Publicado em: 17 de outubro de 2025
Segundo Gustavo Petro, a montagem local de ônibus elétricos será estratégica para Colômbia ser exportadora para a América Latina e ainda anunciou 4 bilhões de pesos colombianos para financiar troca de modelos a diesel por elétricos nos transportes públicos
ADAMO BAZANI
A Colômbia quer se tornar uma das principais exportadoras de veículos elétricos para a América Latina e promete uma produção local de 130 mil unidades, entre ônibus, carros e caminhões a bateria e híbridos plug-in.
O anuncio foi feito nesta sexta-feira, 17 de outubro de 2025, pelo presidente Gustavo Francisco Petro Urrego, que comentou sobre o primeiro modelo de ônibus elétrico articulado montado no País numa parceria entre chinesa BYD e a local Superpolo, encarroçadora com capital brasileiro da Marcopolo, localizada em Cota, Cundinamarca.
Segundo Gustavo Petro, a montagem local de ônibus elétricos será estratégica para Colômbia ser exportadora para a América Latina. O presidente ainda anunciou 4 bilhões de pesos colombianos para financiar troca de modelos a diesel por elétricos nos transportes públicos (em conversão por reais, para uma noção, o valor seria em torno de R$ 565,2 milhões)
“Nos acordos firmados com a ajuda do meu governo, produziremos até 130.000 veículos elétricos e híbridos plug-in anualmente, com empresas como Renault, Hino e BYD, com altos níveis de exportação. Alterei as regras tarifárias e reservei reservas futuras de até mais de quatro bilhões de pesos para que grandes cidades colombianas substituam seus sistemas de transporte público por veículos elétricos” – disse na postagem. (mais abaixo, veja na íntegra).
A carroceria do veículo demonstrado pelo presidente é modelo Attivi, com configuraçãoexigida pelo principal sistema de corredores de ônibus BRT da Colômbia, o Transmilênio, de Bogotá
O coletivo já tinha sido apresentado em julho de 2025, quando a fabricante chinesa anunciou que o modelo já vai contar com baterias do tipo Blade, que segundo a marca, têm 1/3 a mais de autonomia que as versões anteriores e carregam por completo na metade do tempo, além de serem mais leves e pouparem espaço nos ônibus, ampliando a capacidade em 10 passageiros por carroceria.
O Diário do Transporte esteve em agosto na planta da BYD em Campinas, no interior de São Paulo, conhecendo a nova bateria que vai ser implantada nos ônibus brasileiros. As primeiras serão para os veículos articulados com a nova carroceria Caio e-Millennium BRT, que fazem parte do projeto do prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes, chamado “corredores verdes”, que além de incorporarem apenas ônibus elétricos, terão paradas com energia solar, maior área de vegetação urbana e ajardinamento, além de reaproveitamento de água de chuva.
Relembre:
Na postagem, o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, promete impulsionar a eletrificação dos transportes por ônibus também fomento parcerias entre diferentes fabricantes no País.
VEJA ABAIXO O TEXTO DO PRESIDENTE DA COLÔMBIA E, EM SEGUIDA, MAIS FOTOS:
Os chineses e japoneses travaram uma guerra terrível, da qual ainda restam feridas.
Aqui em Cota, Cundinamarca, alcançamos um feito.
Reunimos mulheres chinesas e japonesas, executivas de suas principais montadoras: Hinno e BYD, e unimos forças com engenheiros e trabalhadores colombianos para produzir o primeiro veículo, único pelo menos na América Latina.
Um ônibus articulado totalmente elétrico para a linha principal, no estilo Transmilenio.
Não apenas unindo velhos inimigos, mas por meio do trabalho colaborativo, que coloca a Colômbia na difícil tarefa de se industrializar, não no final da fila, mas na vanguarda, de aumentar a porcentagem de peças de veículos nacionais e de se colocar na vanguarda das tecnologias, não apenas para resolver problemas locais em nossa sociedade, como a alta poluição do ar em nossas cidades, que literalmente mata crianças, mas também para contribuir para a mitigação da crise climática, que é o principal problema da humanidade.
Nos acordos firmados com a ajuda do meu governo, produziremos até 130.000 veículos elétricos e híbridos plug-in anualmente, com empresas como Renault, Hino e BYD, com altos níveis de exportação.
Alterei as regras tarifárias e reservei reservas futuras de até mais de quatro bilhões de pesos para que grandes cidades colombianas substituam seus sistemas de transporte público por veículos elétricos.
Os ônibus elétricos que substituirão os ônibus a diesel e a gasolina já serão produzidos na Colômbia. Esse dinheiro financiará a demanda, o que impulsionará ainda mais nossa indústria nacional. Esperamos que Bogotá dê o primeiro passo.
Soube que, na parte ocidental do país, avançaremos para a produção de aço plano; isso é essencial para a industrialização.
Objetivo: Ser o principal nicho de produção de veículos elétricos na América Latina. O objetivo da mudança do governo
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes
