Publicado em: 4 de setembro de 2025
Poder público deve contar com recursos do PAC e repassar veículos à iniciativa privada. Diário do Transporte mostrou que haverá redução no valor das verbas do Ministério das Cidades para 2026
ADAMO BAZANI
O prefeito de Salvador, Bruno Reis, anunciou na minha desta quinta-feira, 04 de setembro de 2025, que vai lançar uma licitação de aproximadamente RS 264 milhões para a compra de mais de 200 ônibus 0 km para o sistema de transportes coletivos.
Os veículos serão a diesel, do atual padrão Euro 6, e, entre outros itens, devem contar com ar-condicionado.
A declaração de Reis ocorreu na cerimônia de entrega a entrega de novas unidades habitacionais e Ecoponto no Mané Dendê.
A frota, segundo Reis, será repassada para a operação das empresas privadas
Em outra compra pública, que também vai contar com recursos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) devem ser inseridos ônibus de pequeno porte (micros e mídis) para o sistema alimentador operado por permissionários do STEC (Subsistema de Transporte Especial Complementar), conhecido pela população como amarelinhos.
“Hoje a gente solta a licitação para a compra de R$ 264 milhões em ônibus Euro 6, com ar-condicionado, os ônibus convencionais. Também vamos comprar os ‘amarelinhos’ como vocês conhecem, o STEC para os permissionários. Esses coletivos convencionais foram selecionados no PAC 1 e os ‘amarelinhos’ no PAC 2 , concluindo as negociações e as questões burocráticas”, disse Reis, em coletiva.
Como mostrou o Diário do Transporte, o Ministério das Cidades, que administra recursos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) para investimentos em áreas e serviços urbanos, deve perder recursos em 2026.
No projeto do Orçamento enviado ao Congresso pelo Governo Federal, a estimativa é de redução de 27% em comparação com a previsão orçamentária de 2025, o que representa cerca de R$ 5 bilhões a menos, mas os valores finais serão ainda definidos após a votação e a destinação das emendas parlamentares.
Relembre:
Bruno Reis também voltou a falar que quer implantar um sistema de transportes públicos por teleféricos na chamada área suburbana.
A estrutura deve ter 4,3 km de extensão e quatro estações Campinas de Pirajá, Pirajá, Mané Dendê e Praia Grande, com integração com o sistema de trens leves que está sendo implantado pelo governo do Estado entre bairro de Ilha de São João ao Comércio e região central, além de conexão com os ônibus. A previsão é de que o teleférico custe entre R$ 660 e R$ 690 milhões.
“Todo mundo que mora nesta região da cidade, porque eu vi gente preocupada com o final de linha do Rio Sena, se despreocupe. Os ônibus vão trazer de lá vocês pra aqui, para este terminal. Quem quiser ir lá para a região de Pirajá, quem quiser ir lá para o Itaigara, quem quiser ir pra Pituba, quem quiser ir lá para aquele novo centro comercial, vai pegar o teleférico aqui”, complementou Rei no evento.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes