dá versões que tentam desconfigurar qualquer participação em supostos esquemas e tentam passar a impressão de terem sido pegos em situações isoladas, como brigas de trânsito, surtos psicóticos ou consumo de álcool e drogas. Para a Polícia, isso pode ser uma estratégia dos suspeitos, ou parte deles.

LINHAS DE INVESTIGAÇÃO:

A Polícia Civil considera três como principais

– DESAFIOS DA INTERNET: Tese de motivação por jogos online e desafios entre jovens não foi descartada, mas perde força com o avançar das apurações, números de casos e características das ações;

– CRIME ORGANIZADO E REAÇÃO DE EMPRESAS: A insatisfação de empresas com supostas ligações com o crime organizado e que perderam os contratos passa a ser investigada com maior rigor. O 8Diário do Transporte* divulgou documento que, para investigadores, pode ser peça-chave nesta linha de apuração. As depredações em massa começam no mesmo dia em que prefeitura de São Paulo assinou despacho que viabiliza transferência de contratos entre a Transwolff, empresa que foi alvo de operação do MP (Ministério Público) por suspeita de ligação com a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) e a Sanceutr (companhia selecionada pela gestão do prefeito Ricardo Nunes para assumir no lugar).  A Polícia Civil de São Paulo investiga se há alguma relação entre os fatos, mas ocorrências onde não há nenhuma relação com as duas empresas ainda colocam em dúvida se esta seria uma das motivações. O ABC Paulista, por exemplo, é um dos principais palcos dos ataques e não têm ligação direta com esta transferência.

Os policiais não descartam que esta sim pode ser uma das motivações entre várias, já que, regionalmente, oportunistas podem ter aproveitado o início da “onda” para fazer os seus acertos locais. Ou pior; um recado do crime organizado de demonstração de força com a seguinte mensagem: não mexa com nossos interesses locais que o Estado todo pode pagar. Relembre:

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

EXCLUSIVO com VÍDEO: Empresas de ônibus da capital paulista investigadas por ligações com o PCC estão entre as piores avaliadas. Transunião se justifica

Transwolff e UPUbus, que estão deixando o sistema, e Transunião, com algumas linhas que vão ser transferidas para outras viações, estão entre as que lideram este ranking negativo

ADAMO BAZANI

Colaborou Arthur Ferrari

O prefeito Ricardo Nunes participa na noite desta segunda-feira, 14 de abril de 2025, do lançamento da Frente Nacional contra o Crime Organizado, na Câmara Municipal de São Paulo, na região central da capital.

E é justamente na área dos transportes por ônibus que investigações sobre o crime organizado mais resvalam na administração municipal.

As empresas de ônibus da capital paulista que surgiram de cooperativas de transportes e são citadas em investigações sobre supostas ligações com o PCC (Primeiro Comando da Capital) estão também entre as que prestam os piores serviços para os passageiros.

É o que revela levantamento exclusivo com base nos relatórios oficiais da SPTrans (São Paulo Transporte), que gerencia o sistema de ônibus da cidade, que trazem os resultados do IQIT (Índice de Qualidade do Transporte).

Transwolff, da zona Sul; e UPUbus, da zona Leste, que estão deixando o sistema, e Transunião, também da zona Leste, que vai ter algumas linhas transferidas para outras viações, estão entre as que lideram este ranking negativo.

A Transwolff e a UPBus foram alvos da Operação Fim da Linha, do Ministério Público do Estado de São Paulo, em 09 de abril de 2024. Desde então, a prefeitura fez uma intervenção nas companhias e agora, a Transwolff dará lugar para a Sancetur, da família Chedid, que atua no interior e litoral do Estado de São Paulo; e a UPBus terá o contrato transferido para a Alfa Rodobus que surgiu de cooperativa, já atua na cidade, mas tem um bom resultado no IQT.

No IQT de março de 2025, já sob intervenção da prefeitura há quase um ano, a UPBus só conseguiu classificação regular e a Transwolff, regular em uma área de operação e boa em outra. Antes, teve notas até piores. Em março de 2024, poucos dias antes de o MP realizar a operação, houve um quebra-quebra promovido por passageiros no Terminal Varginha, na zona Sul, contra maus serviços da Transwolff. Dias depois, mas ainda antes da intervenção e da operação do MP, linhas da Transwolff foram repassadas pela SPTrans para duas outras empresas, a Grajaú e a Mobibrasil.

Já a Transunião, da zona Leste, é citada na Operação Mafiusi, de 2024, da Polícia Federal no Paraná, tem a situação pior ainda na questão da qualidade. A empresa chegou a ter classificação ruim no IQT da SPTrans no ano passado. Neste ano, melhorou, mas não passou do regular. Justamente alegando baixa qualidade dos serviços da Transunião, a SPTrans anunciou na semana passada que vai passar linhas da companhia para duas outras empresas: a Metrópole Paulista e a Pêssego Transportes.

É claro que um contexto geral deve ser analisado. As ex-cooperativas operam no chamado lote de distribuição local, na periferia, onde o viário e as condições de serviço são mais difíceis. A eletrificação que não avança por causa da infraestrutura da ENEL e a proibição da compra de ônibus novos a diesel, além da baixa disponibilidade de micro-ônibus elétricos no mercado, são fatores que explicam, porque, em geral, as viações que atuam nas periferias recebem as notas mais baixas.

Há companhias dos lotes de ônibus maiores (estrutural e articulação regional) que também são mal avaliadas, mas na média geral, são as ex-cooperativas, ainda as piores.

A empresa que mais recebeu avaliação ruim foi a A2, da zonaSul, que surgiu de cooperativa e também atua em periferia, mas não aparece nestas duas investigações, por exemplo. A companhia atribuiu o resultado à dificuldade de renovação de frota porque há um ano a ENEL não faz as ligações nas garagens. (A empresa se pronunciou numa nota, veja mais abaixo).

A Transunião enviou ao Diário do Transporte boletim da SPTrans que mostra a melhoria relatada na reportagem.

O Diário do Transporte já havia procurado a Transunião antes da reportagem ir ao ar, que enviou as notas do IQT. Dois dias depois, a empresa, por meio de uma assessoria de imprensa mandou uma nota falando do atraso na renovação da frota por causa das dificuldades da eletrificação – O QUE O DIÁRIO DO TRANSPORTE JÁ HAVIA MOSTRADO:

Transunião, na zona Leste, tem mais da metade da frota com mais de 10 anos em uma das garagens porque ENEL não conclui ligação para ônibus elétricos – ENTREVISTA EM VÍDEO

Sobre a operação da Polícia Federal, a empresa alegou inocência e que os fatos serão esclarecidos (a exemplo das demais empresas, colocaremos a nota mais à frente)

A Transwolff, por sua vez, foi a primeira empresa a eletrificar a frota e serve como uma espécie de laboratório para a cidade testar novos modelos de ônibus elétricos.

EM COMUM, INVESTIGAÇÕES CRIMINAIS E INSATISFAÇÃO DOS PASSAGEIROS:

Empresas que surgiram de cooperativas e são investigadas por supostos envolvimentos com o PCC frequentemente aparecem entre as que recebem as piores notas do IQT (Índice de Qualidade do Transporte) da SPTrans e as que reúnem diversas reclamações de passageiros.

Além da Transunião, que aparece na Operação Mafiusi e teve as transferências de linhas informadas pela SPTrans em abril de 2025, figuram neste roll de “investigadas” e “de reclamadas”, a Transwolff, na zona Sul, com anúncio pela prefeitura de ser substituída pela Sancetur; e a UPBus, da zona Leste, com substituição pela Alfa Rodobus.

Além de serem objetos de investigações criminais, Transunião, Transwolff e UPBus têm em comum o alto índice de reclamações e insatisfação de usuários.

Em março de 2024, por exemplo, houve até um quebra-quebra no Terminal Varginha, na zona Sul, sob alegação de os passageiros estarem insatisfeitos com serviços da Transwolff, na região. Dias depois, a SPTrans anunciou a transferência de linhas da Transwolff para as empresas Mobibrasil e Viação Grajaú.

Relembre:

Linhas da Transwolff são transferidas para a Viação Grajaú e Mobibrasil na zona Sul de São Paulo após confusão e protesto no Terminal Varginha – CONFIRA QUAIS a partir de sábado (23)

Passadas algumas semanas, em 09 de abril de 2024, a Transwolff voltava aos noticiários, como uma das empresas investigadas pelo Ministério Público na Operação Fim da linha, por suposta ligação com o PCC.

O que você precisa saber sobre a intervenção da prefeitura na Transwolff e na UpBus após operação contra o crime organizado (Perguntas e respostas)


Nota A2:

A A2 Transportes LTDA reafirma seu compromisso com a qualidade e a regularidade dos serviços prestados no transporte público municipal.

*1. Medidas Corretivas Implementadas*

A empresa adotou medidas imediatas e estruturais para corrigir os desvios e melhorar o desempenho da operação, entre elas:

– Reorganização da escala operacional com reforço nos horários de maior demanda;
– Revisão de procedimentos internos de manutenção preventiva e corretiva;
– Atuação intensificada do Centro de Controle Operacional (CCO) para monitoramento e correção em tempo real;
– Realocação de frota reserva para cobertura de imprevistos operacionais;
– Ações de supervisão em campo para apoio aos operadores e controle das partidas.

*2. Compromisso com a Melhoria Contínua*

Reiteramos nosso empenho em oferecer um serviço de transporte eficiente, pontual e confiável. Todas as ações estão sendo monitoradas e avaliadas de forma contínua, visando proporcionar melhorias perceptíveis aos usuários das linhas operadas.

*3. Direcionamento Estratégico e Sustentabilidade*

Ciente da importância de reduzir os impactos ambientais e promover um sistema de transporte mais limpo, a empresa está direcionando seus esforços para a substituição progressiva dos veículos movidos a diesel por veículos com tecnologia elétrica. Essa transição faz parte de um plano estratégico voltado à modernização da frota e ao atendimento das metas de descarbonização estabelecidas para o setor.

*4. Ações em Andamento*

Dentre as ações já iniciadas, destacamos:

Estudos técnicos de viabilidade para a implantação de veículos elétricos em rotas estratégicas;
Parcerias com fabricantes e fornecedores para aquisição de novos modelos com tecnologia limpa;
Adequação da infraestrutura operacional, incluindo planejamento para instalação de pontos de recarga em garagem;
Treinamento específico para motoristas e equipes de manutenção quanto à operação dos novos veículos.
*5. Compromisso com a Melhoria Contínua*

A A2 Transportes LTDA está empenhada em oferecer um serviço de transporte eficiente, confiável e ambientalmente responsável. Reafirmamos nosso compromisso em evoluir continuamente, promovendo melhorias operacionais e sustentáveis que tragam benefícios diretos aos usuários e à cidade de São Paulo.

Nota Transunião:

ENTREVISTA: Transição da Transwolff para Sancetur e da UPBus para Alfa RodoBus será concluída em 90 dias, diz secretário Celso Caldeira

Secretaria volta a dizer que pagamentos de funcionários, prestadores de serviços e de fornecedores estão garantido; UPBUS e Transwolff são suspeitas de ligação com o PCC

ADAMO BAZANI

Colaboraram Alexandre Pelegi e Vinícius de Oliveira

Em aproximadamente 90 dias, deve estar concluída a transição das linhas, atualmente operadas pela UPBus, para a Alfa RodoBus, e das linhas operadas pela Transwolff para a Sancetur.

Suspeitas de envolvimento com o PCC (Primeiro Comando da Capital), facção criminosa que atua dentro e fora de presídios, ambas empresas estão sob intervenção da prefeitura desde 09 de abril de 2024, quando o Ministério Público do Estado de São Paulo deflagrou uma operação para apurar o crime organizado nos transportes coletivos.

De acordo com o Secretário de Mobilidade, Celso Jorge Caldeira, em resposta ao Diário do Transporte, durante a entrega de 115 ônibus elétricos nesta quinta-feira, 03 de abril de 2025, disse que a fase da intervenção agora é a transição.

Após todas as análises, as novas operadoras já estão à frente das linhas e dos contratos. Juntas, UPBus e Transwolff operam mais de 100 linhas, sendo a UPBus 13 linhas na Zona Leste, e a Transwolff, cerca de 100 linhas na Zona Sul. São quase 700 mil passageiros atendidos por ambas viações.

Cooperados que prestam serviços para a Transwolff chegaram a protestar contra a transição. Nesta semana, houve uma reunião para acertar justamente os detalhes deste prazo da transição.

Leia na íntegra o que disse o secretário.

“Bom, bom dia a todos, em relação a UPBus e a Transwolff. A UPBus está sendo transferida para a Alfa RodoBus e a Transwolff está sendo transferida para a Sancetur. Toda a documentação jurídica que envolve o caso está sendo absolutamente cuidada e seguindo rigorosamente as instruções da Procuradoria Geral do Município. Neste momento, nós estamos passando da fase de intervenção para a fase de transição. Como o prefeito disse, essa transição será coordenada pela Secretaria e pela SPTrans, os representantes das empresas que estão saindo e das empresas que estão entrando. A nossa previsão é que, no prazo de 90 dias, nós tenhamos essa transição formalizada, quando então assinaríamos um aditivo com os novos operadores. Do ponto de vista jurídico, que era a nossa maior preocupação, era não manchar o processo, deixar o processo absolutamente redondo, e foi isso que nós fizemos nesse capítulo.”

A secretaria ressalta que os pagamentos dos funcionários e prestadores de serviços, além de fornecedores, estão garantidos, e que a transição é justamente para honrar esses compromissos, mas não é uma transição de continuidade das atuais operações por ambas empresas investigadas.

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

Colaboraram Alexandre Pelegi e Vinícius de Oliveira

QUE EMPRESAS SÃO ESSAS QUE ASSUMEM?

Conforme o Diário do Transporte noticiou em primeira mão, no dia 28 de fevereiro de 2025, o prefeito Ricardo Nunes anunciou que não manteria mais as duas companhias no sistema de transportes da cidade e que, a partir de 15 de março de 2025, iniciaria o processo de substituição de viações. A Sancetur, da família Chedid, foi anunciada para assumir as linhas referentes à operação da Transwolff, na zona Sul; e a Alfa Rodobus, que já atua na cidade, prestaria os serviços no lugar da UPBus, na zona Leste. A Transwolff possui 1.206 ônibus, opera em 133 linhas e transporta 590 mil passageiros por dia. Já a UPBus responde por uma frota de 159 coletivos, 13 linhas e atende a 70 mil passageiros por dia.

Relembre:

SANCETUR: A Sancetur – Santa Cecília Turismo LTDA atende a diversas cidades com a marca SOU Transportes (SOU – Sistema de Ônibus Urbano. Pertence à família Chedid, considerada forte em transportes de passageiros, no interior paulista e em parte do litoral. Fundada em 1922, a Sancetur atua no setor de transportes desde 1952. A empresa possui uma frota de 2.050 ônibus, com um total de 4.200 funcionários. Atualmente, a Sancetur opera em 21 sistemas paulistas. Entre os municípios onde presta serviços estão Valinhos, Indaiatuba, Americana, Presidente Prudente, Limeira, São José dos Campos, São Carlos, Salto, Mogi-Guaçu, Jarinu, Rio Claro, São Vicente, São Sebastião, Peruíbe, Caraguatatuba, Cubatão, Itanhaém.

ALFA RODOBUS: Já atua na cidade de São Paulo, no chamado lote D-13 (local de distribuição), da zona Oeste da capital paulista. Teve origem na cooperativa Cooperalfa. Antes de assumir a UPBus, a frota é de 148 ônibus que atendem a 90,3 mil passageiros por dia. Segundo a SPTrans (São Paulo Transporte), gerenciadora do sistema da cidade, a Alfa Rodobus foi a melhor colocada do grupo Local de Distribuição no Índice de Qualidade do Transporte (IQT) da autarquia.

EMPRESAS QUE SAEM:

TRANSWOLFF: A Transwolff possui 1.206 ônibus, a terceira maior frota da cidade ficando apenas atrás da Metrópole Paulista e da Sambaíba. É originária da cooperativa CooperPam. Tinha a responsabilidade de operar 133 linhas com 590 mil passageiros que utilizam diariamente.

UPBUS: A UpBus, empresa da zona Leste transporta 70 mil passageiros por dia em 13 linhas e 159 ônibus, que chegou a se chamar Qualibus, originária da garagem 2 da Associação Paulistana.

POR ADAMO BAZANI

– OPERAÇÃO FIM DA LINHA – MINISTÉRIO PÚBLICO DE SP (TRANSWOLFF E UPBUS)

QUE EMPRESAS SÃO ESSAS QUE ASSUMEM?

Conforme o Diário do Transporte noticiou em primeira mão, no dia 28 de fevereiro de 2025, o prefeito Ricardo Nunes anunciou que não manteria mais as duas companhias no sistema de transportes da cidade e que, a partir de 15 de março de 2025, iniciaria o processo de substituição de viações. A Sancetur, da família Chedid, foi anunciada para assumir as linhas referentes à operação da Transwolff, na zona Sul; e a Alfa Rodobus, que já atua na cidade, prestaria os serviços no lugar da UPBus, na zona Leste. A Transwolff possui 1.206 ônibus, opera em 133 linhas e transporta 590 mil passageiros por dia. Já a UPBus responde por uma frota de 159 coletivos, 13 linhas e atende a 70 mil passageiros por dia.

Relembre:

SANCETUR: A Sancetur – Santa Cecília Turismo LTDA atende a diversas cidades com a marca SOU Transportes (SOU – Sistema de Ônibus Urbano. Pertence à família Chedid, considerada forte em transportes de passageiros, no interior paulista e em parte do litoral. Fundada em 1922, a Sancetur atua no setor de transportes desde 1952. A empresa possui uma frota de 2.050 ônibus, com um total de 4.200 funcionários. Atualmente, a Sancetur opera em 21 sistemas paulistas. Entre os municípios onde presta serviços estão Valinhos, Indaiatuba, Americana, Presidente Prudente, Limeira, São José dos Campos, São Carlos, Salto, Mogi-Guaçu, Jarinu, Rio Claro, São Vicente, São Sebastião, Peruíbe, Caraguatatuba, Cubatão, Itanhaém.

ALFA RODOBUS: Já atua na cidade de São Paulo, no chamado lote D-13 (local de distribuição), da zona Oeste da capital paulista. Teve origem na cooperativa Cooperalfa. Antes de assumir a UPBus, a frota é de 148 ônibus que atendem a 90,3 mil passageiros por dia. Segundo a SPTrans (São Paulo Transporte), gerenciadora do sistema da cidade, a Alfa Rodobus foi a melhor colocada do grupo Local de Distribuição no Índice de Qualidade do Transporte (IQT) da autarquia.

EMPRESAS QUE SAEM:

TRANSWOLFF: A Transwolff possui 1.206 ônibus, a terceira maior frota da cidade ficando apenas atrás da Metrópole Paulista e da Sambaíba. É originária da cooperativa CooperPam. Tinha a responsabilidade de operar 133 linhas com 590 mil passageiros que utilizam diariamente.

UPBUS: A UpBus, empresa da zona Leste transporta 70 mil passageiros por dia em 13 linhas e 159 ônibus, que chegou a se chamar Qualibus, originária da garagem 2 da Associação Paulistana.

Condução: Ministério Público com Receita Federal e Polícias Civil e Militar sobre a Transwolff, que tem cerca de 100 linhas na zona Sul, 1206 ônibus e é a terceira maior frota da cidade É originária da cooperativa CooperPam. A operação é também foi sobre a UpBus, empresa da zona Leste com 13 linhas e 159 ônibus, que chegou a se chamar Qualibus, originária da garagem 2 da Associação Paulistana

Deflagração da Fase I: 09 de abril de 2024.

O Ministério Público, a Receita Federal e as polícias Civil e Militar deflagraram a Operação “Fim da Linha” que identificou um suposto esquema de lavagem de dinheiro do tráfico de drogas e outros crimes sob responsabilidade do PCC (Primeiro Comando da Capital) por meio de diretores de duas empresas de ônibus (Transwolff e UpBus).

Foram presos no dia Luiz Carlos Efigênio Pacheco, o Pandora (um dos donos da Transwolff), ⁠Robson Flares Lopes Pontes (Transwolff), ⁠Joelson Santos da Silva (Transwolff), por causa dos mandados de prisão. Também houve prisões em flagrante por porte de armas. Sócio da UpBus, Alexandre Salles Brito, foi preso em 16 de abril de 2024

Já Silvio Luís Ferreira, o Cebola, sócio da Upbus, por não ser encontrado no dia, foi considerado foragido. Também teve a prisão decretada, outro sócio da UpBus, Decio Gouveia Luiz, apelidado de Décio Português.

Desdobramento em 25 de junho de 2024: O Ministério Público de São Paulo realizou EM 25 d122e junho de 2024, a apreensão de 23 armas de fogo atribuídas ao presidente afastado da empresa de transportes UpBus, Ubiratan Antônio da Cunha.

Foi um desdobramento da Operação Fim da Linha, deflagrada em 09 de abril de 2024, que investiga a possível relação de diretores da UpBus, e da Transwolff, que opera na zona Sul da capital paulista, com o PCC (Primeiro Comando da Capital), facção criminosa que atua dentro e fora de presídios.

Ubiratan Antônio da Cunha é um dos réus no processo que apura as supostas ligações entre parte dos transportes da cidade de São Paulo e o crime organizado.

Segundo o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado ), do Ministério Público, a Polícia Civil havia sido procurada por integrantes da cooperativa Aliança Paulistana, que deu origem à UpBus por terem sido expulsos, com emprego de força física e intimidação verbal, da sede da empresa.

Ainda de acordo com a promotoria, a expulsão e a ameaça ocorreram no dia 05 de junho de 2024, por Ubiratan, mesmo sendo impedido por ordem da Justiça de frequentar a garagem.

Desdobramento em 16 de julho de 2024: Atendendo a pedido do MPSP, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), a Justiça decretou a prisão preventiva do presidente afastado da empresa de transportes Upbus, Ubiratan Antônio da Cunha. Um dos alvos da Operação Fim da Linha, deflagrada em abril de 2024, se tornou réu pela prática dos crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa. O mandado foi cumprido nesta terça-feira (16/7) pela 2ª Delegacia da Divisão de Investigações sobre Crimes contra o Patrimônio (DEIC), da Polícia Civil.

No dia 5 de junho, a Polícia Civil foi procurada por integrantes da cooperativa sucedida pela Upbus em razão de terem sido expulsos da sede da empresa pelo dirigente da sociedade, atualmente impedido por ordem da Justiça de frequentar o local. Os fatos foram comunicados ao Ministério Público.

Posteriormente, o MPSP descobriu que, na mesma semana, o interventor nomeado pelo município foi atraído por funcionários da Upbus sob o pretexto de tomarem um café em um estabelecimento nas redondezas da garagem. O dirigente esperava por ele no local, em afronta à decisão judicial.

02 de agosto de 2024: Em primeira mão, no dia 02 de agosto de 2024, o Diário do Transporte mostrou que a prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Executiva de Transporte e Mobilidade Urbana (SETRAM), contratou por R$ 1,54 milhão a Fundação Carlos Alberto Vanzolini para fazer uma avaliação externa independente nas empresas Transwolff e UPBus

31 de outubro de 2024: Em 31 de outubro de 2024, a prefeitura enviou notificação à Transwolff e UPBus, que desde 09 de abril de 2024 passaram a estar sob intervenção do poder público. Foi o primeiro passo para uma eventual (até então) possibilidade de extinção dos contratos com estas viações. O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, confirmou em 07 de novembro de 2024, que os contratos tinham o risco de fato de ser extintos. Nas palavras do prefeito, uma auditoria (avaliação externa) mostrou incapacidade financeira de a UpBus e a Transwolff continuarem operando na capital paulista.

“Ela (auditoria) demonstrou algumas inconsistências do ponto de vista de gestão, a incapacidade financeira delas continuarem avançando”.

20 de dezembro de 2024: Policiais militares da ROTA (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) prenderam na sexta-feira 20 de dezembro de 2024, o presidente afastado da UPBus, Ubiratan Antônio da Cunha, que estava foragido da Operação Fim da Linha, deflagrada em 09 de abril e que investiga suposta ligação de empresas de ônibus de São Paulo com o PCC (Primero Comando da Capital). O homem foi encaminhado ao 30° Distrito Policial (Tatuapé).

23 de dezembro de 2024: A prefeitura de São Paulo decidiu em 23 de dezembro de 2024 abrir processo de caducidade dos contratos Transwolff, da zona Sul, e a UPBus, da zona Leste.

A decisão foi tomada pelo prefeito Ricardo Nunes nesta segunda-feira, 23 de dezembro de 2024, após reunião com o secretário de Mobilidade e Trânsito, Gilmar Pereira Miranda; o presidente da gerenciadora das linhas municipais, SPTrans (São Paulo Transporte), Levi Santos; e os interventores pela SPTrans, sendo eles, o diretor de Planejamento de Transporte da SPTrans, Valdemar Gomes de Melo, e o diretor de Operações da SPTrans, Wagner Chagas.

Também participaram da decisão a Secretaria da Fazenda, a CGM (Controladoria Geral do Município) e a PGM (Procuradoria Geral do Município).

27 de dezembro de 2024: O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), confirmou em 27 de dezembro de 2024, a assinatura do decreto que dá início oficial ao procedimento que foi o primeiro passo legal o rompimento definitivo dos contratos das empresas de ônibus Transwolff, da zona Sul da capital paulista, e UPBus, da zona Leste. Do ponto de vista criminal, o Gaeco, grupo do Ministério Público que investiga o crime organizado, apontou que diretores, sócios e contadores da Transwolff e da UpBus atuavam para lavar o dinheiro do tráfico de drogas, do tráfico de armas e de roubos a bancos e de cargas. Há até apurações de que estariam ligados a homicídios. Além disso, alguns destes diretores, de acordo com o MP, não só têm envolvimento como pertencem diretamente ao PCC (Primeiro Comando da Capital), facção criminosa que atua dentro e fora de presídios. Na mesma noite houve a publicação.

A prefeitura muito pouco tem a fazer sobre a questão criminal, mas tem a obrigação de atuar administrativamente. Tanto as análises da Fundação Carlos Alberto Vanzolini como das equipes de intervenção mostraram que Transwolff e UPBus possuem problemas financeiros, administrativos e operacionais que as impedem de continuar prestando serviços.

27 de janeiro de 2025: O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, disse que era quase certo o rompimento dos contratos das empresas Transwolff e UPBus, que estão sob intervenção da prefeitura desde 09 de abril de 2025, quando foram alvos da Operação Fim da Linha, do Ministério Público de São Paulo, que investiga suposta ligação entre as diretorias destas duas companhias do sistema de ônibus da cidade e a fação criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). O dia 27 de janeiro de 2025 foi o prazo final para a

Proprietários de ônibus que integram ou integraram a frota da Transwolff, na zona Sul de São Paulo, fizeram um protesto e conversaram com o prefeito Ricardo Nunes e o secretário de transportes, Celso Caldeira. Estes donos de ônibus se dizem preocupados com o descredenciamento.

O prefeito disse que é muito difícil não ter o rompimento de contratos e que neste processo, os veículos destes proprietários devem ser absorvidos.

“Da defesa deles [diretorias da Transwolff e UPBUs] é que vamos decidir se vai ser decretada caducidade ou não [rompimento dos contratos]. Pelo que a gente tá vendo, é muito difícil não ter. Não tô querendo me antecipar, mas é um sentimento que estamos tendo. Pode ser que os técnicos achem uma justificativa para não ter a caducidade. Eu acho muito difícil. Com relação a Transwolff: boa parte de sua frota é formada por pessoas que têm CPF e fazem uma locação de seus ônibus. Como a gente vai conduzir esse processo? Como de 1200 ônibus, tem praticamente mil dentro deste cenário, vamos dialogar. O que a gente não pode é interromper o transporte. Se houver uma nova empresa, vamos tentar que estes ônibus sejam absorvidos. Tentar fazer com que não prejudique transportes e meu foco principal, não faltar transportes”

28 de janeiro de 2025: Ao Diário do Transporte, a SPTrans (São Paulo Transporte), que gerencia o sistema de ônibus na cidade de São Paulo, confirmou EM 28 de janeiro de 2025, que foi iniciada a análise das defesas que as diretorias da Transwolff, que atua na zona Sul, e da UPBus, da zona Leste, entregaram nos processos de caducidade (rompimento) dos contratos de operação.

O prefeito Ricardo Nunes voltou a falar, no mesmo dia, sobre a possibilidade de nesta semana ainda já anunciar o possível descredenciamento das duas companhias.

Nunes disse ainda que os serviços à população não serão interrompidos e que a gestão está atenta à movimentação de “pessoas inescrupulosas” que podem tentar tumultuar o procedimento e a transição.

“A gente sabe como, às vezes, algumas pessoas inescrupulosas agem e nós vamos estar muito atentos se houver alguma tentativa de alguém que queira fazer com que o transporte municipal aqui na cidade de São Paulo sofra algum problema, para que a gente possa agir rapidamente junto com aquilo que é necessário, de fazer as ações, para poder reestabelecer rapidamente, aliás nem para reestabelecer, para poder fazer com que não ocorram os problemas. O foco agora, nesse momento mais delicado, é de manter uma atenção especial para que não tenha descontinuidade do transporte na cidade, em especial com essas duas empresas” disse Nunes.

A administração confirmou ainda ao Diário do Transporte, em nota, que analisa as reivindicações de membros da Cooperam (Cooperativa dos Trabalhadores Autônomos em Transporte de São Paulo) apresentadas nesta segunda-feira (27). A CooperPam deu origem à Transwolff. Parte da frota atual pertence diretamente à empresa, como os ônibus maiores e os elétricos, e a maioria é de ex-cooperados que se tornaram sócios e atuam, principalmente com os coletivos de menor porte.

A Prefeitura de São Paulo, por meio da SPTrans, informa que as concessionárias UPBus e Transwolff apresentaram defesa dentro do prazo estipulado. As equipes técnicas analisarão os materiais para decidir sobre a continuidade do processo de caducidade iniciado em dezembro de 2024. Nesta segunda-feira (27/01), a Secretaria de Mobilidade Urbana e Transportes (SMT) recebeu representantes da Cooperativa dos Trabalhadores Autônomos em Transporte de São Paulo (CooperPam) que fizeram considerações sobre a prestação do serviço. A gestão municipal reafirma o compromisso com a qualidade do atendimento aos passageiros e a preservação dos empregos dos funcionários. – diz a nota.

29 de janeiro de 2025:

A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria de Mobilidade Urbana e Transporte (SMT), da SPTrans e dos interventores, informou na tarde desta quarta-feira, 29 de janeiro de 2025, que decidiu subsituir definitivamente a Transwolff e UPBus, empresas suspeitas de ligação com a facção criminosa PCC. O DIÁRIO DO TRANSPORTE TROUXE A INFORMAÇÃO EM PRIMEIRA MÃO.

Segundo a prefeitura, as defesas apresentadas pelas concessionárias Transwolff e UPBus não foram acolhidas, o que ensejará na substituição dessas empresas no sistema de transporte público da cidade de São Paulo”. A contratação deve ser feita por meio de licitação. O procedimento ainda será definido com a formalização de todos os trâmites. Não há rompimento dos contratos. As empresas serão substituídas respeitando o contrato em vigor. – diz

A Prefeitura esclareceu ainda que permanecerão as intervenções já em curso nas concessionárias.

Dessa forma, estão garantidos os serviços prestados à população, bem como os pagamentos dos funcionários e fornecedores. A equipe técnica e jurídica dará prosseguimento à substituição da Transwolff e da UPBus, apresentando providências necessárias à manutenção do atendimento integral da população. – diz a nota.

A Transwolff tem cerca de 100 linhas na zona Sul, 1206 ônibus e é a terceira maior frota da cidade É originária da cooperativa CooperPam. A UpBus, empresa da zona Leste tem 13 linhas e 159 ônibus, chegou a se chamar Qualibus, e é originária da garagem 2 da Associação Paulistana.

Ambas companhias estão sob intervenção desde 09 de abril de 2024, quando foram alvos da Operação Fim da Linha, do Ministério Público de São Paulo, que investiga suposta ligação dos diretores com o PCC (Primeiro Comando da Capital), facção criminosa que atua dentro e fora dos presídios. A prefeitura não faz a análise do ponto de vista criminal, mas administrativo e operacional e relatórios elaborados pelas equipes da SPTrans e de uma verificadora externa independente mostraram, segundo a prefeitura, graves sinais de inviabilidade da manutenção destas duas viações no sistema.

Em nota, a Transwolff diz que vai contestar a decisão judicialmente A Transwolff recebe com indignação a decisão arbitrária da Prefeitura de São Paulo de decretar a caducidade de seus contratos públicos, medida tomada em total descompromisso com os princípios fundamentais do Direito.

Mesmo sem nenhuma comprovação da existência de qualquer vínculo da empresa e de seus dirigentes com organizações criminosas no processo judicial sigiloso em curso, a Prefeitura instaurou um procedimento administrativo repleto de inconstitucionalidades e desprovido de qualquer fundamento jurídico, utilizado como pretexto para justificar uma decisão administrativa injusta e ilegal.

Confiamos na Justiça e no Estado Democrático de Direito. A decisão ilegal da Prefeitura será contestada judicialmente. Confia-se no Poder Judiciário para restabelecer a legalidade e verdade dos fatos.

NUNES CONFIRMA INFORMAÇÕES DO DIÁRIO DO TRANSPORTE

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, disse na manhã desta quinta-feira, 30 de janeiro de 2025, que as empresas de ônibus que já atuam na cidade devem primeiro ter oportunidade de se manifestar se querem ficar com as linhas até então operadas pela Transwolff, na zona Sul, e UPBus, na zona Leste. A declaração vai justamente na linha dos bastidores que foram divulgados pelo Diário do Transporte bem antes, no início da manhã. Relembre:

Como tinha adiantado o Diário do Transporte, o prefeito disse que primeiro será dada oportunidade para as viações que já operam as outras linhas se manifestarem. Isso é previsto nos contratos do sistema de ônibus municipais geridos pela SPTrans (São Paulo Transporte). Somente depois, se não houver interesse, empresas de outros sistemas de transportes também podem tentar as linhas.

“Para seguir todo o trâmite com relação à defesa das empresas, agora a gente faz um processo seguindo toda a legislação e o que foi feito: Qual é?: De que as empresas que operam o sistema possam se manifestar sobre o interesse de assumir esses ônibus da Transwolff e UpBus. Se houver interesse, e a gente vai fazer uma análise sobre a capacidade financeira e técnica para assumir, é uma possibilidade. Uma vez ofertado a eles [as empresas que já operam o sistema] e não havendo interesse, ai a gente abre a licitação para abrir para outras empresas de qualquer lugar do Brasil virem assumir essas linhas.” – disse Nunes.

EMPRESAS – PERUEIROS E DIVISÃO DE LINHAS:

O Diário do Transporte já havia mostrado que entre os cenários possíveis está a possibilidade de haver uma espécie de reorganização e nova divisão das mais de 120 linhas destas duas empresas que atendem a quase 700 mil passageiros por dia em 1300 coletivos.

As maiores preocupações são em relação a Transwolff. Tanto pelo tamanho da frota (mais de 1200 ônibus e de 100 linhas) quanto pelas caraterísticas não uniformes da operação

Há um braço formado pelos “ex perueiros” da CooperPam, que engloba entre 800 e 900 ônibus e representa as linhas mais periféricas. A prefeitura estuda uma maneira de manter os coletivos deste grupo prestando serviços.

Há também as operações com ônibus maiores em linhas que, apesar de serem de distribuição local, têm características de articulação regional. Estas linhas podem despertar interesse de viações que operam nas mesmas regiões.

A Transwolff opera as áreas 6 (Sul – Azul Claro) e 7 (Sudoeste – Vinho), que têm os seguintes atendimentos:

Área 6 – Sul – Azul Claro: Viação Grajaú, Mobibrasil (ônibus maiores) e A2 (local).

Área 7 – Sudoeste – Vinho (Bordô): Viação Campo Belo, Viação Metrópole Paulista, Gatusa, e KBPX (ônibus maiores) e Transcap (local).

Já a UPBus opera a área 3.

Área 3 – Nordeste – Amarela: Viação Metrópole Paulista (ônibus maiores) e Transunião (local).

Não significa que necessariamente as linhas devem ser assumidas apenas pelas viações que já atuam nas áreas operacionais. Empresas que já prestam serviços na cidade, mas em outras áreas, também poderão se apresentar como interessadas no processo aberto pela prefeitura.

11 de fevereiro de 2025: O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, e o secretário de mobilidade e transportes, Celso Caldeira, revelaram,  que, além de empresas da capital paulista, companhias de ônibus que atuam foram da cidade, mas dentro do Estado de São Paulo, estão no páreo para assumirem as linhas atualmente operadas pela Transwolff, na zona Sul, e UPBus, zona Leste. Ambas empresas, cujas diretorias são suspeitas de ligação com a fação criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), serão substituídas. A intenção era de que até dia 28 houvesse a definição da forma de troca.

As declarações deste dia 11 de fevereiro de 2025, confirmam matéria do Diário do Transporte de 30 de janeiro de 2025, que já adiantava que a preferência é de viações que já atuam no sistema SPTrans (São Paulo Transporte), mas que surpresas poderiam surgir.

Relembre:

Também em 11 de fevereiro de 2025, um grupo de cerca de 300 proprietários de ônibus e micro-ônibus que operam nas linhas sob responsabilidade da Transwolff, na zona Sul de São Paulo, entregou um abaixo assinado à prefeitura da capital paulista demonstrando interesse na contratação direta pela administração municipal para continuarem os serviços.

O documento é assinado por donos de veículos que formavam a CooperPam, cooperativa que deu origem às operações da Transwolff no sistema de transportes da cidade de São Paulo.

Apesar de ser formalmente uma empresa, com mais de 1,2 mil coletivos e reunindo a terceira maior frota da cidade, parte da Transwolff ainda com características semelhantes a uma cooperativa. Cerca de 400 veículos, como os ônibus maiores e os elétricos, integram a propriedade de diretores que são investigados, entre os quais, Luiz Carlos Efigênio Pacheco, o Pandora, um dos presos pela operação do Ministério Público, que depois foi solto para responder em liberdade.

Mas em torno de 800 ônibus, os de menor porte, são destes proprietários.

Estes donos de ônibus formalmente atuam como contratados da Transwolff e continuam na mesma posição desde a intervenção pela prefeitura.

O advogado Rogério Dias Avelar, que representa o grupo de 300 proprietários que entregou o documento manifestando interesse na contratação direta pela prefeitura, diz que na visão destes donos de ônibus, bastando a prefeitura organizar o procedimento, estão prontos para continuar operando e se comprometem até a melhorar os serviços.

19 de fevereiro de 2025: A prefeitura de São Paulo negou em 19 de fevereiro de 2025, os últimos recursos administrativos possíveis das defesas da Transwolff e da UpBus no processo de rompimento de contratos com as duas companhias de ônibus, cujas diretorias são suspeitas de ligação com a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). O Diário do Transporte trouxe a notícia em primeira mão, com documentos, ainda no dia 19. Com isso, foi dado mais um passo para a contratação de outras viações no lugar.

20 de fevereiro de 2025: Nesta quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025, o Diário do Transporte traz com exclusividade os documentos com os pareceres na íntegra assinados pelos procuradores do município responsáveis pelos processos, César Santos Borlina e Rodrigo Vieira Farias.

Para recomendar a transferência dos contratos da Transwolff e UPBus para outras companhias, antes de uma eventual caducidade (anulação) das contratações, os procuradores que integram a área jurídica da prefeitura, citam as dificuldades para conseguir nova frota (juntas, as empresas somam mais de 1,3 mil, sendo 1,2 mil somente da Transwolff), instalações, equipamentos e contratação de mão de obra. Os ônibus não são bem reversíveis ao poder público, por exemplo. Assim, eventuais indenizações que seriam cobradas pela Transwolff e UPBus e investimentos para a compra de outros ônibus representariam, além de um movimento complexo, um custo muito alto para os cofres do município e ainda um desestímulo para outras empresas assumirem.

Os procuradores ainda citaram o caso específico da Transwolff, cuja dificuldade maior seria a realocação de frota e mão de obra referentes a 714 ônibus que são operados por terceiros. Estes veículos representam o patrimônio de integrantes da CooperPam, iniciada por “ex-perueiros clandestinos” que, na gestão da prefeita Marta Suplicy e do secretário de transportes, Jilmar Tatto, foram legalizados na licitação de 2001/2002, formando cooperativas de transportes: Especificamente no caso da concessionária Transwolff, há indicativo nos autos de que 714 (setecentos e quatorze) veículos utilizados para a prestação do serviço de transporte são de propriedade de terceiros, tornando ainda mais dificultosa a operacionalização de eventual requisição. diz o trecho do parecer ao qual o Diário do Transporte teve acesso.

No parecer, os procuradores dizem que a caducidade, o que depois levaria a uma licitação, por exemplo, não seria a alternativa mais viável. Por isso, a defesa que a Transwolff e UPBUs sejam sim retiradas do sistema, mas substituídas, isto é, que os seus contratos sejam assumidos por outras empresas. A Procuradoria do Município dá as recomendações. Quem decide mesmo é o prefeito. Ou seja, Ricardo Nunes não é obrigado a seguir, porém, neste processo, até para respeitar todas as tecnicidades e complexidades, tem observado todos os pareceres de áreas técnicas, sejam ligadas à jurídica, financeira e operacional.

Sem prejuízo, em nome do mesmo princípio, afigura-se alternativa à declaração pura e simples de caducidade, qual seja, a transferência da concessão. Com previsão no art. 16 da Lei Municipal nº 13.241/2001 e art. 27 da Lei Federal nº 8.987/1995, a transferência da concessão é uma espécie de cessão da posição contratual, em que a concessionária transfere sua posição no polo do contrato de concessão para outra pessoa jurídica, que demonstre atender às exigências de capacidade técnica, idoneidade financeira e regularidade jurídica e fiscal necessárias à assunção do serviço.

 Tal proposta encontra guarida também no art. 21, Parágrafo Único, da LINDB, segundo o qual a decretação de invalidade de contrato administrativo deve indicar as condições para que a regularização ocorra de modo proporcional e equânime e sem prejuízo aos interesses gerais. Em que pese a referência textual à declaração de invalidade, é possível estender sua aplicação ao caso em exame, diante do evidente interesse público na manutenção da adequada prestação do serviço de transporte intramunicipal via ônibus.

 Afinal, ainda que viável a ocupação temporária das instalações e a utilização de bens reversíveis, nos moldes do art. 35, § 3º, da Lei Federal nº 8.987/1995, dada a magnitude do serviço prestado, é evidente que a prestação do serviço poderá ser prejudicada, com efeitos deletérios para a coletividade.

 Destaque-se que os veículos, a garagem e frota de ônibus não são considerados bens reversíveis pelo art. 17, § 4º, I, da Lei Municipal nº 13.241/2001, o que faria com que sua utilização no período compreendido entre a declaração de caducidade e o ingresso de novo prestador de serviço, quer via contratação emergencial, quer via nova concessão, dependesse de requisição administrativa, medida drástica e difícil execução prática pelo poder concedente.

 A título de exemplo, seria necessária a contratação de motoristas, pagamento a fornecedores, com imprescindível disponibilidade imediata de caixa, gestão da empresa, enfim, diversas providências se afigurariam necessárias para que o Município, de forma direta, preservasse a prestação do serviço.

 Especificamente no caso da concessionária Transwolff, há indicativo nos autos de que 714 (setecentos e quatorze) veículos utilizados para a prestação do serviço de transporte são de propriedade de terceiros, tornando ainda mais dificultosa a operacionalização de eventual requisição.

Em primeira mão, o Diário do Transporte noticiou que o prefeito Ricardo Nunes, após manifestações de interesse apresentada pela Sancetur, empresa ligada a família Cheddid, que atua no transporte de passageiros em parte do interior paulista, e da Alfa RodoBus, que já atua na cidade de São Paulo, aprovou a entrada destas companhias no lugar, respectivamente, da Transwolff, na zona Sul, e da UPBus, na zona Leste. A transição foi prevista para iniciar em 15 de março de 2025.

QUE EMPRESAS SÃO ESSAS QUE ASSUMEM?

Conforme o Diário do Transporte noticiou em primeira mão, no dia 28 de fevereiro de 2025, o prefeito Ricardo Nunes anunciou que não manteria mais as duas companhias no sistema de transportes da cidade e que, a partir de 15 de março de 2025, iniciaria o processo de substituição de viações. A Sancetur, da família Chedid, foi anunciada para assumir as linhas referentes à operação da Transwolff, na zona Sul; e a Alfa Rodobus, que já atua na cidade, prestaria os serviços no lugar da UPBus, na zona Leste. A Transwolff possui 1.206 ônibus, opera em 133 linhas e transporta 590 mil passageiros por dia. Já a UPBus responde por uma frota de 159 coletivos, 13 linhas e atende a 70 mil passageiros por dia.

Relembre:

SANCETUR: A Sancetur – Santa Cecília Turismo LTDA atende a diversas cidades com a marca SOU Transportes (SOU – Sistema de Ônibus Urbano. Pertence à família Chedid, considerada forte em transportes de passageiros, no interior paulista e em parte do litoral. Fundada em 1922, a Sancetur atua no setor de transportes desde 1952. A empresa possui uma frota de 2.050 ônibus, com um total de 4.200 funcionários. Atualmente, a Sancetur opera em 21 sistemas paulistas. Entre os municípios onde presta serviços estão Valinhos, Indaiatuba, Americana, Presidente Prudente, Limeira, São José dos Campos, São Carlos, Salto, Mogi-Guaçu, Jarinu, Rio Claro, São Vicente, São Sebastião, Peruíbe, Caraguatatuba, Cubatão, Itanhaém.

ALFA RODOBUS: Já atua na cidade de São Paulo, no chamado lote D-13 (local de distribuição), da zona Oeste da capital paulista. Teve origem na cooperativa Cooperalfa. Antes de assumir a UPBus, a frota é de 148 ônibus que atendem a 90,3 mil passageiros por dia. Segundo a SPTrans (São Paulo Transporte), gerenciadora do sistema da cidade, a Alfa Rodobus foi a melhor colocada do grupo Local de Distribuição no Índice de Qualidade do Transporte (IQT) da autarquia.

EMPRESAS QUE SAEM:

TRANSWOLFF: A Transwolff possui 1.206 ônibus, a terceira maior frota da cidade ficando apenas atrás da Metrópole Paulista e da Sambaíba. É originária da cooperativa CooperPam. Tinha a responsabilidade de operar 133 linhas com 590 mil passageiros que utilizam diariamente.

UPBUS: A UpBus, empresa da zona Leste transporta 70 mil passageiros por dia em 13 linhas e 159 ônibus, que chegou a se chamar Qualibus, originária da garagem 2 da Associação Paulistana.

03 de abril de 2025: O secretário de Mobilidade, Celso Jorge Caldeira, em evento de entrega de 115 ônibus elétricos no Anhembi, garantiu na ocasião (03 de abril de 2025) que em cerca de 90 dias, da data da declaração, a transição seria finalizada e que haveria a assinatura final da transferência de contratos da UPBus para a Alfa Rodobus e da Transwolff para a Sancetur., Caldeira ainda reiterou que os pagamentos a fornecedores, funcionários e prestadores de serviços estariam assegurados.

Ubiratan teve prisão decretada novamente pela Justiça e se entregou, na zona Leste, no 50º Distrito (Itaim Paulista).

A suspeita é de que ele integra a organização criminosa que lavava dinheiro do PCC (Primeiro Comando da Capital) pelos transportes por ônibus na cidade de São Paulo.

A UPBus é uma das empresas que está deixando o sistema de transportes da cidade e sob intervenção da prefeitura desde 09 de abril de 2024, quando foi alvo da Operação Fim da Linha do Ministério Público de São Paulo. A companhia será substituída pela Alfa Rodobus, mas recorre na Justiça. A outra empresa, é a Transwolff, da zona Sul, que será substituída pela Sacentur, da família Chedid.

Transwolff e UPBus juntas transportam quase 700 mil passageiros por dia em 1,3 mil ônibus e mais de 130 linhas.

Ubiratan já havia sido preso duas vezes: no dia 09 de abri de 2024 quando a operação foi deflagrada, mas foi solto em 04 de junho de 2024, alegando problemas de saúde. Foi preso novamente em 20 de dezembro de 2024 e solto em 02de janeiro de 2025.

Na esteira das investigações sobre crime organizado e transportes, mas por outra operação, A Movebuss, empresa de ônibus originária de cooperativa de transportes da cidade de São Paulo, respondeu nesta segunda-feira, 07 de abril de 2025, à SPTrans (São Paulo Transporte), gerenciadora das linhas da capital paulista, que vai atender à recomendação feita pela gestora e romper relações comerciais com a empresa Patricia Soriano Transportes 293 EIRELI.

O Diário do Transporte obteve esta carta da Movebuss.

De acordo com a Operação Mafiusi, da Polícia Federal no Paraná, Patricia Soriano é irmã de Roberto Soriano, apontado como um dos cabeças do PCC (Primeiro Comando da Capital), e lavava dinheiro da facção criminosa no sistema de transportes da capital paulista. Patrícia e a defesa de Roberto negaram as acusações.

Ainda de acordo com as investigações, Patrícia Soriano recebeu quase R$ 228 mil da Movebuss.

A Operação Mafiusi desde 2024, apura suposto envolvimento de integrantes de facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), com a Ndrangheta, grupo mafioso da Calábria, no Sul da Itália.

Relembre:

Confira na íntegra o vídeo que o presidente afastado da UPBus, Ubiratan da Cunha, feito momentos antes de ser preso. MP aponta ligação de empresa com o PCC

Acusado se entregou à Polícia e disse que não é ligado ao crime organizado, que nunca lavou dinheiro na empresa de ônibus, que vai provar inocência e que não descumpriu ordens de restrição enquanto respondia em liberdade

ADAMO BAZANI

ELETRIFICAÇÃO:

Outro aspecto é a eletrificação. A Transwolff é considerada empresa piloto para implantação e ampliação dos ônibus elétricos na cidade.

Todas as fabricantes de ônibus elétricos, ainda mais no início das operações, testavam seus modelos na Transwolff para homologação (na verdade, o termo correto é aprovação, mas homologação é muito usado no mercado) pela SPTrans (São Paulo Transporte), gerenciadora do sistema.

Empresas ligadas a tecnologia e eletrificação que não atuam na operação direta dos ônibus da cidade de São Paulo, mas que têm experiência operacional, se interessam de perto pelo processo de substituição de companhias.

Entre as maiores fornecedoras de ônibus elétricos estão a chinesa BYD e a brasileira Eletra, de São Bernardo do Campo, do Grupo ABC, cujos sócios atuam na operação de linhas de transporte há mais de 100 anos e prestam serviços metropolitanos gerenciados pela EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos), pela NEXT Mobilidade, ligando o ABC à Capital, e municipais em São Bernardo do Campo, pela BR 7 Mobilidade.

16 de abril de 2025:

Foi transferido Para o Presídio de Segurança Máxima de Presidente Venceslau – 2, no interior de São Paulo, o presidente afastado da UPBus, empresa que atua na zona Leste de São Paulo, Ubiratan Antônio da Cunha, de 54 anos.

A prisão de Ubiratan na noite de 07 para 08 de abril de 2025, foi noticiada ainda nas primeiras horas do dia pelo Diário do Transporte. É a terceira vez que Ubiratan é preso no âmbito da Operação Fim da Linha. O presidente afastado da UPBus, Ubiratan Antônio da Cunha, de 54 anos, foi preso no dia 09 de abril de 2024 quando a operação foi deflagrada, mas foi solto em 04 de junho de 2024, alegando problemas de saúde. Foi preso novamente em 20 de dezembro de 2024 e solto em 02 de janeiro de 2025. Em 07 de abril de 2025, foi preso de novo ao se entregar à Polícia, após ter o direito de responder em liberdade suspenso pela Justiça sob a alegação que descumpriu medidas cautelares, como ter entrado na garagem de ônibus, o que ele negou.

Relembre:

No dia da terceira prisão, quando se entregou, Ubiratan gravou um vídeo pelo qual negou e disse que não há provas nem das acusações e nem de descumprimento de medidas cautelares.

MOVEBUSS:

O prefeito Ricardo Nunes comentou também nesta terça-feira, 08 de abril de 2025, a situação da Movebuss, outra empresa de ônibus na cidade de São Paulo cujo nome aparece em investigações que apuram supostas ligações do setor de transportes com o PCC.

Segundo prefeito, os indícios são apenas sobre empresa que prestava serviços para a Movebuss, a companhia de Patrícia Soriano, mas contra a viação em si não há nada ainda que tenha sido encontrado de regular. Por isso, a Movebuss fica no sistema, mas a prefeitura acompanha o andamento das investigações.

A Movebuss, empresa de ônibus originária de cooperativa de transportes da cidade de São Paulo, respondeu nesta segunda-feira, 07 de abril de 2025, à SPTrans (São Paulo Transporte), gerenciadora das linhas da capital paulista, que vai atender à recomendação feita pela gestora e romper relações comerciais com a empresa Patricia Soriano Transportes 293 EIRELI.

O Diário do Transporte obteve esta carta da Movebuss.

De acordo com a Operação Mafiusi, da Polícia Federal no Paraná, deflagrada ao longo de 2024, Patricia Soriano é irmã de Roberto Soriano, apontado como um dos cabeças do PCC (Primeiro Comando da Capital), e lavava dinheiro da facção criminosa no sistema de transportes da capital paulista. Patrícia e a defesa de Roberto negaram as acusações.

Ainda de acordo com as investigações, Patrícia Soriano recebeu quase R$ 228 mil da Movebuss.

A Operação Mafiusi desde 2024, apura suposto envolvimento de integrantes de facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), com a Ndrangheta, grupo mafioso da Calábria, no Sul da Itália.

Relembre:

TRANSUNIÃO:

A Transunião, que opera na zona Leste também, é citada na Operação Mafiusi, por suposta relação com membros do PCC, mas a companhia não recebeu nenhuma recomendação da prefeitura até abril de 2025.

Segundo a Polícia Federal, Jair Ramos de Freitas, conhecido como “Jair Cachorrão”, teve ligações com a empresa de ônibus e seria membro do PCC.  Em 2020, um ex-diretor da empresa foi assassinado a tiros na capital e, em 2022, Jair Cachorrão foi preso como um dos suspeitos.

Ainda de acordo com a Polícia Federal, Jair Cachorrão teve um aumento de patrimônio entre 2020 e 2021, passando de R$ 203 mil para R$ 2,5 milhões, um crescimento classificado como “exponencial” pelos investigadores. No total, Jair Cachorrão teria recebido mais de R$ 8,1 milhões da Transunião, sem notas fiscais.

A defesa nega todas as suspeitas apontadas pela Polícia Federal.

A PF diz que nas contas bancárias dele, encontrou uma movimentação financeira de mais de R$ 32 milhões entre 2020 e 2022. A maior parte desse valor teria a Transunião como origem, também sem notas fiscais

Os policias apontam que a renda de Jair cresceu entre 1.000% e entre 2020 e 2021, e que neste período o dinheiro movimentado foi bem maior do que ele declarou à Receita Federal.

EM PRIMEIRA MÃO: Linhas de ônibus na zona Leste de São Paulo mudam de empresas, após reclamações de passageiros, com promessa de redução de intervalos

SPTrans promete ampliar frota. Serviços que eram operados pela Transunião, que é citada em investigação da PF que apura suposta lavagem de dinheiro do PCC, vão ser atendidos pela Pêssego Transportes e Metrópole Paulista

ADAMO BAZANI

A região de São Mateus, na zona Leste de São Paulo, vai ter mudanças nas linhas de ônibus, com a promessa da prefeitura de reduzir intervalos e aumentar a frota em operação.

Após receber diversas reclamações de passageiros e avaliar os indicadores de desempenho da empresa Transunião, a SPTrans (São Paulo Transporte) vai repassar linhas que eram operadas pela companhia para outras viações.

A Transunião tem sido mal avaliada nos indicadores da qualidade da SPTrans.

A companhia, inclusive, é citada em investigação da Polícia Federal que apura suposta lavagem de dinheiro do PCC (Primeiro Comando da Capital). As mudanças de linhas não possuem relação com a operação, mas à qualidade dos serviços. – Veja mais abaixo.

De início, são duas linhas, mas a prefeitura não descarta mais alterações.

No dia 26 de abril de 2025, a linha 4056/10 (Pq. Boa Esperança – Term. São Mateus) será assumida pela Pêssego Transportes e; no dia 10 de maio de 2025, a linha 3033/10 (Guaianases – São Mateus) deixa de ser operada pela Transunião e será substituída pela linha 3063/10 (Guaianases – São Mateus), da Viação Metrópole Paulista.

VEJA COMO SERÃO AS MUDANÇAS:

4056/10: A partir de 26 de abril de 2025, a linha 4056/10 (Pq. Boa Esperança – Term. São Mateus) deixa de ser operada pela concessionária Transunião e o atendimento passará a ser feito pelas Pêssego Transportes. Segundo a SMT (Secretaria de Mobilidade Urbana e Transporte), a mudança visa trazer mais agilidade e rapidez na prestação do serviço. A SPTrans promete que irá reforçar a fiscalização das linhas para garantir que operação seja feita conforme exigido pela gestora, garantindo assim o atendimento adequado aos passageiros.

3033/10: A partir de 10 de maio de 2025, a linha 3033/10 (Guaianases – São Mateus) deixa de ser operada pela Transunião e será substituída pela linha 3063/10 (Guaianases – São Mateus), da Viação Metrópole Paulista.

Segundo a SPTrans, a linha 3063/10, da Metrópole, terá a frota ampliada de 12 para 25 veículos, com aumento da capacidade de lugares e redução de intervalos. Com a eliminação a 3033/10, a prefeitura diz que vai a sobreposição de itinerário entre essas duas linhas na Estrada do Iguatemi.

MAIS MUDANÇAS:

Em nota ao Diário do Transporte, a SMT (Secretaria de Mobilidade Urbana e Transporte) e a SPTrans (São Paulo Transporte) alertam. Se os indicadores de qualidade continuarem não atendendo ao exigido, mais transferências de linhas podem ser feitas

“Todas as mais de 1.300 linhas que operam na cidade de São Paulo passam por frequentes estudos para melhora na capacidade de operação. Uma vez que os indicadores não estejam de acordo com o exigido pela gestora, mudanças para garantir que os passageiros terão um transporte rápido e seguro serão feitas”.

OPERAÇÃO MAFIUSI

A Transunião, que surgiu da “Associação Paulistana G3”, opera na zona Leste, e é citada na Operação Mafiusi, da Polícia Federal, por suposta relação com membros do PCC.

As mudanças de linhas não possuem relação com a operação, mas à qualidade dos serviços.

De toda a forma, tem sido comum o fato de empresas que surgiram de cooperativas de transportes e são alvos de investigações, acabarem estando entre as que mais recebem reclamações. Duas delas, Transwolff, na zona Sul, e UPBus, na zona Leste, estão sendo retiradas da cidade e vão ser substituídas por outras duas companhias.

Quanto à Transunião, segundo a Polícia Federal, Jair Ramos de Freitas, conhecido como “Jair Cachorrão”, teve ligações com a empresa de ônibus e seria membro do PCC.  Em 2020, um ex-diretor da empresa foi assassinado a tiros na capital e, em 2022, Jair Cachorrão foi preso como um dos suspeitos.

Ainda de acordo com a Polícia Federal, Jair Cachorrão teve um aumento de patrimônio entre 2020 e 2021, passando de R$ 203 mil para R$ 2,5 milhões, um crescimento classificado como “exponencial” pelos investigadores. No total, Jair Cachorrão teria recebido mais de R$ 8,1 milhões da Transunião, sem notas fiscais.

A defesa nega todas as suspeitas apontadas pela Polícia Federal.

A PF diz que nas contas bancárias dele, encontrou uma movimentação financeira de mais de R$ 32 milhões entre 2020 e 2022. A maior parte desse valor teria a Transunião como origem, também sem notas fiscais

Os policias apontam que a renda de Jair cresceu entre 1.000% e entre 2020 e 2021, e que neste período o dinheiro movimentado foi bem maior do que ele declarou à Receita Federal.

EM COMUM, INVESTIGAÇÕES CRIMINAIS E INSATISFAÇÃO DOS PASSAGEIROS:

Empresas que surgiram de cooperativas e são investigadas por supostos envolvimentos com o PCC frequentemente aparecem entre as que recebem as piores notas do IQT (Índice de Qualidade do Transporte) da SPTrans e as que reúnem diversas reclamações de passageiros.

Além da Transunião, que aparece na Operação Mafiusi e teve as transferências de linhas informadas pela SPTrans em abril de 2025, figuram neste roll de “investigadas” e “de reclamadas”, a Transwolff, na zona Sul, com anúncio pela prefeitura de ser substituída pela Sancetur; e a UPBus, da zona Leste, com substituição pela Alfa Rodobus.

Além de serem objetos de investigações criminais, Transunião, Transwolff e UPBus têm em comum o alto índice de reclamações e insatisfação de usuários.

Em março de 2024, por exemplo, houve até um quebra-quebra no Terminal Varginha, na zona Sul, sob alegação de os passageiros estarem insatisfeitos com serviços da Transwolff, na região. Dias depois, a SPTrans anunciou a transferência de linhas da Transwolff para as empresas Mobibrasil e Viação Grajaú.

Relembre:

Linhas da Transwolff são transferidas para a Viação Grajaú e Mobibrasil na zona Sul de São Paulo após confusão e protesto no Terminal Varginha – CONFIRA QUAIS a partir de sábado (23)

Passadas algumas semanas, em 09 de abril de 2024, a Transwolff voltava aos noticiários, como uma das empresas investigadas pelo Ministério Público na Operação Fim da linha, por suposta ligação com o PCC.

O que você precisa saber sobre a intervenção da prefeitura na Transwolff e na UpBus após operação contra o crime organizado (Perguntas e respostas)

EXCLUSIVO: Empresas de ônibus da capital paulista investigadas por ligações com o PCC estão entre as piores avaliadas. Nunes participa de fórum contra Crime Organizado nesta segunda (14)

 

Transwolff e UPUbus, que estão deixando o sistema, e Transunião, com algumas linhas que vão ser transferidas para outras viações, estão entre as que lideram este ranking negativo

ADAMO BAZANI

Colaborou Arthur Ferrari

O prefeito Ricardo Nunes participa na noite desta segunda-feira, 14 de abril de 2025, do lançamento da Frente Nacional contra o Crime Organizado, na Câmara Municipal de São Paulo, na região central da capital.

E é justamente na área dos transportes por ônibus que investigações sobre o crime organizado mais resvalam na administração municipal.

As empresas de ônibus da capital paulista que surgiram de cooperativas de transportes e são citadas em investigações sobre supostas ligações com o PCC (Primeiro Comando da Capital) estão também entre as que prestam os piores serviços para os passageiros.

É o que revela levantamento exclusivo com base nos relatórios oficiais da SPTrans (São Paulo Transporte), que gerencia o sistema de ônibus da cidade, que trazem os resultados do IQIT (Índice de Qualidade do Transporte).

Transwolff, da zona Sul; e UPUbus, da zona Leste, que estão deixando o sistema, e Transunião, também da zona Leste, que vai ter algumas linhas transferidas para outras viações, estão entre as que lideram este ranking negativo.

A Transwolff e a UPBus foram alvos da Operação Fim da Linha, do Ministério Público do Estado de São Paulo, em 09 de abril de 2024. Desde então, a prefeitura fez uma intervenção nas companhias e agora, a Transwolff dará lugar para a Sancetur, da família Chedid, que atua no interior e litoral do Estado de São Paulo; e a UPBus terá o contrato transferido para a Movebuss, que surgiu de cooperativa, já atua na cidade, mas tem um bom resultado no IQT.

No IQT de março de 2025, já sob intervenção da prefeitura há quase um ano, a UPBus só conseguiu classificação regular e a Transwolff, regular em uma área de operação e boa em outra. Antes, teve notas até piores. Em março de 2024, poucos dias antes de o MP realizar a operação, houve um quebra-quebra promovido por passageiros no Terminal Varginha, na zona Sul, contra maus serviços da Transwolff. Dias depois, mas ainda antes da intervenção e da operação do MP, linhas da Transwolff foram repassadas pela SPTrans para duas outras empresas, a Grajaú e a Mobibrasil.

Já a Transunião, da zona Leste, é citada na Operação Mafiusi, de 2024, da Polícia Federal no Paraná, tem a situação pior ainda na questão da qualidade. A empresa chegou a ter classificação ruim no IQT da SPTrans no ano passado. Neste ano, melhorou, mas não passou do regular. Justamente alegando baixa qualidade dos serviços da Transunião, a SPTrans anunciou na semana passada que vai passar linhas da companhia para duas outras empresas: a Metrópole Paulista e a Pêssego Transportes.

É claro que um contexto geral deve ser analisado. As ex-cooperativas operam no chamado lote de distribuição local, na periferia, onde o viário e as condições de serviço são mais difíceis. A eletrificação que não avança por causa da infraestrutura da ENEL e a proibição da compra de ônibus novos a diesel, além da baixa disponibilidade de micro-ônibus elétricos no mercado, são fatores que explicam, porque, em geral, as viações que atuam nas periferias recebem as notas mais baixas.

Há companhias dos lotes de ônibus maiores (estrutural e articulação regional) que também são mal avaliadas, mas na média geral, são as ex-cooperativas, ainda as piores.

A empresa que mais recebeu avaliação ruim foi a A2, da zona

Sul, que surgiu de cooperativa e também atua em periferia, mas não aparece nestas duas investigações, por exemplo. A companhia atribuiu o resultado à dificuldade de renovação de frota porque há um ano a ENEL não faz as ligações nas garagens.

Mas a Transwolff, por sua vez, foi a primeira empresa a eletrificar a frota e serve como uma espécie de laboratório para a cidade testar novos modelos de ônibus elétricos.

EM COMUM, INVESTIGAÇÕES CRIMINAIS E INSATISFAÇÃO DOS PASSAGEIROS:

Empresas que surgiram de cooperativas e são investigadas por supostos envolvimentos com o PCC frequentemente aparecem entre as que recebem as piores notas do IQT (Índice de Qualidade do Transporte) da SPTrans e as que reúnem diversas reclamações de passageiros.

Além da Transunião, que aparece na Operação Mafiusi e teve as transferências de linhas informadas pela SPTrans em abril de 2025, figuram neste roll de “investigadas” e “de reclamadas”, a Transwolff, na zona Sul, com anúncio pela prefeitura de ser substituída pela Sancetur; e a UPBus, da zona Leste, com substituição pela Alfa Rodobus.

Além de serem objetos de investigações criminais, Transunião, Transwolff e UPBus têm em comum o alto índice de reclamações e insatisfação de usuários.

Em março de 2024, por exemplo, houve até um quebra-quebra no Terminal Varginha, na zona Sul, sob alegação de os passageiros estarem insatisfeitos com serviços da Transwolff, na região. Dias depois, a SPTrans anunciou a transferência de linhas da Transwolff para as empresas Mobibrasil e Viação Grajaú.

Relembre:

Linhas da Transwolff são transferidas para a Viação Grajaú e Mobibrasil na zona Sul de São Paulo após confusão e protesto no Terminal Varginha – CONFIRA QUAIS a partir de sábado (23)

Passadas algumas semanas, em 09 de abril de 2024, a Transwolff voltava aos noticiários, como uma das empresas investigadas pelo Ministério Público na Operação Fim da linha, por suposta ligação com o PCC.

O que você precisa saber sobre a intervenção da prefeitura na Transwolff e na UpBus após operação contra o crime organizado (Perguntas e respostas)


 

 

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes





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