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Prefeitura de São Paulo assina nesta quinta (18) pré-contratos com os consórcios que vão executar os quatro lotes das obras


Após o recolhimento da garantia de execução contratual, negócio é formalizado. Sistema deve atender a quase 300 mil pessoas por dia

ADAMO BAZANI

A Prefeitura de São Paulo informou que assinou nesta quinta-feira, 18 de dezembro de 2025, os acordos contratuais com os consórcios que serão responsáveis pelas obras dos quatro lotes das obras do BRT Aricanduva, na zona Leste.

A gestão Ricardo Nunes explicou, em nota ao Diário do Transporte, que este tipo de assinatura é como se fosse uma espécie de “pré-contrato”, um procedimento p previsto no Regulamento de Aquisições do Banco Mundial, agente financiador da obra.

Após o recolhimento da garantia de execução contratual, o negócio é formalizado.

Os consórcios informaram à Prefeitura que já providenciam este recolhimento.

O sistema deve atender a quase 300 mil pessoas por dia. Serão 13,6 km de extensão, o BRT Aricanduva terá início na intersecção da Avenida Radial Leste com a Avenida Aricanduva, seguirá acompanhando o traçado do Rio Aricanduva e, posteriormente, da Avenida Ragueb Chohfi, até a região do Terminal São Mateus da EMTU, nas proximidades da Praça Felisberto Fernandes da Silva.

Os valores dos contratos de cada lote variam entre R$ 131,4 milhões e R$ 181,4 milhões.

Os documentos foram assinados nos seguintes termos:

Lote 1
Valor: R$ 172.666.328,69
Vencedor: Consórcio DPE Aricanduva (DP Barros / Paulitec / Era Técnica)

Lote 2
Valor: R$ 181.451.952,62
Vencedor: Consórcio DPE Aricanduva (DP Barros / Paulitec / Era Técnica)

Lote 3
Valor: R$ 161.293.111,22
Vencedor: Consórcio FAK Aricanduva (FBS / Kamilos / Casamax)

Lote 4
Valor: R$ 131.455.650,42
Vencedor: Consórcio SHA Mobilidade Aricanduva (Souza Compec / Heca / Arvek)

Na nota enviada ao Diário do Transporte, a prefeitura traz algumas das principais características do corredor que foi anunciado, em gestão anteriores, há quase 20 anos.

Com 13,6 km de extensão, o BRT Aricanduva terá início na intersecção da Avenida Radial Leste com a Avenida Aricanduva, seguirá acompanhando o traçado do Rio Aricanduva e, posteriormente, da Avenida Ragueb Chohfi, até a região do Terminal São Mateus da EMTU, nas proximidades da Praça Felisberto Fernandes da Silva. O empreendimento beneficiará diretamente cerca de 290 mil passageiros por dia e aproximadamente 1 milhão de pessoas de forma indireta.

Integração e mobilidade
O BRT Aricanduva será um componente essencial da malha de transporte público paulistana, promovendo integração entre diferentes modais. O corredor fará conexão com a Linha 3–Vermelha do Metrô, as Linhas 11–Coral e 12–Safira da CPTM, a futura extensão da Linha 2–Verde do Metrô, a Linha 15–Prata do Monotrilho, além dos corredores de ônibus Radial Leste e Itaquera.

Implantado no sistema BRT (Bus Rapid Transit), o corredor contará com pistas no canteiro central em pavimento rígido (concreto), faixas de ultrapassagem nas paradas, pavimento flexível (asfalto) nas demais faixas, além de ciclovia e passeios acessíveis.

Estações modernas e acessíveis
Serão implantadas 46 estações de embarque e desembarque, com espaçamento médio de 600 metros. As estações serão fechadas, possibilitando a cobrança de tarifa fora do ônibus, e contarão com portas automáticas, banheiros, sistema de combate a incêndio, rotas de fuga e acesso à internet via Wi-Fi. As plataformas terão acessibilidade plena, com piso tátil, rampas e embarque em nível, além da implantação de Salas de Apoio Operacional (SAP) em cada estação.

Operação com sistemas inteligentes
O projeto prevê a implantação de um avançado Sistema Inteligente de Transporte (ITS), com monitoramento contínuo de todo o corredor. A tecnologia permitirá a supervisão em tempo real da operação dos ônibus e do tráfego, garantindo mais eficiência e redução do tempo de espera dos passageiros.

Entre os recursos previstos estão a bilhetagem desembarcada, informações em tempo real aos usuários sobre horários e eventuais ocorrências, portas de plataforma automatizadas compatíveis com diferentes tipos de ônibus, além de sistemas de sonorização e avisos visuais.

O sistema de CFTV com vídeos analíticos reforçará a segurança nas estações, auxiliando na prevenção de crimes e no combate ao assédio, especialmente contra mulheres. A geração de dados estatísticos em tempo real também vai apoiar a tomada de decisões e o aprimoramento contínuo do serviço.

Sustentabilidade, ciclovia e paisagismo
As estações contarão com placas solares, promovendo economia energética. O corredor terá ainda sinalização semafórica inteligente, interligada por fibra ótica ao Centro de Controle Operacional do Corredor (COP).

O projeto inclui a implantação de ciclovia e passeio acessível ao longo de todo o trajeto, em ambos os lados do Rio Aricanduva, além de tratamento paisagístico e urbanístico. Para reforçar a segurança dos ciclistas, serão instalados totens com botões de emergência, câmeras e comunicação direta com as estações e a central de controle.

Com esse conjunto de intervenções, o BRT Aricanduva representa um avanço significativo na mobilidade urbana da zona leste, promovendo integração, eficiência, segurança e qualidade de vida para a população.

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes



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