Publicado em: 26 de maio de 2025
Categoria espera agora a mediação da Prefeitura de Salvador para tentar retomar o diálogo com os representantes patronais e evitar uma greve geral
YURI SENA
Os rodoviários de Salvador permanecem em estado de greve e podem paralisar totalmente o transporte público da capital baiana ainda esta semana.
O alerta foi feito pelo Sindicato dos Rodoviários, que suspendeu as negociações com os empresários do setor após a apresentação de uma proposta considerada inaceitável pela categoria.
De acordo com o diretor do sindicato, Hélio Ferreira, a última rodada de negociação, realizada na quinta-feira (22), não trouxe avanços. “Fizeram uma proposta absurda, com retirada de direitos e imposição de banco de horas, totalmente contrária aos interesses dos trabalhadores. Por isso, suspendemos as negociações e estamos de plantão aguardando um retorno”, declarou.
Como havia noticiado o Diário do Transporte, o diretor do Sindicato dos Rodoviários, Fábio Primo, comunicou que na manhã da ultima sexta-feira (16), teria o inicio de uma nova reunião para discutir o tema junto da Superintendência Regional de Trabalho.
Relembre:
Rodoviários de Salvador (BA) decretam greve no transporte público nesta quinta-feira (15)
A categoria espera agora a mediação da Prefeitura de Salvador para tentar retomar o diálogo com os representantes patronais e evitar uma greve geral.
Enquanto isso, a direção do sindicato segue em reunião permanente, avaliando os próximos passos do movimento.
Entre os principais pontos da pauta dos rodoviários estão:
Reajuste salarial acima da inflação;
Manutenção integral dos direitos garantidos pela convenção coletiva;
Rejeição à proposta de banco de horas;
Melhores condições de trabalho.
A Superintendência Regional do Trabalho participou das negociações, mas não conseguiu destravar o impasse.
Caso não haja uma proposta considerada viável pela categoria nos próximos dias, os rodoviários prometem cruzar os braços, o que pode impactar diretamente milhares de usuários do transporte coletivo na capital baiana.
Yuri Sena, para o Diário do Transporte