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Sancetur entrega 100 ônibus com nova pintura padronizada no Rio de Janeiro. Empresa da família Chedid, depois de não assumir capital paulista no lugar da Transwolff, deve intensificar investimentos na SOU Rio


Data de entrega foi antecipada pelo Diário do Transporte ainda na semana; Paes confirma licitação para fevereiro; e Celidonio diz que serão mais 4 mil coletivos novos

ADAMO BAZANI

A Sancetur (Santa Cecília Transportes e Turismo), da família Chedid, do interior paulista, entregou neste sábado, 20 de dezembro de 2025, 100 ônibus zero quilômetro, com carroceria Caio Apache Vip 5 e chassis Mercedes-Benz Euro 6, para a zona Oeste do Rio de Janeiro.

Com ar-condicionado, wi-fi, tomadas USB e acessibilidade, os veículos já contam com a nova pintura do sistema municipal do Rio de Janeiro, que abandona a “despadronização” de pinturas, com cada empresa tendo seu layout.

Os novos coletivos vão operar as linhas 753, 754, 756, 757 e 870, nas regiões dos bairros de Santa Cruz, Sepetiba e Paciência; e nas linhas 731, 765, 826 e SN731, nas áreas de Campo Grande, Senador Vasconcelos e Santíssimo.

A entrega destes ônibus foi antecipada, em primeira-mão, pelo Diário do Transporte, na semana. Na ocasião, a reportagem revelou quem pela nomenclatura SOU Rio, a companhia deve permanecer com a concessão para atuar no sistema de mobilidade até 2028, pelo menos.

Relembre:

A empresa da família Chedid, depois de não assumir capital paulista no lugar da Transwolff, deve intensificar investimentos na capital fluminense.

A Transwolff, terceira maior frota da cidade de São Paulo, com 1206 ônibus, sofreu caducidade por meio de decreto de Nunes de 04 de dezembro de 2025, dois dias depois de o Diário do Transporte tornar público que o procedimento de transferência dos serviços para a Sancetur (empresa da família Chedid, do interior e litoral de São Paulo), iniciado em janeiro de 2025, não ter avançado. A Transwolff foi um dos principais alvos da Operação Fim da Linha, do Ministério Público de São Paulo, deflagada em 09 de abril de 2024, que apura suposto envolvimento da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) em parte dos transportes paulistanos. Desde então, a companhia sofreu intervenção da prefeitura. A onda de ataques a 1,5 ônibus no estado, iniciada em 12 de junho de 2025, a partir de um ato que viabilizaria a transferência, foi atribuída ao procedimento como principal linha de investigação da Polícia Civil paulista.

Entretanto, uma decisão do juiz Randolfo Ferraz de Campos, da 14ª Vara da Fazenda Pública da capital paulista atendeu na tarde desta sexta-feira, 19 de dezembro de 2025, a defesa da empresa de ônibus Transwolff e suspendeu o decreto do prefeito Ricardo Nunes que quebrou os contratos com a viação, que estava sob intervenção desde operação do Ministério Público de São Paulo, em 09 de abril de 2024. A prefeitura recorre e diz que outra decisão impede a empresa Transwolff de voltar.

Relembre:

Na cerimônia de entrega, a secretária municipal de Transportes do Rio de Janeiro, Maína Celidonio confirmou que o plano da prefeitura é exigir das empresas uma renovação de mais de quatro mil ônibus, isso sem contar com o BRT (Bus Rapid Transit), sistema de corredores de maior capacidade e velocidade que hoje são administrados pela empresa pública municipal Mobi.Rio.

No mesmo evento, o prefeito Eduardo Paes confirmou que em 06 de fevereiro de 2026, às 11h, na sede da CCPAR, no bairro da Saúde, ocorre a primeira etapa da licitação o sistema de ônibus da cidade. A previsão é que os vencedores da licitação comecem a operar em abril de 2026.

As etapas seguintes da licitação serão organizadas por regiões, priorizando as áreas com pior desempenho operacional. O novo modelo divide a cidade em 34 lotes — 22 estruturais e 12 locais —, o que permitirá ampliar a cobertura e tornar a gestão das linhas mais eficiente.

 O cronograma completo prevê:

– Fase 1: até abril/2026 (Campo Grande e Santa Cruz)

– Fase 2: até setembro/2026 (Zona Oeste, Vila Isabel e Ilha do Governador)

– Fase 3: até abril/2027 (Zona Oeste, Barra da Tijuca, Jacarepaguá e Zona Norte)

– Fase 4: até novembro/2027 (Zona Oeste, Barra da Tijuca, Jacarepaguá e Zona Norte)

– Fase final: setembro/2027 a agosto/2028 (Zona Sul e linhas das demais regiões com bom índice de avaliação do serviço)

VEJA NOTA COMPLETA DA PREFEITURA DO RIO DE JANEIRO:

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, apresentou neste sábado (20/12) 100 novos ônibus, mais modernos, confortáveis e com a nova identidade visual do Sistema RIO, para reforçar a operação em 20 bairros da Zona Oeste. Após a transformação promovida no BRT, as melhorias começam agora a alcançar o sistema de ônibus convencional, elevando o padrão de qualidade do transporte na cidade.

– É um dia muito simbólico porque é o primeiro gostinho que a população do Rio de Janeiro começa a ter daquilo que a gente vem trabalhando há muito tempo, que é transformar o transporte da cidade. Primeiro, aconteceu com o BRT. No ano passado, eu me comprometi que todos os ônibus urbanos do Rio seriam renovados como fizemos com o BRT. Esses 100 novos ônibus são apenas um petisco dos mais de 4 mil  que ficarão neste padrão. Infelizmente, não se resolve o problema do dia para a noite. Tem muitos interesses em jogo e ações judiciais. Mas vamos vencendo todos os desafios. A população da Zona Oeste, incluindo Campo Grande, Santa Cruz, indo a Coelho Neto, a Marechal Hermes, já vão começar a sentir bastante esse impacto a partir de agora. As viagens terão mais conforto – afirmou o prefeito Eduardo Paes.

Paes apresentou a nova frota ao lado do vice-prefeito Eduardo Cavaliere e da secretária municipal de Transportes, Maína Celidonio, além de outros secretários municipais e vereadores. O grupo viajou em um dos novos ônibus no trajeto entre Campo Grande e Santa Cruz.

Nove linhas que atendem Sepetiba, Santa Cruz, Paciência, Cosmos, Inhoaíba, Campo Grande, Senador Vasconcelos, Santíssimo, Senador Camará, Vila Kennedy, Bangu, Padre Miguel, Realengo, Magalhães Bastos, Vila Militar, Deodoro, Marechal Hermes, Guadalupe, Barros Filho e Coelho Neto passarão a operar com frota 100% zero quilômetro e com o novo padrão visual. Essas linhas também terão redução nos intervalos, proporcionando mais regularidade e conforto para os passageiros.

– Considero que seja de grande importância para a população, especialmente para aqueles que aguardam há cinco anos as mesmas melhorias do BRT. É a região, atualmente, que enfrenta a menor oferta de ônibus e as condições de manutenção mais difíceis. Portanto, esta entrega representa um avanço significativo para a Zona Oeste. Estes ônibus proporcionarão maior conforto aos passageiros. Além do conforto, a frequência nos intervalos dos ônibus será melhorada. Com uma frota maior, será possível estabelecer intervalos mais regulares e menores. Acredito também que a experiência de embarcar em um ônibus com ar-condicionado e em boas condições de higiene, como observamos no BRT, trará uma significativa melhora na qualidade do transporte público – disse a secretária municipal de Transportes, Maína Celidonio.

A autorização para que os operadores atuais do sistema de ônibus da cidade (SPPO) possam adotar a identidade visual unificada do novo Sistema RIO foi publicada pela SMTR no Diário Oficial de agosto deste ano. A padronização é exclusiva para veículos zero quilômetro incorporados à frota e só pode ser aplicada quando toda a frota da linha for substituída por veículos novos. Assim, somente linhas totalmente renovadas poderão receber o novo layout.
A nova padronização visual fortalece a identidade do transporte público por ônibus na cidade e facilita a transição para o Sistema RIO.

Linhas que receberão nova frota e terão intervalos reduzidos

Área A – Santa Cruz, Sepetiba e Paciência

– 753 (Santa Cruz – Coelho Neto): intervalo reduzido de 24 para 13 minutos

– 754 (Santa Cruz – Terminal Deodoro): de 15 para 11 minutos

– 756 (Santa Cruz – Coelho Neto): de 12 para 10 minutos

– 757 (Sepetiba – Coelho Neto): mantém 30 minutos, com reforço operacional

– 870 (Sepetiba – Santa Cruz): de 25 para 18 minutos

 

Área B – Campo Grande, Senador Vasconcelos e Santíssimo

– 731 (Campo Grande – Marechal Hermes): de 15 para 10 minutos

– 765 (Mendanha – Terminal Deodoro): de 40 para 20 minutos

– 826 (Carobinha – Campo Grande): de 40 para 25 minutos

– SN731 (Campo Grande – Marechal Hermes – Noturno): mantém 60 minutos, conforme a característica do serviço

A Prefeitura segue monitorando a operação em tempo real e reforça que essas ações fazem parte do processo permanente de reorganização e qualificação do transporte público no Rio, com atenção especial à Zona Oeste — região historicamente mais afetada pela oferta insuficiente.

Avanços com os acordos judiciais

As melhorias recentes no sistema municipal de ônibus só foram possíveis graças aos acordos judiciais firmados entre a Prefeitura, o Ministério Público Estadual e os consórcios operadores, que permitiram reorganizar e modernizar a operação do transporte na cidade.

Firmado em maio de 2022 entre a Prefeitura, o Ministério Público Estadual e os consórcios operadores, o primeiro acordo judicial permitiu uma reestruturação significativa do sistema de ônibus da cidade. Entre as principais medidas implementadas estão o subsídio por quilômetro rodado, o uso de tecnologia para monitoramento e a aplicação de penalidades em casos de descumprimento contratual.

Como resultado, a partir de junho de 2022, a frota foi reforçada com mil novos ônibus, 200 linhas foram criadas ou reativadas — incluindo 65 noturnas — e o atendimento foi retomado em mais de 800 pontos de parada, com foco nas regiões mais carentes.

Um novo acordo judicial firmado em 30 de abril de 2025, novamente, entre a Prefeitura, o Ministério Público Estadual e os quatro consórcios responsáveis pela operação das linhas de ônibus no Rio. Com isso, foi possível antecipar a nova licitação do sistema municipal de transporte, antes prevista para 2028. A qualidade da operação passou a ser avaliada trimestralmente por meio do Índice de Qualidade do Transporte (IQT), que considera critérios como: número de infrações, qualidade do atendimento, satisfação dos passageiros, idade média da frota, presença de ar-condicionado, regularidade das viagens e operação sem penalidades. Empresas com IQT inferior a 0,8 podem perder o direito de exclusividade sobre as linhas que operam.

Novas licitações

A Prefeitura do Rio já lançou a primeira etapa das novas licitações do Sistema RIO – Rede Integrada de Ônibus, iniciando a renovação do transporte municipal pela Zona Oeste, com três lotes em Santa Cruz e Campo Grande e investimento estimado de R$ 500 milhões. A sessão pública de concorrência está marcada para o dia 6 de fevereiro do próximo ano, às 11h, na sede da CCPAR, no bairro da Saúde. A previsão é que os vencedores da licitação comecem a operar em abril de 2026.

Etapa atual da licitação

– Três lotes serão licitados: um em Santa Cruz e dois em Campo Grande.
– Investimento previsto: R$ 500 milhões.
-Concessões terão validade de 10 anos, prorrogáveis por mais 10.

Concessionárias serão responsáveis por:

– Aquisição e operação da frota.
– Manutenção dos veículos.
– Gestão de garagens públicas.
– Instalação de sistemas inteligentes de transporte (ITS) para monitoramento em tempo real.

Garagens e modelo de remuneração

– Cada lote terá uma garagem pública.
– Novo modelo prevê remuneração por quilômetro rodado, com subsídio público.
– Qualidade será medida pelo Índice de Desempenho de Transporte (IDT), avaliado trimestralmente.

Características da nova frota

– Frota totalmente acessível.
– Ar-condicionado, piso baixo nos veículos básicos e três portas.
– Rampa de acessibilidade e tecnologia Euro VI (menor emissão de poluentes).
– Extinção do pagamento em dinheiro a bordo: bilhetagem exclusivamente eletrônica.

Próximas etapas

As etapas seguintes da licitação serão organizadas por regiões, priorizando as áreas com pior desempenho operacional. O novo modelo divide a cidade em 34 lotes — 22 estruturais e 12 locais —, o que permitirá ampliar a cobertura e tornar a gestão das linhas mais eficiente.

 O cronograma completo prevê:

– Fase 1: até abril/2026 (Campo Grande e Santa Cruz)

– Fase 2: até setembro/2026 (Zona Oeste, Vila Isabel e Ilha do Governador)

– Fase 3: até abril/2027 (Zona Oeste, Barra da Tijuca, Jacarepaguá e Zona Norte)

– Fase 4: até novembro/2027 (Zona Oeste, Barra da Tijuca, Jacarepaguá e Zona Norte)

– Fase final: setembro/2027 a agosto/2028 (Zona Sul e linhas das demais regiões com bom índice de avaliação do serviço)

 

Foto: Transportes da Zona Oeste – T.Z.O

Foto: Transportes da Zona Oeste – T.Z.O

Foto: Transportes da Zona Oeste – T.Z.O

Foto: Transportes da Zona Oeste – T.Z.O

Foto: Transportes da Zona Oeste – T.Z.O

Foto: Transportes da Zona Oeste – T.Z.O

Foto: Transportes da Zona Oeste – T.Z.O

Foto: Transportes da Zona Oeste – T.Z.O

Foto: Transportes da Zona Oeste – T.Z.O

Foto: Transportes da Zona Oeste – T.Z.O

Foto: Transportes da Zona Oeste – T.Z.O

Foto: Transportes da Zona Oeste – T.Z.O

Foto: Transportes da Zona Oeste – T.Z.O

Licitação dos transportes do Rio de Janeiro: Pintura padronizada retorna, todos os ônibus padrons vão ter piso baixo e motor traseiro. Serão comprados cinco mil novos veículos

Sistema será dividido em 31 lotes e não mais quatro como agora. Concorrência será gradativa

ADAMO BAZANI E ARTHUR FERRARI

Os ônibus da cidade do Rio de Janeiro voltarão a ter pintura padronizada em todo o sistema, mas não será uma padronização com “layout” apagado, mas haverá uma “cafonice de leve” para o passageiro, principalmente o que tem dificuldade na visão identificar melhor.

Os termos foram usados pelo prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, ao apresentar a licitação que vai remodelar o sistema de transportes municipais, na manhã desta quarta-feira, 28 de maio de 2025.

Além disso, todos os veículos serão gradativamente trocados, alcançando a marca de cerca de cinco mil ônibus zero km. Todos os veículos deverão ter piso baixo com motor traseiro, no caso dos padrons. Micros e mídis continuam com piso alto e motor dianteiro, mas todos, independentemente do porte terão de contar com ar-condicionado e mostrador de velocidade para os passageiros verem, entre outros itens.

Ao longo da concessão devem ser comprados cinco mil ônibus zero quilômetro e não foi falado de exigência para serem elétricos. A frota deve ser ampliada em 25%.

A bilhetagem não volta para as empresas.

A divisão do sistema vai passar dos atuais quatro lotes para 31, sendo 22 estruturais e nove locais.

Serão na verdade diversas licitações separadas por lotes, segundo a secretária de transportes e mobilidade, Maína Celidonio de Campos, começando pelas áreas mais problemáticas.

O projeto estabelece a substituição do atual sistema, hoje operado por quatro grandes consórcios (Intersul, Internorte, Transcarioca e Santa Cruz), por 31 áreas com diferentes operadores, em um modelo que pretende aumentar a concorrência, padronizar o serviço e melhorar o atendimento à população.

Campo Grande e Santa Cruz serão as primeiras áreas contempladas. A previsão é de que o lote estrutural de Campo Grande Norte aumente de 95 para 150 ônibus, enquanto o lote local salte de 37 para 200 veículos. Já Santa Cruz terá a frota ampliada de 67 para 330 ônibus. No total, a Zona Oeste receberá um reforço de 481 veículos.

De acordo com Maína, a seleção das regiões segue critérios técnicos. “A gente vai avançando na cidade, sempre indo para as áreas onde temos a pior qualidade de serviço e deixando para o final as que têm qualidade maior”, explicou. O prefeito Eduardo Paes classificou o cronograma como “ousado”, ressaltando que os impactos não serão imediatos.

A frota nova deverá contar com responsabilidade de investimento atribuída às empresas vencedoras das licitações. A prefeitura também determinou que os últimos 200 ônibus sem climatização sejam retirados de circulação até 1º de novembro de 2025.

A segunda fase do processo deve atingir a Ilha do Governador no início de 2026. Segundo a prefeitura, a Paranapuan, operadora local, tem a pior avaliação no IQT (Índice de Qualidade de Transportes). As demais fases seguirão até 2028, acompanhando o encerramento dos contratos atuais.

Além de melhorias na frota, a proposta prevê maior transparência na operação e fiscalização mais rigorosa. Uma das metas é o combate às chamadas linhas fantasmas e o cumprimento rigoroso de horários, garantindo maior confiabilidade ao sistema.

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes



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