Publicado em: 24 de julho de 2025
Gestão municipal também negocia com governo Tarcísio mesmo efetivo de Policiais Militares da Operação Delegada. Outras depredações ocorreram nesta quinta-feira e somente na capital, já são cerca de 550 coletivos vandalizados e mais de mil em todo o Estado
ADAMO BAZANI
AO DIÁRIO DO TRANSPORTE, O SECRETÁRIO DE SEGURANÇA URBANA DA CIDADE DE SÃO PAULO, ORLANDO MORANDO, EXPLICA QUE OS AGENTES DA GCM VÃO ATUAR DENTRO DOS ÔNIBUS, MAS NÃO SOMENTE NOS VEÍCULOS. HAVERÁ A PRESENÇA DA GUARDA EM PONTOS E SAÍDAS DAS GARAGENS
OUÇA:
VEJA O REPÓRTER ADAMO BAZANI NO PROGRAMA DE JOSÉ LUIZ DATENA, NA REDE TV e, abaixo do vídeo, a reportagem sobre a GCM nos ônibus e as imagens do carro a serviço da CDHU em depredações
A partir desta sexta-feira, 25 de julho de 2025, a prefeitura de São Paulo coloca 200 agentes GCM – Guarda Civil Metropolitana para dentro dos ônibus em linhas, locais e empresas onde até agora ocorreram mais ataques.
Outras depredações ocorreram nesta quinta-feira e somente na capital, já são cerca de 550 coletivos vandalizados e mais de mil em todo o Estado, considerando também os intermunicipais metropolitanos gerenciados pela Artesp (ex-EMTU), os municipais das cidades vizinhas da capital paulista, e do Litoral, onde também ocorreram casos.
Ao Diário do Transporte, o Secretário de Segurança Urbana da cidade de São Paulo, Orlando Morando, explica que os agentes da GCM vão atuar dentro dos ônibus, mas não somente nos veículos. haverá a presença da guarda em pontos e saídas das garagens
OUÇA:
“A partir de sexta-feira, a GCM, com 200 agentes, estará atuando dentro dos ônibus, buscando priorizar e restabelecer a tranquilidade e a segurança para os usuários, para os motoristas, dentro do transporte coletivo da cidade de São Paulo. As linhas não serão divulgadas por uma questão estratégica, mas com certeza a atuação da GCM da cidade de São Paulo vai colaborar para que estes ataques sejam cessados e que eventuais criminosos possam ser presos. Serão 200 agentes trabalhando desde a saída das garagens, subindo em pontos de ônibus de pontos diversos da cidade de São Paulo, exatamente para que a gente possa garantir a tranquilidade no transporte coletivo.” – disse Orlando Morando.
Em nota, a prefeitura de São Paulo também informou que não vai detalhar os locais e linhas com os GCMs por razões estratégicas. Ainda de acordo com a administração municipal, cerca de 50 viaturas da guarda, além da PM, já reforçam as rondas nas principais vias atendidas pelos ônibus.
A Prefeitura de São Paulo informa que um efetivo de 200 agentes da Guarda Civil Metropolitana (GCM) reforçará, já a partir desta sexta-feira (25), a segurança do transporte público municipal. Os agentes atuarão dentro dos ônibus em locais com registros de ataques a coletivos. Além disso, os guardas darão apoio na saída das garagens e também ao longo do percurso das linhas, que, por razões estratégicas, não serão divulgadas. O uso de policiais da Operação Delegada para essa finalidade está em discussão com a Polícia Militar. A Prefeitura ressalta que a GCM já tem atuado no patrulhamento das vias mais atingidas por ocorrências com a destinação de 50 viaturas exclusivas para rondas nesses locais, e a PM também reforçou o policiamento em vias estratégicas.
Além disso, como já havia noticiado o Diário do Transporte, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, negocia com governador Tarcísio de Freitas efetivo semelhante, de 200 Policiais Militares da Operação Delegada, que atuarão nas folgas também dentro dos ônibus.
Relembre:
CARRO A SERVIÇO DA CDHU:
O Diário do Transporte obteve imagens de monitoramento mostram o carro Virtus branco a serviço da CDHU usado nos ataques a ônibus em São Paulo e no ABC, com presença constante ao longo do Corredor ABD “de trólebus”.
Para chegar ao servidor da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano), o motorista Edson Aparecido Campolongo, 68 anos, que confessou 18 ataques a ônibus, sendo 16 apenas no ABC, a Polícia Civil usou uma série de provas materiais.
Entre elas, imagens de monitoramento dos próprios ônibus, de trânsito, de vias públicas e de estabelecimentos comerciais, com as quais foi possível, além de obter prova material, estabelecer padrões de horários e rotas.
Estas imagens mostram, entre outras características, uma presença constante ao longo do Corredor Metropolitano ABD, de ônibus e trólebus, sistema operado pela empresa NEXT Mobilidade, de 33 km que liga o Jabaquara, na zona Sul da cidade de São Paulo, a São Mateus, na zona Leste, passando pelas cidades de Diadema, São Bernardo do Campo, Santo André e Mauá (Terminal Sônia Maria), além de uma extensão de 15 km, entre Diadema e o Brooklin, na zona Sul da cidade de São Paulo.
(VEJA AS IMAGENS NO LINK)
Imagens de monitoramento mostram Virtus a serviço da CDHU usado nos ataques a ônibus em São Paulo e no ABC, com presença constante ao longo do Corredor ABD “de trólebus”
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes