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Prefeitura de Santo André (SP) se cala sobre linha de ônibus I-08, mas reclamações continuam e passageiros dizem se sentir desrespeitados com intervalos de uma hora – VÍDEO


Além disso, frota poderia ser melhorada. Diário do Transporte e Rádio ABC constataram que denúncias sobre serviços ruins são verídicas

ADAMO BAZANI

O VÍDEO DA RECLAMAÇÃO QUE GEROU A REPORTAGEM, VOCÊ VÊ AO FIM DO TEXTO E ESSE LOGO ABAIXO, DA REPORTAGEM NO AR APÓS A APURAÇÃO E CONSTATAÇÃO DOS MAUS SERVIÇOS, COM A PREFEITURA DE SANTO ANDRÉ SE CALANDO:

Antes de 8h desta segunda-feira, 09 de junho de 2025, o Diário do Transporte e a Rádio ABC receberam reclamações sobre os maus serviços da linha municipal de Santo André (SP) I-08 (Bairro Paraíso-Hospital Mário Covas/Jardim das Maravilhas), e logo em seguida já entraram em contato com a prefeitura para saber se há algum plano de melhoria. A linha tem um trajeto que liga os dois subdistritos da cidade e passa por estabelecimentos importantes como Hospital Mário Covas, Hospital Brasil, Estação de Santo André, os dois terminais centrais, o San’s Club, o Shopping ABC (antigo Mappin), Cemitério Camilópolis, entre outros.

Apesar de ter sobreposição de outras linhas, a I-08 traria (se fosse bem servida) comodidade ao “cliente – passageiro” por representar uma ligação direta e evitar que as pessoas precisem desembarcar no centro e pegar duas conduções para completar uma viagem.

Mas, apesar de diferentes contatos da reportagem, a gestão Gilvan Júnior não respondeu ainda.

A reportagem constatou nesta segunda-feira (09) in loco problemas como intervalos que superam 45 minutos em pleno horário de pico, tanto na manhã como na tarde e noite, uma hora nas demais faixas do dia, uma das frotas mais antigas da cidade em operação, entre outras dificuldades.

A linha é muito usada por idosos que têm gratuidade por causa dos estabelecimentos de saúde. Isso não pode ser um pretexto para dizer que a “linha não é rentável” porque possui um papel social, há remuneração por este serviço, e os transportes, do ponto de vista de gestão pública, precisam ser vistos como um papel social.

O espaço continua aberto.

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Planejamento, gestão e boa operação, além de uma frota com qualidade.

Não há muito segredo para uma linha de ônibus se tornar atrativa e até mesmo convencer para o uso do transporte público quem anda de veículo ou prefere outros meios, como mototáxi, que apesar de proibida em diversas cidades, está em ascensão.

É justamente o que não ocorre na linha I-08, em Santo André, no ABC Paulista, que liga os dois subdistritos da cidade, do Jardim das Maravilhas, ao Bairro Paraíso, passando por locais importantes como Hospital Mário Covas, Hospital Brasil, Estação de Santo André, os dois terminais centrais, o San’s Club, o Shopping ABC (antigo Mappin), entre outros.

Seria um serviço que, apesar de ser sobreposto por outras linhas, teria de tudo para ser um dos mais importantes do sistema municipal.

Mas os longos intervalos, inconstância na frequência e uma frota que poderia melhorar são fatores que afugentam usuários e geram reclamações.

Nesta segunda-feira, 09 de junho de 2025, por exemplo, a ouvinte Júlia, entrou em contato com a Rádio ABC e com o Diário do Transporte, se queixando da I-08.

O Diário do Transporte já vinha acompanhando a linha, operada pela Viação Vaz e gerenciada pela SATrans (Santo André Transporte), da prefeitura de Santo.

Nesta segunda-feira mesmo, constatou que, em algumas faixas de horário, o intervalo entre os ônibus chega a ser de uma hora. Muita coisa para uma linha interdistrital e que atende a estabelecimentos de saúde importantes.

O próprio aplicativo oficial do sistema de transportes de Santo André, o Ciitamobi, mostra: no horário perto do almoço, onde existe uma demanda de estudantes, paciente e trabalhadores que preferem fazer sua refeição em casa, o intervalo entre as partidas é exatamente de uma hora.

No sentido Jardim das Maravilhas – Mário Covas/Bairro Paraíso, uma partida é 10h16. A próxima, só 11h16 e depois, só meio dia e seis.

Nem mesmo nos horários de pico os intervalos são atrativos. Do Bairro Paraíso – Mário Covas para o Jardim das Maravilhas, uma partida é 5h30, a outra 6h15 e depois o ônibus só aparece 07h…se aparece …

No pico da tarde, a mesma coisa. Do Jardim das Maravilhas para o bairro Paraíso, uma das partidas programadas é para 17h11. A outra, 17h46 e a próxima fica só para 18h27.

O Diário do Transporte verificou, no entanto, que na prática, esses intervalos acabam sendo até maiores. O trânsito complicado no centro da cidade, ainda mais com as obras de revitalização do asfalto em curso, piora a situação.

Mas o problema é que tem pouco ônibus mesmo.

Na faixa das 20h30, que já sai do pico, mas não é tão tarde ainda e tem muita gente que trabalho no comércio e em hospitais que está ainda voltando para a casa, só tinha um ônibus em toda a linha. Só um veículo no sentido para o Mário Covas – Bairro Paraíso.

Quem estava no Hospital Mário Covas ou nas proximidades do Shopping ABC não poderia contar com a linha.

Além disso, o Diário do Transporte constatou que a frota não é das melhores.

O tamanho dos veículos é midibus (micrão), o que até dá conta para a demanda.

Mas os coletivos estão entre os mais antigos da cidade, alguns em torno de dez anos de uso.

Logo após a reclamação da ouvinte, ainda na manhã, antes de 8h desta segunda-feira (09) o Diário do Transporte e a Rádio ABC entraram em contato com a prefeitura de Santo André, mas até o fim da noite, não houve resposta.

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes





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