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Projeto que transforma BRT em VLT no Rio de Janeiro é aprovado em 1ª discussão na Câmara, que considera “bonde digital com pneus”


Bonde com pneus sendo testado na região metropolitana de Curitiba

Secretária de transportes da cidade disse em audiência pública que estudo do BNDES mostra ser mais vantajosa conversão de meios de transporte que criação de novas linhas

ADAMO BAZANI

Foi aprovado em primeira discussão na Câmara Municipal do Rio de Janeiro nesta quinta-feira, 16 de outubro de 2025, o Projeto de Lei Complementar nº 56/2025, encaminhado pela prefeitura, que propõe transformar os corredores de ônibus de maior capacidade (BRT – Bus Rapid Transit) Transcarioca e Transoeste em sistemas de Veículos Leves sobre Trilhos (VLT) ou tecnologia similar.

Foram 37 votos favoráveis e três contrários. A matéria deve passar por uma segunda votação antes da sanção ou veto por parte do prefeito Eduardo Paes.

Antes da aprovação em primeira discussão na Câmara da cidade do Rio de Janeiro, foi realizada uma audiência pública para aprofundar a ideia da gestão municipal.

Na apresentação, a secretária municipal de Transportes, Maína Celidonio, disse que um estudo do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) mostrou previamente ser mais vantajosa conversão de meios de transporte que criação de novas linhas.

Isso porque, segundo a secretária, seria aproveitada a infraestrutura do trajeto da “calha” onde estão implantados os BRTs e porque já se tem uma estimativa de demanda de passageiros.

“Os investimentos são mais altos, mas a qualidade é maior e perdura por mais tempo. A vida útil de um ônibus é menor que a de um trem (…) A conversão em VLT seria mais viável porque os corredores já possuem calhas e áreas desapropriadas, o que permite uma execução mais ágil (..) Só se sustenta uma conversão quando se conhece a dinâmica e a demanda. Temos dois corredores consolidados, o que nos dá tranquilidade técnica”, disse Maína Celidonio na audiência.

O BRT Transcarioca conta com os terminais Alvorada e Fundão, 45 estações e capacidade para transportar 16 mil passageiros por hora em cada sentido. Já o Transoeste, formado pelos terminais Santa Cruz, Mato Alto, Pingo d’Água, Curral Falso, Alvorada e Jardim Oceânico, possui 41 estações e a mesma capacidade estimada de transporte.

O não conhecimento da demanda consolidada dos BRTs Transolímpica e Transcarioca foi o motivo apontado pela secretária quando foi questionada por que o sistema não foi incluído no projeto de conversão do sistema de ônibus para bondes.

“A operação da Transolímpica ainda está amadurecendo, e esperamos crescimento da demanda com o tempo. No caso da Transbrasil, seria precipitado iniciar um novo ciclo de obras, já que o corredor foi inaugurado recentemente”, a secretária que, segundo a Câmara, citou também uma parceria com a distribuidora de energia Light para há estudos sobre o uso de subestações com sobra de energia ao VLT.

Na mesma audiência, o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Osmar Carneiro, ainda apresentou a proposta do VLT de São Cristóvão, com cinco paradas e 5,2 km de extensão em via dupla.

Temos a vantagem de integrar o Pavilhão de São Cristóvão, a Quinta da Boa Vista e o Museu Nacional com a estação do VLT de São Cristóvão, o metrô, o trem e os ônibus”  – disse

BONDE DIGITAL COM PNEUS NO LUGAR DE VLT:

O secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Osmar Carneiro, segundo a Câmara, também mencionou a possibilidade de optar por um sistema de “bonde digital com pneus” no lugar do VLT.

 “Visitamos as duas únicas fábricas do mundo com essa tecnologia, na China. Ela parece promissora em termos de custo-benefício, mas ainda precisamos compreender melhor seu funcionamento.” – explicou

O DRT (Digital Rail Transit, ou transporte sobre trilhos digitais em português) ou BUD (Bonde Digital Urbano), produzido pela empresa CRRC Nanjing Puzhen.

Como mostrou o Diário do Transporte, o BUD se trata de um veículo sobre pneus que dispensa os “trilhos tradicionais” e combina guiagem magnética digital embutida no pavimento com propulsão elétrica via supercapacitores — componentes diferentes das baterias de lítio, que armazenam e liberam energia rapidamente e mantêm desempenho estável ao longo de sua vida útil.

O governador do Paraná, Ratinho Júnior anunciou que o modelo passa por testes em uma linha metropolitana de 10 km entre Pinhais e Piraquara, cidades vizinhas a Curitiba, nos próximos 45 dias.

Relembre:

O modelo também interessa a cidade de São Paulo, que possui um projeto de VLT para a região central que pode ser trocado pelo BUD.

O secretário municipal de mobilidade e transportes de São Paulo, Celso Jorge Caldeira, visitou a fábrica na China e disse que o veículo pode substituir o projeto original do VLT, caso seja comprava viabilidade econômica e técnica.

Relembre:

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes



Fonte

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