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Primeiro semestre de 2025 teve 21 ônibus incendiados. Na série histórica, 23 pessoas morreram e prejuízos equivalem a 212 km de BRTs – Diário do Transporte citou externalidades


Dados são da NTU, associação que representa as viações. Entidade também alerta para ataques, como os revelados pelo Diário do Transporte, em São Paulo

ADAMO BAZANI

O Brasil poderia ter 212 km a mais de corredores de alta capacidade de transportes (BRTs – Bus Rapid Transit) ou 1497 ônibus articulados, superarticulados ou biarticulados zero km pelo mesmo valor que os prejuízos gerados pelos incêndios a ônibus.

A constatação está num levantamento organizado pela NTU (Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos), entidade que reúne mais de mil companhias de transportes pelo País, divulgado nesta quarta-feira, 06 de agostos de 2025, e se refere a série histórica entre 1987 e 2025, período no qual, foram incendiados, 4919 ônibus. Os prejuízos foram de R$ 2,3 bilhões nesta série histórica.

Somente no primeiro semestre de 2025, foram incendiados 21 ônibus, causando prejuízos de quase R$ 10 milhões, entre reparos de danos parciais ou necessidade de repor os ônibus que sofreram perdas totais.

O mais grave, entretanto, é o risco a que as pessoas são submetidas.

Ainda de acordo com o levantamento, neste período histórico, entre 1987 e primeiro semestre de 2025, por causa dos incêndios, 23 pessoas morreram e 80 ficaram feridas com gravidade.

A média histórica é de um incêndio a cada seis dias. No primeiro semestre de 2025, a média foi de um ônibus a cada oito dias.

Trata-se de um problema majoritariamente de segurança pública que afeta a mobilidade, ou seja, é a chamada externalidade ao sistema.

Os dados divulgados pela entidade máxima representativa das viações reforçam artigo do Diário do Transporte que, na segunda-feira, 04 de agosto der 2025, ao falar da importância do jornalismo factual (hardnews) na cobertura dos interesses do setor de transportes, debateu justamente as externalidades, destacando que, ao reportar casos que parecem “pequenos” e “isolados”, com responsabilidade, a mídia, principalmente a especializada, ajuda a construir entendimentos e soluções para situações mais amplas.

Relembre:

Além dos incêndios, outras formas de violência têm preocupado o setor de transportes. Entre estas, a série de sequestros a ônibus no Rio de Janeiro que são usados como barricadas por bandidos no Rio de Janeiro e os misteriosos, até então, ataques a ônibus na capital paulista, Grande São Paulo e Litoral, que foram revelados e são acompanhados pelo Diário do Transporte. Entre 12 de junho de 2025 e esta quarta-feira, 06 de agosto de 2025, foram cerca de 600 ônibus municipais apenas na capital paulista atingidos a pedradas ou bolinhas de gude, de acordo com a gerenciadora local, SPTrans (São Paulo Transporte). Considerando outros sistemas em todo o Estado de São Paulo, são mais de mil coletivos atacados no mesmo período.

Apesar de ser em São Paulo, o caso nacionalmente é tão levado a sério pelo setor, que o tema norteia uma edição especial da Revista da NTU, já que, pode se repetir em qualquer parte do País.

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes





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