Publicado em: 2 de dezembro de 2024
COP será instalado em uma área de 3.183 m² dentro do complexo Santa Rita e contará com uma rede de dutos para transmissão de dados da gerenciadora do transporte da capital
ALEXANDRE PELEGI
A Secretaria Municipal de Mobilidade e Trânsito (SMT) e a Secretaria Executiva de Transporte e Mobilidade Urbana (SETRAM) da Prefeitura de São Paulo publicaram nesta segunda-feira, 05 de dezembro de 2024, as notificações de adjudicação dos contratos para o novo Centro de Operações (COP) do sistema de transporte público da cidade.
O COP será instalado no Complexo Santa Rita e contará com uma rede de dutos para transmissão de dados da SPTrans.
O Novo Centro de Operações da SPTrans funcionará em uma área de 3.183 m² dentro do complexo Santa Rita
Dois contratos foram adjudicados.
GERENCIAMENTO
O primeiro, de nº 10/SMT.SETRAM/2024, se refere a serviços especializados de gerente de projeto para acompanhamento técnico e supervisão socioambiental das instalações do COP. O consórcio Concremat-Anton foi selecionado pelo Menor Custo, com proposta de R$ 4,8 milhões (R$ 4.857.517,12), com validade por 18 meses.
O consórcio é formado pelas empresas formado pelas empresas Concremat Engenharia e Tecnologia e Anton Engenharia e Urbanismo. A segunda proposta no certame foi apresentada pelo Consórcio TUV Rheinland-Encibra (formado pelas empresas Tüv Rheinland Ductor e Encibra S.A. Estudos e Projetos de Engenharia) , no valor de R$ 5.708.808,59.
Como mostrou o Diário do Transporte, a SPObras lançou em 18 de maio de 2023 um aviso de solicitação de Manifestação de Interesse para a contratação de empresa de consultoria para a execução dos serviços técnicos profissionais especializados de apoio ao gerenciamento do projeto do corredor BRT, parcialmente financiada pelo BIRD – Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (Banco Mundial).
OBRAS E IMPLANTAÇÃO
O segundo contrato, nº 11/SMT.SETRAM/2024, será assinado com o Consórcio X4-IVR, formado pelas empresas: Mendes Holler Engenharia Comércio e Consultoria (Líder), Almeida França Engenharia e Solidata Informática e Telecomunicação, destinado à instalação do COP.
O X4-IVR foi o único participante do certame.
No valor de R$ 84,5 milhões (R$ 84.551.270,06), com prazo de 18 meses, a contratação inclui, entre outros, Serviços Especializados de Engenharia para Desenvolvimento de Projeto Executivo, Execução da Obra, Aquisição de Servidores, Computadores, Monitores, Hardware, Serviços de Telecomunicação, Software, Dispositivos ou Serviços de Armazenamento, Mobiliário e acessórios diversos necessários para o seu funcionamento e Instalação da Rede de Dutos para Transmissão de Dados – RTD.
As notificações foram enviadas por e-mail aos representantes das empresas vencedoras. O próximo passo é a assinatura dos contratos e a apresentação das garantias de execução.
A construção do COP é um passo importante para a modernização do sistema de transporte público da capital paulista. O complexo permitirá o monitoramento e controle em tempo real de toda a operação, com o objetivo de melhorar a eficiência e a qualidade dos serviços.
BANCO MUNDIAL
O projeto do COP está inserido no projeto de implantação do BRT Aricanduva para efeitos de financiamento do Banco Mundial.
A Prefeitura da capital assinou um Acordo de Empréstimo junto ao Banco para a realização do Projeto do Corredor de Trânsito Rápido de Ônibus e pretende aplicar parte dos recursos em Serviços de Consultoria.
O Projeto Corredor BRT Aricanduva visa melhorar a acessibilidade a empregos para os usuários de transporte público socialmente vulneráveis na área de influência de seus cerca de 14 quilómetros, e aumentar a eficiência operacional do sistema de ônibus da cidade de São Paulo, com a implantação de um Centro de Controle Operacional.
Como mostrou o Diário do Transporte, a prefeitura adiou a licitação do BRT Aricanduva no dia 01º de outubro. Relembre:
Prefeitura adia licitação do BRT Aricanduva, zona Leste de São Paulo
BRT ARICANDUVA
O corredor de ônibus de maior velocidade na zona Leste da capital paulista deve ter 13,6 km de extensão entre o cruzamento das avenidas e Radial Leste e Aricanduva, seguindo pelas avenidas Aricanduva e Ragueb Chohfi, até o Terminal São Mateus da EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos).
O projeto BRT Corredor Aricanduva prevê atender 290 mil passageiros por dia numa extensão de 13,6 quilômetros.
O corredor terá cobrança desembarcada, como no metrô. As estações serão construídas no nível do piso do ônibus para facilitar e tornar mais rápidos e acessíveis o embarque e desembarque. Tais características proporcionam aumento da velocidade média dos ônibus, ganhos de tempo de viagem e redução de custos operacionais.
Em ambos os lados do Rio Aricanduva, entre as pistas sentido bairro e centro, o projeto prevê a construção de ciclovia e calçada, que será totalmente revitalizada atendendo as normas de acessibilidade vigentes.
Além disso, o corredor também contará com sinalização semafórica inteligente, com a implantação da fibra óptica em toda sua extensão, que permitirá maior fluidez aos ônibus em seu horário de pico. Os semáforos inteligentes são capazes de monitorar o volume e o fluxo de tráfego para, então, definir o tempo de duração dos sinais verde e vermelho, dando preferência ao transporte público. A captação das informações sobre o comportamento do trânsito ajudará a definir os intervalos que os semáforos vão operar, contribuindo para a agilidade dos trajetos.
O projeto será parcialmente financiado pelo Banco Mundial, sendo US$ 97 milhões provenientes da entidade e outros US$ 24,25 milhões em contrapartidas da Prefeitura, totalizando US$ 121,25 milhões, aproximadamente.
Alexandre Pelegi, jornalista especializado em transportes