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Prefeitura de São Paulo apresenta 100 ônibus elétricos em 23 de janeiro de 2025, diz Nunes


Um dos 100 ônibus que serão apresentados: tecnologia BYD com carroceria Caio. para empresa Norte Buss

Nunes volta a usar valor que, segundo a ENEL, teria sido distorcido. Prefeito, além de responsabilizar a ENEL, também disse que as fabricantes não produziram a quantidade necessária

ADAMO BAZANI

Colaborou Yuri Sena

A prefeitura de São Paulo deve apresentar no próximo dia 23 de janeiro de 2025, 100 novos ônibus elétricos com baterias.

A informação é do prefeito Ricardo Nunes em entrevista a Joel Datena, no Brasil Urgente, da TV Bandeirantes, na noite desta sexta-feira (10).

“No dia 23 de janeiro de 2025, vamos entregar mais 100 ônibus elétricos para a cidade de São Paulo. A gente só está vendo o local e onde é que cabe esse ônibus, talvez ali no Pacaembu” – disse

Apesar da declaração em tom de otimismo, estes 100 novos ônibus vão ampliar para 391 unidades deste tipo de veículo, que se somam aos 201 trólebus, que são elétricos também, mas que funcionam conectados a fiação de energia aérea.

A frota elétrica, assim, ficaria em 501 ônibus, um número relevante, mas longe dos 2,6 mil coletivos deste tipo que eram estimados até dezembro de 2024, uma promessa no Plano de Metas da gestão anterior do prefeito Ricardo Nunes.

Como mostrou o Diário do Transporte, ao anunciar as metas para os 100 primeiros dias da atual gestação, apresentadas na data da posse em 1º de janeiro de 2025, Ricardo Nunes prometeu que neste período de 100 dias iniciais, seriam 215 ônibus elétricos a mais, o que elevaria a frota para cerca de 660 ônibus com bateria e aproximadamente 800 elétricos.

Relembre:

Entre os maiores entraves, mas não o único, está a falta de infraestrutura nas garagens e, principalmente, na rede de distribuição de energia da ENEL, que na maior parte da cidade é de baixa ou média tensão, sendo que o ideal para frotas acima de 50 ônibus elétricos é que seja de alta tensão.

Na entrevista deste 10 de janeiro de 2025, Nunes comentou o atraso e citou o valor de R$ 1,6 bilhão que teria sido cobrado pela ENEL para implantação de infraestrutura.

“Agora, por que não conseguimos avançar do jeito que gostaríamos? A ENEL nos cobrou 1,6 bilhão de reais para fazer a infraestrutura, os locais para carregar. Então, estávamos nessa discussão com a ENEL, que tem sido um problema para a cidade. É uma empresa péssima, que só traz problema para o povo aqui de São Paulo”. – disse o prefeito.

O Diário do Transporte, em março de 2024, já havia noticiado que Nunes na ocasião comentou este valor de R$ 1,6 bilhão. Mas em resposta à fala do prefeito, na época, pela alegação da ENEL, teria havido por parte de Nunes uma distorção do número, uma vez que se refere a somatória de todas as possibilidades de orçamento apresentados pela distribuidora, mas que nem todos seriam escolhidos.

Para cada garagem / Operador foram apresentados diversos tipos de soluções (tanto soluções de rede elétrica externa, provida pela Enel Distribuidora, quanto soluções para os carregadores e acessórios internos às garagens, pela Enel X). Cabe destacar que o valor mencionado de R$ 1,6 bilhão não está correto, pois soma os valores de todas as alternativas até aqui analisadas e não apenas aquelas efetivamente escolhidas pelo Operadores de ônibus (o que ainda está pendente de definição) – disse a ENEL, na ocasião, em nota.

Relembre:

O prefeito, além de responsabilizar a ENEL, também disse que as fabricantes não produziram a quantidade necessária.

“Além disso, faltou que as empresas e indústrias tivessem a produção necessária. Agora, temos 6 bilhões de reais para a aquisição dos ônibus, então o recurso está garantido, a indústria fornecendo e a ENEL fazendo a infraestrutura, vamos substituir nossos ônibus, e a cidade de São Paulo continuará sendo um exemplo para o Brasil e para o mundo, como uma cidade que se preocupa com o meio ambiente, com a resiliência e com as mudanças climáticas”

Enquanto a troca de ônibus não avança na cidade de São Paulo, como mostrou o Diário do Transporte, a SPTrans (São Paulo Transporte), que gerencia o sistema municipal, permitiu que os modelos a diesel que deveriam ser trocados em 2025 continuem um ano a mais, elevando para 13 anos a idade máxima tolerada. Pelos contratos originais, o limite seria de 10 anos, que já foi ampliado para 12 anos e, agora, 13 anos.

Relembre:

Desde 17 de outubro de 2022, as empresas da cidade de São Paulo estão proibidas de comprar ônibus a diesel. Mas diante das dificuldades de eletrificação, a frota está envelhecendo sem poder ser trocada.

Diante disso, o ex-presidente da Câmara Municipal, Milton Leite, muito ligado ao setor de transportes, conseguiu em tempo recorde em dezembro de 2024 aprovar um projeto de lei que, permite a volta da compra de ônibus a diesel.

Nunes deve sancionar.

Relembre:

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes





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